Projetos

2023/2024- Atual

Empoderamento da mulher na/pela capacitação e leitura do digital em diferentes instâncias sociais, econômicas e políticas

Descrição: O projeto apresenta uma proposta que se pretende teórica, interventiva e produtiva junto a grupos de mulheres, considerando o histórico patriarcalismo estrutural que resulta em violência de mulheres, não só física/corporal, mas também por gestos simbólicos, conforme Pêcheux (1997a p. 78), “significando a interrupção a mais brutal que seja de destruição física […]” e acrescentamos ao que diz o autor, a destruição moral e o aniquilamento físico por se sentir incapaz de realizar e de ser protagonista da história no privado e também no social. Os gestos simbólicos interditam as mulheres no campo das mídias sociais, políticas, culturais e econômicas, dificultando o acesso a inovações nas tecnologias de informação digital. A consequência disso é a histórica impossibilidade de protagonismo no campo da informação e da comunicação digital. Essas práticas se sedimentam, circulam e se repetem, por meio de memórias que instauram discursos que sustentam/ancoram ideologias que minimizam a capacidade de a mulher assumir o protagonismo social, econômico e cultural, especialmente, no que tange a tecnologias, de um lado e de outro, de defender-se da exploração que vêm de muitos lados. De outro lado, propomos intervenções de combate a práticas estruturais de desvalorização da mulher recorrentes em todas as instâncias e levadas a cabo pelo mau uso das mídias, que favorecem o logro e a violência. Com este projeto propomos, em uma primeira parte, que as tecnologias (usos de aplicativos, seja no que tange a bancos, a documentos, a arquivos, a pesquisas) e até aquelas que atuam na diminuição do esforço físico sejam instrumentos de ajuda, de conforto. A segunda parte do projeto consiste em práticas que envolvem a leitura digital e o uso de aplicativos com critérios, ajudando a informar-se e a identificar de fake news, tão em voga na atualidade. Aliamos, como outra ação a conscientização relativa às mídias e tecnologias que favorecem práticas de violência contra a mulher. 

Coordenadora/pesquisadora e executora- Maria Cleci Venturini; Integrantes: Josiele Zevierzecoski/mestranda; Géssica Lirman Ribeiro/graduanda; Marilda Lachovski/pós- doutoranda; Graciele Amaral/mestranda; Clara Emanuelle Pereira/mestranda.

2024- Atual

Universidade de Cádiz

Nesta nova edição do grupo HUM195 continuamos a inspirar-nos no exemplo de Bernardo de Aldrete, filólogo e estudioso andaluz pioneiro na defesa da pluralidade linguística em Espanha e na importância de conhecer o uso da língua materna e das línguas estrangeiras com o objetivo de melhorar a comunicação e construir sociedades saudáveis onde as pessoas falem melhor “todos os dias e desde a infância”. Continuando com esta tradição, e com uma nova equipa de colaboradores (das universidades europeias e do espaço ibero-americano), investigamos as mutações em sentido lato, em relação ao que resta e ao que regressa, no meio de um campo de batalha mediático entre velhos e novos suportes materiais e entre antigas e novas formas de produção, circulação ou comercialização de informação. Estudamos várias línguas (espanhol, francês, inglês, italiano, português), nos seus movimentos ajustados às mudanças das condições passadas e presentes da vida dos sujeitos e das suas palavras e às flutuações dos territórios. Este movimento não deixa de produzir contatos, com mais ou menos conflitos e resistências, à medida que os discursos circulam e que as línguas e os seus falantes atravessam ou são atravessados por vários tipos de fronteiras. Nosso foco está no estudo das condições de vida que determinam o que se diz e os modos de dizer, e também os silêncios e o indizível, numa espécie de “justiça discursiva” determinada pela existência de uma “ordem” baseada em princípios hegemônicos e relações em diferentes níveis. E, inversamente, interessa-nos compreender como os discursos e contra-discursos condicionam a forma como pensamos e construímos a vida e a humanidade hoje em sociedades hipertecnológicas, tão informadas como desinformadas, devastadas por diversas crises (sociais, econômicas, políticas, ideológico) e ambiental). Também nos interessa a história das línguas na medida em que as palavras de hoje continuam a guardar a memória dos seus usos e significados passados, sob formas aparentemente novas. Essa memória dos discursos do passado retorna como eco no presente, projetando no futuro o que já foi dito e garantindo a permanência e a renovação do conhecimento. Fazemos uma ciência da linguagem comprometida com o compromisso com modos de vida e comportamentos linguísticos saudáveis e ecossociais, aprendendo com o passado para melhorar a eficácia da comunicação do presente para o futuro e promovendo oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todos, para o futuro: exercício responsável da cidadania, igualdade de gênero, desenvolvimento sustentável e saúde.

