Intercambistas da Rede Zicosur relatam experiências no Brasil e Paraguai

Intercambistas da Rede Zicosur relatam experiências no Brasil e Paraguai

Thayná ficou durante uma semana na Universidade de Itapua

Pela primeira vez a Unicentro recebeu um agente universitário através do programa de mobilidade técnico-administrativa da Rede Zicosur. Adriano Arzamendia, funcionário da Universidade de Itapua, do Paraguai, esteve durante uma semana no campus Irati. Ao mesmo tempo, a acadêmica de Psicologia, Thayná Arten esteve na universidade paraguaia.

Adriano é recém-formado em Engenharia Ambiental e conta que esta é a segunda vez que vem para o Brasil. “Na primeira vez que fiz intercâmbio foi na Universidade Federal de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, em 2014. Foi aí que surgiu um interesse pelo Brasil, pelo curso de Engenharia Sanitária e Ambiental que gosto muito”, afirma.

Adriano durante visita a laboratórios de Engenharia Ambiental

O agente universitário conheceu vários locais do campus e destaca que os laboratórios são muito bem equipados. No Paraguai, ele trabalha no laboratório de qualidade de água, avaliando aspectos químicos, físicos e microbiológicos. “Aqui tem muita parte da hidráulica, dimensionamento, é bem engenharia, lá trabalhamos mais com a parte de gestão ambiental. Mas o principal é conhecer pessoas e também para acrescentar os conhecimentos na parte sanitária que é bom e não temos lá”, acrescenta.

Fazer um intercâmbio durante a graduação é o sonho de muitos estudantes. Mas a acadêmica Thayná Arten foi além. Seu primeiro intercâmbio foi para a África do Sul aos 16 anos. Após começar a cursar Psicologia no campus Irati em 2013, Thayná retornou recentemente da sua terceira experiência fora do país durante a graduação.

Quando entrei na faculdade procurei aproveitar o máximo de oportunidades que fosse ter aqui dentro. O primeiro intercâmbio foi para a Colômbia em 2014, estava no segundo ano. Para a Argentina fui no começo deste ano e fiquei seis meses, e agora tive a oportunidade de ir para o Paraguai. Embora não sejam lugares que geralmente as pessoas planejam e gostariam de ir, eu prezo pelas oportunidades, porque a cultura sempre acrescenta muita coisa e tem também a parte acadêmica, na qual acabamos vendo aspectos diferentes”, relata Thayná.

Enquanto o agente universitário Adriano Arzamendia esteve no campus Irati, a acadêmica da Unicentro ministrou palestras e prestou orientações acerca da área de pesquisa, ainda pouco desenvolvida na universidade paraguaia. “Durante a semana fiquei todos os dias fazendo palestras e mostrando como desenvolvemos a pesquisa aqui, porque eu já fiz a iniciação científica e meu trabalho de conclusão de curso [TCC]. E como está começando o esquema de pesquisa e extensão lá, eles precisavam que alguém fosse falar e sugerir ideias de como fazer isso”, destaca.

Palestras e atividades sobre pesquisa foram desenvolvidas por Thayná

Além do contato com a área acadêmica junto ao curso de Psicologia da Universidade de Itapua, Thayná lembra das contribuições culturais que a viagem deixou. Para ela, foi possível ver além dos estereótipos. “A minha iniciação científica foi sobre bilinguismo e o que me chamou a atenção lá é que eles são bilíngues desde pequenos, falando Guarani e Espanhol. Isso foi o que mais me surpreendeu culturalmente e até gostaria de fazer uma pesquisa sobre como é que funciona a cabeça de uma pessoa que aprende as duas línguas juntas? Além disso, a comida deles é muito boa e são um povo muito querido, e a cidade é bem diferente daquele estereótipo que a gente tem de Ciudad del Este. Dos lugares que fui, a Colômbia e o Paraguai em questão de cuidados com pessoas estrangeiras são nota mil, são muito legais mesmo”, afirma a acadêmica.

Thayná ainda frisa que os intercâmbios não prejudicaram de forma alguma o seu rendimento acadêmico. “Pelo menos na Psicologia funciona assim: os professores mandam os trabalhos e você precisa ler os textos, então querendo ou não, está acompanhando. Talvez não tenha a explicação teórica do conteúdo, mas aprende depois, quando voltar corre atrás. E ao passo que a cultura você não tem como ler num livro, você tem que vivenciá-la e isso é muito engrandecedor. Mais do que ficar um ano numa sala de aula, você ir a campo, ver experiências diferentes, não tem comparação”, conclui.

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