Recomendação de leitura:
O artigo intitulado “A memória e a história a partir de museus e da constituição de arquivos em torno do espaço urbano” de Maria Cláudia Teixeira, publicado em 2017, traz uma reflexão sobre o museu tomando-o como um lugar de memória, a partir de Venturini (2009), com o objetivo de entender como ele significa no espaço urbano, pelo viés da Análise de Discurso de linha francesa. O trabalho problematiza a maneira como a memória é constituída e como se dá o seu funcionamento dentro do museu, tomando como objeto discursivo o Museu Histórico da cidade de Pinhão (Paraná).
“[…] Essa memória é gerenciada, organizada por instituições ou por sujeitos que se filiam a elas e, de acordo com Venturini (2009, p. 34), fazem circular sentidos institucionalizados “pelo funcionamento da memória e realiza-se pelas coerções sociais imputadas a grupos”, em nosso texto, os sujeitos cidadãos da cidade de Pinhão. O museu é um espaço ilusoriamente tomado como completo, pleno, absoluto, total, inteiro e concluso, como se toda a história estivesse ali contida e toda ela fosse pautada na verdade, na precisão e na exatidão e fosse, ainda, imaginariamente real, tangível e verídica. […] Seria, então, um lugar que “guarda” tudo que deve/pode ser rememorado e que se constitui como o que deve ser lembrado, como materialidade para não ser esquecida, cujo objetivo é a preservação da memória pela história.” (TEIXEIRA, 2017, p. 933).
TEIXEIRA, Maria Claudia. A memória e a história a partir de museus e da constituição de arquivos em torno do espaço urbano. Estudos Linguísticos, São Paulo, 46 (3): p. 932-943, 2017. In: https://revistas.gel.org.br/estudos-linguisticos/article/view/1636
(Por Clara Pereira)