A equipe é composta pelos seguintes membros e colaboradores:

Membros do grupo
Dr. JUAN MANUEL LÓPEZ MUÑOZ (IP)
Dr. JOSÉ MARÍA GARCÍA MARTÍN
Dra. MARIA DEL CARMEN FERNÁNDEZ MARTÍN
Dra. MARYIA MAISEYENKA
Dr. FRANCISCO RUIZ FERNÁNDEZ
Dra. PAOLA CAPPONI
Dr. MANUEL GALEOTE LÓPEZ

Colaboradores :
Dra. Emmanuelle DANTAN (Universidade de Picardie Júlio Verne -CECRLL)
Dr. Baal DELUPI (Universidade Nacional de Córdoba, Argentina – Centro de Estudos Avançados)
Dra. Hela SAIDANI (Aliança Francesa de Túnis)
Ángeles ROMERO CAMBRON (UCLM)
Dr. Fernando Jesús DA SILVA (Universidade Federal de Mato Grosso – Departamento de Letras)
Dra. Verli PETRI (Universidade Federal de Santa Maria -Laboratório Fontes da Linguagem, Corpus)
Dra. Amanda SCHERER (Universidade Federal de Santa Maria-CDM)
Dra. Maria Cleci VENTURINI (Universidade Estadual do Centro-Oeste do Paraná – Unicentro-Labell)
Dra. Vanise Gomes da MEDEIROS (Universidade Federal Fluminense
Dr. Pablo Alonso SEGOVIA (Universidade de Concepción)
Dra. María Glória DI FANTI (Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (UCRS)


Atuamos em Ciências da Linguagem, principalmente nas áreas de Análise do Discurso, Pragmática, Linguística Síncrona e Diacrônica, Política Linguística, Tradução, Etimologia, Ensino de Segunda Língua.

2021 – Atual
Educação, Memória e História: o Museu do Holocausto como uma ‘Luz sobre o Caos’
 
O Museu do Holocausto, de Curitiba, coordenado por Carlos Reiss, objetiva transmitir o Holocausto às próximas gerações a partir de três eixos: memória, educação, pesquisa. Isso significa não tratar o museu como um lugar que ‘guarda’ memórias, mas como um lugar de pesquisa e que pela educação busca lançar uma ‘luz sobre o caos’, a partir de uma concepção teórica consciente e embasada que constrói a memória da Shoá. Reiss (2018, p. 15) destaca a necessidade de ‘compreender o caminho percorrido pela memória da Shoá’, visualizando como o genocídio será lembrado pelas gerações futuras. Essa visualização, de acordo com o autor, vai permitir ajustar essa memória fazendo correções de rota necessárias para que a memória do Holocausto seja construída de forma mais consciente e justa possível para com todos os descendentes, sobreviventes e comunidades de seres humanos. Os idealizadores do projeto veem a necessidade de que a memória da Shoá seja mais racional e menos instintiva e faça justiça ao legado deixado pelos descendentes. Este projeto se propõe a realizar uma parceria entre a Universidade Estadual do Centro-Oeste, Núcleo Regional de Educação (Guarapuava) e o Museu do Holocausto, visando colaborar com o projeto educacional do museu, mostrando que as grandes tragédias têm origem na desigualdade e na indiferença que provoca a exclusão e muitas vezes a morte de seres humanos, através de atividades que incluem diferentes materialidades discursivas, tais como: obras literárias, filmes, documentários e textos teóricos, criação de peças teatrais, mostras de artes, documentários e vídeos que deem visibilidade às minorias, reforçando a inclusão e a valorização das pessoas, ajudando-as a valorizarem seus semelhantes e a se valorizarem também.
 
Integrantes: Maria Cleci Venturini – Coordenador /  Maria Cláudia Teixeira – Integrante / Paulo Ricardo Prado – Integrante / Clara Pereira – Integrante / Nathan Lermen – Integrante / Josiele Zevierzecoski – Integrante / Maria Juliane de Almeida – Integrante.
Financiador(es): Superintendência Geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior – Bolsa.
 
