Foto 1 – Detalhe das folhas frente e verso, frutos e sementes.

Foto 2– Detalhe do fruto.

Foto 3– Quati (Nasua nasua), Provável dispersor de sementes.

Foto 3 – Vista parcial da espécie.

Foto 4 – Tronco tortuoso com fuste curto, com casca externa áspera de coloração  Marrom-acinzentada e fissurada.

Família: Anacardiaceae.

Nome científico: Lithraea molleoides (Vell.) Engl.

Sinonímia botânica: Lithraea molleoides (Vell.) Engl.

Nomes populares: Falsa-aroeira brava (RNC), aroeira-branca, aroeira-de-fruto branco, aroeirinha e bugreiro.

Nomes populares em outros países: na Argentina molle de beber, na Bolívia, iloke.

DESCRIÇÃO DA ESPÉCIE

Árvore perenifólia, pioneira (VILELA et al., 1993) a secundária inicial ( FERRETTI et al., 1995). Atinge até 20 m de altura e seu diâmetro 50 cm.

Folhas: alternadas, compostas, imparipinadas, subcoriáceas, com 3 a 7 folíolos, com raque alada, folíolos opostos, oblongo-elípticos e inteiros.Com ápice agudo-mucronado, sésseis e glabros. Suas folhas podem causar graves irritações na pele a pessoas alérgicas.

Fruto: drupa globosa ou ovoide, simples semicarnosa e indeiscente que mede 06 cm de diâmetro com uma semente.

Flores: pequena, glabras, amareladas, ou cremes.

Floração: Junho/Setembro.

Frutificação: Outubro/Dezembro.

Sistema sexual: espécie dioica ou polígama (PIRANI; CORTOPASSI-LAURINO,1993)

Polinização: abelha-européia,  ou africanizada,irapuá, jataí, jatai-da-terra,, iraí,, mirim ( PIRANI; CORTOPASSI-LAURINO,1993)

Dispersão: zoocórica por animais. O quati é muito visto na espécie.

Ocorrência: Floresta Ombrófila Mista, da Bahia ao Rio Grande do Sul.

Paisagístico: Árvore ornamental usada na arborização de cidades e jardins, mas deve-se tomar cuidado que é uma espécie que causa sérias reações alérgicas.

Apícola: As flores da aroeira-branca são melíferas.

Utilização: Construção civil, sua casca é rica em tanino.

Medicinal: Suas folhas são aromáticas e medicinais consideradas extremamente cáusticas e á planta que mais causa reações alérgicas. O simples cheiro ou o óleo volátil que se desprende das folhas cortadas da madeira podem causar afecção cutânea semelhantes a urticária, edema de pele ou eritema, muitas vezes penoso acompanhados de febre e mal estar. A casca dessa espécie é tida como depurativa e febrífugo. O cozimento da casca  combate diarreias á disenteria e afecções das vias urinárias e respiratórias. Possui propriedades estimulantes e diuréticas (RODRIGUES, 1996).

Recomenda-se precaução para o uso da planta para fins medicinais, devido as suas propriedades tóxicas (Correia,1926)

AS PLANTAS AQUI REFERIDAS SÓ DEVEM SER UTILIZADAS COM ORIENTAÇÃO DE PROFISSIONAIS DA ÁREA DE SAÚDE!

Bibliografia consultada

CARVALHO, P.E.R. Espécies arbóreas brasileiras. Coleção Espécies Arbóreas Brasileiras, vol. 2. Brasília, DF: Embrapa informações Tecnológica; Colombo, PR: Embrapa Florestas, 2006. 627 p.

CARVALHO, P.E.R.; ZELAZOWSKI, W.H.; LOPES, G.L. Comparação entre espécies arbóreas nativas (arboreto linear), em Foz do Iguaçu, PR. Colombo: EMBRAPA-CNPF, 1999. 2 p. (EMBRAPA-CNPF. Pesquisa em andamento, 22). Biblioteca(s):AI-SEDE (FL 08523-CNPF EMB).

INSTITUTO AMBIENTAL DO PARANÁ. Planejo de Manejo do Parque Estadual do Guartelá. Curitiba: IAP,2002. Disponível em: <http://www.iap.pr.gov.br/arquivos/File/Plano_de_Manejo/Parque%20Estadual%20Guartela/cap_iv_1infosespecificas.pdf>. Acesso em 9 de março de 2016.

Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento. Registro Nacional de Cultivares RNC. Disponível em: http://extranet.agricultura.gov.br/php/proton/cultivarweb/cultivares_registradas.php Acesso em: 23/112011.