O estudo intitulado “Corpo e Museus em tempos de pandemia: uma poética da ausência”, de Maria Cleci Venturini e Rafael Fernandes, publicado em 2021, apresenta uma reflexão de natureza discursiva sobre a “presença na ausência”. A proibição de estar em lugares públicos foi uma das medidas iniciais da OMS (Organização Mundial da Saúde) para se evitar aglomeração e disseminação da COVID-19. As práticas sociais foram afetadas pela pandemia, sendo assim, ferramentas digitais foram a maneira mais eficaz de adaptar tais práticas à impossibilidade de visitação e acesso aos locais públicos (museus, por exemplo) como uma forma de estar presente mesmo na ausência.
“Neste artigo, relacionamos, como já dito anteriormente, os espaços museológicos, em especial no que diz respeito ao sujeito visitante (como uma função discursiva), pelas noções de poética da ausência e narratividade do corpo. Com isso, buscamos identificar e discutir os deslocamentos decorrentes do distanciamento provocado pela COVID-19 e os efeitos dos regimes de normalidade” (p. 214).
VENTURINI, M. C.; FERNANDES, R. Corpo e Museus em tempos de pandemia. Revista Heterotópica, v. 3, n. 1, p. 208-229, 15 jun. 2021. Disponível em: http://www.seer.ufu.br/index.php/RevistaHeterotopica/article/view/59309/31831
(Por Paulo Prado)