Foto 1 – Detalhe das folhas frente e verso.Foto 2 – Detalhe da regeneração da espécie.

Foto 3- Jacutinga Aburria jacutinga (Spix,1825). Consumidor de frutos da espécie.Foto 3 – Tronco reto, acanalado com aletas pequenas na base, casca externa escura com fissuras longitudinais.

Família: Boraginaceae.

Nome científico: Cordia ecalyculata Vell.

Nomes populares: Freijó-laranjeira (RNC), café-de-bugre, claraíba

Nome populares em outros países: Argentina, colita e gomita, Paraguai, laurel colita e tamara-kuna, Nome guarani, Ajuy.

DESCRIÇÃO DA ESPÉCIE

Árvore perenifólia, espécie pioneira (IVANAUSKAS et al., 1999); secundária inicial (FONSECA; RODRIGUES,2000), secundária tardia (PIVELLO et al.,2006).Sua altura atinge até 15 m e seu diâmetro até 35 cm.

Folhas: simples, alternas, lanceoladas, medindo 5-10 cm de comprimento por 1-3 cm de largura. (FONSECA; RODRIGUES, 2000),

Flores: bissexuais, melíferas.

Fruto: drupa, simples, indeiscente. Muito tóxico quando manuseado pode causar sérias alergias na pele.

Floração: Outubro/Dezembro.

Frutificação: Fevereiro/Março.

Ocorrência: Floresta Estacional Semidecidual e Decidual, Floresta Ombrófila Densa, Floresta Ombrófila Mista, da Bahia ao Rio Grande do Sul.

Sistema sexual: monoica.

Polinização: abelhas e vários insetos (KUHLMANN; KUHN, 1947) e sirfídios (ARRUDA;SAZIMA,1996)

Dispersão: zoocórica (MIKICH,2001), animais, (FRISCH E FRISCH 2005), jacus, jacutingas, surucuás, pombas,sanhaços, araçaris.

Apícola: as flores dessa espécie são melíferas produzindo néctar e pólen.

Paisagístico: Segundo LORENZI (2002), essa espécie pode ser aproveitada para arborização de ruas.

Utilização: palitos em geral caixotaria e brinquedos.

Medicinal: Usada amplamente na medicina popular na forma de extratos líquidos e tinturas como em saches de suas partes secas- folhas e ramos novos (LORENZI; MATOS, 2002).  Indicada principalmente como tônico cardíaco, diurético e redutor de apetite seu uso impede o acúmulo de gordura no corpo, evitando a celulite. No Japão feito estudos medicinais ajudam no pré tratamento de alguns tipos de células com o extrato alcoólico de suas folhas reduz 99% a penetração do vírus tipo I da herpes (HAYASHI et al., 1990). Em estudos comprovou-se a redução de 33% desse vírus, ao mesmo tempo usada em doses maiores possuem ação tóxica contra células cancerosas (ARISAWA,1994). Na medicina popular, as folhas são usadas pelos índios para combater azia e problemas do fígado ( MARQUESINI, 1995).

Recomenda-se precaução para o uso da planta para fins medicinais, devido as suas propriedades tóxicas (Correia,1926).

AS PLANTAS AQUI REFERIDAS SÓ DEVEM SER UTILIZADAS COM ORIENTAÇÃO DE PROFISSIONAIS DA ÁREA DE SAÚDE!

Bibliografia consultada

CARVALHO, P.E.R.Espécies arbóreas brasileiras. Coleção Espécies Arbóreas Brasileiras, vol. 3. Brasília, DF; Colombo, PR; Embrapa Florestas 2008.593 p.

CARVALHO, P.E.R.; ZELAZOWSKI, W.H.; KAMISNSKI, N.L.; LOPES, G.L. Comparação entre espécies arbóreas nativas (arboreto linear), em Foz do Iguaçu, PR. Colombo: EMBRAPA-CNPF, 1999. 2 p. (EMBRAPA-CNPF. Pesquisa em andamento, 22). Biblioteca(s): AI-SEDE (FL 08523-CNPF EMB).

 Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento. Registro Nacional de Cultivares RNC. Disponível  em: http://extranet.agricultura.gov.br/php/proton/cultivarweb/cultivares_registradas.php Acesso em: 23/10/2011.