Unicentro recebe Carta Patente para primeira invenção de uma universidade estadual no PR

A invenção desenvolvida na Unicentro promete baratear e aperfeiçoar o processo com que hoje são pintadas as superfícies metálicas na indústria

Unicentro recebe Carta Patente para primeira invenção da universidade

 

Da esquerda para direita: uma placa de metal pintada com fosfato tradicional ao lado de uma pintada com o novo produto desenvolvido na universidade a base de Nióbio. Ambas foram expostas a um processo para aceleração de oxidação. A segunda, que recebeu a Carta Patente, não apresentou danos. 

A Unicentro (Universidade Estadual do Centro-Oeste) recebeu uma Carta Patente da primeira invenção na história da instituição. O tramite de avaliação, que demorou oito anos, foi feito pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, por meio do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). Intitulado “Processo para fosfatização de superfícies metálicas, por meio de imersão ou pulverização da superfície do metal com solução ácida fosfatizante contendo nióbio”, a invenção, que envolve quatro professores da Unicentro e um da Universidade de São Paulo (USP), é um produto que será utilizado na pintura de superfícies metálicas, com menos agravantes ao meio ambiente e preço mais barato. Além desta, existem pelo menos 30 patentes da instituição que estão em processo de avaliação.

De acordo com Paulo Rogério, diretor da Agência de Inovação da Unicentro e um dos pesquisadores envolvidos na criação do produto, a ideia surgiu após serem analisadas diversas reclamações de empresas que trabalhavam com pintura de superfícies metálicas, que com o tempo, corroía com facilidade e liberava uma substância agressiva à pele. “Pensando nisso, nós desenvolvemos uma solução para pintura à base de Nióbio, que é encontrado em abundância no Brasil, e eliminamos a substância do fosfato que causava o problema que as empresas reclamavam”.

Antes do período de oito anos de avaliação, o projeto, desenvolvido nos laboratórios Agência de Inovação Tecnológica (Novatec), passou por quatro anos de aperfeiçoamento de pesquisa. “Esse é um marco para a instituição porque pode apresentar futuramente grandes lucros para nós, por ter saído dos laboratórios da Unicentro e por poder oficialmente ser comercializado e industrializado a partir de agora”, explica Paulo.

O grupo de inventores, responsáveis por esse marco na história da Unicentro, é formado pelos professores: Paulo Rogério Pinto Rodrigues, Everson do Prado Banczek, Isolda Costa, Maico Taras da Cunha e Marilei de Fátima de Oliveira. Além dessa primeira invenção, outras 30 já estão em processo de avaliação.

Segundo o diretor da Agência de Inovação da Unicentro, Paulo Rogério, a importância da primeira patente recebida pela Unicentro é enorme, uma vez que o processo de reconhecimento de uma invenção pode levar mais de 20 anos e Universidade conquistou essa primeira patente após oito anos. Para ele há, ainda, outro fator a ser comemorado, trata-se de um produto novo e inventado nas dependências da universidade. “Agora é dar novos rumos à pesquisa de desenvolvimento com o produto, e encontrar mediadores para negociar com as empresas e tornar o produto rentável para a universidade”, afirmou Paulo Rogério.

Atualmente, a invenção está sendo negociada para uso em uma indústria do Rio Grande do Sul. Quando passar a ser usada, gerará royalties aos inventores, à universidade como um todo e também ao departamento em que a inovação foi criada – no caso, química.

A Tecnoquisa é a empresa incubada que desenvolve o projeto e teve o apoio da Agência de Inovação Tecnológica (Novatec) da Unicentro, que dá todo o suporte aos interessados em desenvolver novos produtos. A agência agrega a Incubadora Tecnológica, Divisão de Análises, Divisão de Projetos e Parques Tecnológicos e Propriedade Intelectual.

Fontes:Central de Notícias UNICENTRO

Rede Sul de Notícias

Diário De Guarapuava

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