Recomendação de leitura

“Como no/pelo museu a escravidão, sempre negada, ressoa e instaura a contradição e o equívoco?” é esse questionamento que move Maria Cleci Venturini em “O saber urbano por/em museus como lugares de fala”, capítulo do livro Artefatos de Leitura (2020). Para responder essa questão norteadora, Venturini, inscrita na Análise de Discurso pecheuxtiana, toma como objeto de análise o documentário “Museu, arquivos: lugares de memória no/do no espaço urbano” (2016), cujo recorte é o Museu Visconde de Guarapuava.

“O Museu Visconde de Guarapuava, embora sendo um lugar que busca aproximar-se da verdade acerca do passado de um povo e de sua forma de organização e de vida, é também um espaço construído por sujeitos que falam de algum lugar e se inscrevem em formações discursivas, do que se evidencia que a história não foi contada a partir dos escravos, mas sim, da classe dominante existente na época e responsável pelo discurso existente no museu”.

VENTURINI, O saber urbano por/em museus como lugares de fala. In: DIAS, Cristiane Pereira Costa; COSTA, Greciely Cristina da; BARBAI, Marcos Aurelio. (org.). Artefatos de leitura. Campinas, SP: LABEURB/NUDECRI/Unicamp, 2020. p. 183-204. Disponível em: https://www.labeurb.unicamp.br/site/web/admimg/publicacao/arquivo/12/208.pdf Acesso em: 28 jan. 2022.

(Por Josiele Zevierzecoski)

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