2019 – 2021
História, memória e espaço público em (dis)curso: narrativas urbanas
 
Descrição: Para este projeto elegemos a Historia, a Memória e o espaço público com vistas a investigar as narrativas museológicas, especialmente, aquelas que resultam na instauração de ‘lugares de memória’, em funcionamento discursivo, legitimando e sustentando nomes e eventos por significarem por meio do espaço e do arquivo o ‘ausente’ constituindo-o em presença pelo (dis)curso. Vamos trabalhar com quatro museus e duas cidades distintas: Curitiba (Museu do Holocausto e Museu Paranaense) e Guarapuava (Museu de Entre Rios e Museu Visconde de Guarapuava). Objetivamos investigar a partir da história, da memória e dos espaços públicos as narrativas museológicas que se constituem em (dis)curso a partir de ‘lugares’, que funcionam como ‘lugares de memória’ e constituem, pela língua na história, a presença do ausente. A noção que vai nortear as nossas análises é a poética da ausência, desenvolvida por Fernando Catroga (supervisor do nosso estágio sênior na Universidade de Coimbra) para fazer uma analogia entre a morte e a escrita da história, destacando que pelos funcionamentos linguísticos, o ausente se faz presente. Propusemos envolver também a graduação, a pós-graduação e a educação básica ? esses por meio dos docentes, porque entender ser necessário criar uma cultura de pesquisa e uma valorização de museus, como espaços públicos que não são isentos de práticas ideológicas. O fechamento do projeto prevê a sistematização de regularidades e a comparação entre os museus brasileiros e museus internacionais similares aos brasileiros, buscando saber se há mudanças alterações ou se eles se equivalem. 
Situação: Em andamento; Natureza: Pesquisa. 
Alunos envolvidos: Graduação: (5) / Mestrado acadêmico: (2) . 

Integrantes: Maria Cleci Venturini – Coordenador / Célia Bassuma Fernandes – Integrante.
 
2017 – 2018
História e Memória
 
Descrição: O estágio sênior desenvolvido na Universidade de Coimbra (UC), sob a supervisão do Dr. Fernando Catroga tem como centro a História e a memória e objetiva revisitar a história e a memória, buscando aproximar com as nossas pesquisas. Buscamos, especificamente, realizar uma ‘diálogo’ com Fernando Catroga, recortando a noção ‘poética da ausência’, que analisaremos a partir de museus e de arquivos, tendo como objeto de pesquisa Inês de Castro, a partir da qual podemos verificar como o ausente é presentificado no discurso urbano. 
Situação: Concluído; Natureza: Pesquisa. 
Alunos envolvidos: Graduação: (2) / Mestrado acadêmico: (2) . 

Integrantes: Maria Cleci Venturini – Coordenador / Fernando de Almeida Catroga – Integrante.
Financiador(es): Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – Bolsa.

 
2017 
Discurso, arquivo e memória na constituição do digital
 
Descrição: A pesquisa sobre o digital, compreendida da perspectiva da ciência da linguagem e, mais especificamente, no âmbito da Análise de Discurso, tem contribuído muito para uma maior compreensão dos sentidos, seus efeitos e seus modos de circulação e formulação. No entanto, ainda temos um caminho a percorrer no que se refere à construção do dispositivo analítico, que demanda um trabalho de memória e autoria do próprio analista na relação com o objeto e com a operacionalização dos conceitos. Como identificar as marcas e propriedades do discurso que se textualiza pelo digital e se constitui por uma memória metálica que acumula mais do mesmo em sua circulação incessante? Como delimitar as especificidades dos processos de significação dos discursos sempre em looping? A partir dessas questões, esse projeto reúne uma equipe de pesquisadores de diferentes instituições com o objetivo de desenvolver uma ampla discussão, no âmbito de uma rede interinstitucional, em torno da constituição, formulação e circulação do/no digital. Também objetivamos, com a reunião dessa equipe buscar compreender o movimento da constituição do discurso [do] digital, tratar teoricamente a questão dos objetos de conhecimento, como se formulam e circulam afetados pela discursividade digital em sua constituição? Para tanto, o projeto propõe a construção de objetos digitais tais como um Museu Digital da Leitura (MDL), um Aplicativo de memórias do sujeito sobre a cidade e um Linkarium (ou dicionário de links). Cada um desses objetos deverá ter uma forma material sustentada nos pressupostos teóricos da Análise do discurso digital.. 
Situação: Em andamento; Natureza: Pesquisa. 
Alunos envolvidos: Graduação: (1) / Mestrado acadêmico: (1) / Doutorado: (5) . 
 
