Amburana acreana (Ducke) A. C. Smith, amburana-de-cheiro, cumaru-de-cheiro

Foto 1- apresenta finíssimo ritidoma, medindo até 5 mm de espessura. A superfície da casca externa esfolia-se em grandes placas, de coloração vermelho-ferrugínea que, após a renovação, torna-se rósea e lisa.

Foto 2-Tronco: reto a levemente tortuoso. Fuste com até 25 m de comprimento.

Foto 3- Ramificação: ramos providos de fino ritidoma que se esfolia, com numerosas lenticelas. Casca: apresenta finíssimo ritidoma, medindo até 5 mm de espessura.

Família: Fabaceae (Leguminosae: Papilionoideae)

Nome científico: Amburana acreana (Ducke) A. C. Smith

Sinonímia botânica: Torresea acreana Ducke

Nomes populares: amburana, amburana-de-cheiro, cerejeira, cerejeira-amarela, cumaru-de-cheiro e imburana, emburana e imburana.

DESCRIÇÃO DA ESPÉCIE:

Planta decídua, espécie clímax tolerante à sombra. Sua altura atinge até  40 m de altura e 150 cm de diâmetro.

Folhas: compostas, com 17 a 25 folíolos membranáceos, glabros, ovados ou ovado-lanceolados, com 6 cm de comprimento e 3 cm de largura, com nervura central na página inferior pubérula; ápice subagudo; base arredondada; peciólulos pilosos, com 2 mm de comprimento

Flores: brancas

Fruto: vagem deiscente contendo 1 ou 2 sementes aladas e  aromáticas.

Floração: maio-junho

Frutificação: julho-agosto

Sistema sexual: monoica.

Polinização: abelhas e pequenos insetos.

Dispersão: anemocórica pelo vento.

Ocorrência: Amazonas, Rondônia, Acre. Outros Países, na Bolívia (KILLEEN et al., 1993), Peru (DUCKE, 1949).

Utilização: Alimentação humana: no Acre, as sementes da cerejeira-da-amazônia são consumidas assadas (DEUS et al., 1993). Celulose e papel: a madeira dessa espécie tem aplicação no fabrico de celulose e papel (SADDI, 1977). construção civil: acabamento interno como rodapés, molduras, cordões, esquadrias, portas, batentes, folhas faqueadas decorativas, peças torneadas.

Sistemas agroflorestais: em Rondônia, essa espécie tem sido utilizada em sistema agroflorestal com café. No Acre, apresenta potencial para sistemas agroflorestais.

Medicinal:  sua casca e sementes são usadas na medicina caseira  em aplicações , para fins curativos da cefaleia e como peitoral. Servem, ainda, para perfumar o rapé e a roupa. Quando adicionadas à cachaça, tornam essa bebida mais apreciada e de uso muito difundido. O aroma é devido à presença de cumarina (SADDI, 1977). No Acre, a casca das árvores de cerejeira-da-amazônica é empregada como medicamento contra anemia e gripe, e na preparação de bebida alcoólica. Com as sementes é preparado o rapé usado para aliviar constipação nasal, cefaleias (dores de cabeça) e de dente.

Bibliografia consultada.

Circular Técnica 134. Autor Paulo Ernani Ramalho Carvalho Engenheiro Florestal, Doutor, Pesquisador da Embrapa Florestas. ernani@cnpf.embrapa.br. Acesso em 18 de abril de 2018 Disponível em: https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/CNPF-2009-09/42346/1/Circular134.pdf