Integrantes: Maria Cleci Venturini – Integrante / Cristiane Pereira Dias – Coordenador / Fátima Petri da Silveira Verli – Integrante / Greciely Cristina da Costa – Integrante / Marcos Barbai – Integrante / Claudia Pfeiffer – Integrante / Amanda Eloina Scherer – Integrante / Carolina Rodríguez – Integrante / Olímpia Maluf Souza – Integrante / Olívia Ferreira do Couto – Integrante / Cidarley Grecco Fernandes Coelho – Integrante / Guilherme Ferragut – Integrante / Cleyton Torres – Integrante / Marie-Anne Paveau – Integrante / André Luís Portes Ferreira Coelho – Integrante / Mariana Garcia de Castro Alves – Integrante / Laura Gabrielle Goudet – Integrante / Renata C. Bianchi de Barros – Integrante / Maristela Cury Sarian – Integrante / Vera Regina Martins e Silva – Integrante / Ana Luíza Artiaga – Integrante / Joelma Aparecida Bressanin – Integrante / Maraísa Lopes – Integrante / Claudia Freitas Reis – Integrante / Valdir Silva – Integrante / Guilherme Borges – Integrante / Caio Silva – Integrante.
Financiador(es): Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – Auxílio financeiro.  
 
2015 – 2016
Museus, arquivos: lugares de memória no/do espaço urbano
 
Descrição: Os museus e os monumentos funcionam como lugares que guardam memórias e se constituem por meio de arquivos, os quais se definem pelo viés da história como conjunto de documentos escritos, desenhos e material impresso, recebidos ou produzidos oficialmente por determinado órgão administrativo ou por um funcionário. Os arquivos ficam na custódia desse órgão ou funcionário e têm por função armazenar, guardar, organizar documentos. Nossa proposta é problematizar o lugar de museus e arquivos históricos na constituição de memórias e imaginários urbanos, considerando que esses lugares/espaços simbólicos no funcionamento institucional dão visibilidade ou apagam traços da história, a partir de interesses institucionais que sinalizam para o confronto entre a organização administrativa e o conjunto dos cidadãos. Nosso trabalho tem por finalidade pensar teoricamente esses espaços e buscar nas cidades as materialidades guardadas em museus, refletindo na função desses lugares e na importância deles na constituição de memórias e da história. O problema que colocamos é o gerenciamento da memória e a necessidade de os sujeitos refletirem em torno de museus e arquivos históricos como lugares que determinam a leitura dos sentidos do espaço urbano, considerando a história e a memória, perpassados pela língua na história e por discursividades. 
Situação: Concluído; Natureza: Pesquisa. 
Alunos envolvidos: Graduação: (3) / Mestrado acadêmico: (3) . 

Integrantes: Maria Cleci Venturini – Coordenador / Maria Cláudia Teixeira – Integrante / Paulo Gil de Goes – Integrante / Luciane Munhoz Stefani – Integrante / SEMCZESZM, Sandy Karine Lima dos Santos – Integrante / Paula Marya Fernandes – Integrante / Francieli Vieira – Integrante.
Financiador(es): Secretaria de Ciência e Tecnologia e Ensino Superior – Cooperação.

 
2014 – 2016
Museus e arquivos históricos: memória e imaginários no/do espaço urbano
 
Descrição: Os museus e os arquivos históricos funcionam como lugares que determinam a leitura dos sentidos do espaço urbano, considerando a história e a memória, perpassados pela língua na história e por discursividades, isto é, sentidos que decorrem da inscrição de sujeitos em formações discursivas e determinam o que pode/deve ser dito ou significado no espaço urbano. Objetivamos, em síntese, analisar o lugar de museus e arquivos históricos na constituição de memórias e imaginários do espaço urbano, perguntando pelos processos discursivos, que dão visibilidades, silenciam ou apagam discursos e memórias que o constituem/significam, promovendo discussões teóricas. 
Situação: Concluído; Natureza: Pesquisa. 
Alunos envolvidos: Graduação: (10) / Especialização: (5) / Mestrado acadêmico: (5) . 

Integrantes: Maria Cleci Venturini – Coordenador / Maria Cláudia Teixeira – Integrante / Marilda Lachovski – Integrante / Celia Bassuma Fernandes – Integrante / Leandro Tafuri – Integrante / Amanda Beatriz de Souza – Integrante / Adilson Carlos Batista – Integrante / Ana Paula Gulics – Integrante / Paula Marya Fernandes – Integrante / Ana Carolina de Godoy – Integrante / Debora Smaha Correa – Integrante.
Financiador(es): Fundação Araucária de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico – Bolsa.