Foto 1 – Detalhe das folhas com espinhos e flores.Foto 2 – Detalhe dos botões florais.
Foto 3– Aracari-banana Pteroglossus bailloni (Vieillot,1819). Consumidor de sementes da espécie.
Foto 4 – Tronco reto, casca externa ou ritidoma é lisa cinza clara, quando cortada exsuda um látex tóxico para contato com a pele ou olhos.
Família: Moraceae.
Nome científico: Sorocea bonplandii (Baill.) W.C. Burger, Lanj. & Wess. Boer
Sinonímia: Sorocea ilicifolia Hassler, Sorocea sylvicola Chodat.
Nomes populares: Cincho (RNC), chincho, canxim, capiricica, cancorosa.
Nomes em outros países: Argentina, ñandipá, Paraguai, ñandypa’i.
Origem do nome da espécie: Sorocea vem tupi soróka, bonplandii em respeito ao botânico francês Aimée Bonpland-1773-1858 (MARCHIORI,1995)
DESCRIÇÃO DA ESPÉCIE
Árvore perenifólia, secundária inicial, espécie de sub-bosque (VACCARO) et al.,), secundária inicial (DIAS et al.,1998), secundária tardia (IVANAUSKAS ET AL., 1998), clímax (AGUIAR et al.,2001), clímax tolerante a sombra (CHAGAS et al.,2001) .Sua altura atinge até 15 m e seu diâmetro 30 cm.
Folhas: simples, de filotaxia e consistência membranácea a coriácea, com 8 a 18 pares de nervuras, com presença de pequenos espinhos nas bordas das folhas.
Flores: numerosas de amarelo-avermelhadas.
Fruto: núcula (BARROSO et al.,1999), oblonga , medindo até 1,5 cm comprimento e até 0,7 cm de largura, de coe escura quando maduro. de coe vinho-roxo.
Floração: Maio/Agosto.
Frutificação: Novembro/Março.
Sistema sexual: dioica (LOPEZ et al., 1987; ROMANIUC NETO; WANDERLEY,1992).
Polinização: abelhas, e diversos insetos.
Dispersão: gravidade ou animais silvestres não descritos pela avifauna sabiás, (Turdus spp) e araçaris (Pteroglossus spp)
Ocorrência: Floresta Ombrófila Densa, Floresta Estacional Semidecidual, de Minas Gerais ao Rio Grande do Sul.
Paisagístico: apresenta potencial paisagístico em lugares sombreados.
Utilização: caixotaria e lenha. Quando cortada exsuda látex que é considerado medicinal.
Medicinal: O suco leitoso que exsuda do tronco dessa espécie é considerado medicinal (LORENZI,1998).
Recomenda-se precaução para o uso da planta para fins medicinais, devido as suas propriedades tóxicas (Correia,1926).
AS PLANTAS AQUI REFERIDAS SÓ DEVEM SER UTILIZADAS COM ORIENTAÇÃO DE PROFISSIONAIS DA ÁREA DE SAÚDE!
Bibliografia consultada
CARVALHO, P.E.R. Espécies arbóreas brasileiras. Coleção Espécies Arbóreas Brasileiras, vol. 3. Brasília, DF; Colombo, PR; Embrapa Florestas 2008. 593 p.
ZELAZOWSKI, V.H.; LOPES, G.L. Avaliação preliminar da competição de crescimento entre 39 espécies arbóreas, em área sombreada com leucena (Leucena leucocephala). In: CONGRESSO FLORESTAL PANAMERICANO, 1.; CONGRESSO FLORESTAL BRASILEIRO, 7., 1993, Curitiba. Floresta para o Desenvolvimento: Política, Ambiente, Tecnologia e Mercado: anais. São Paulo: SBS; [S.l.]: SBEF, 1993. v. 2, p. 754. Biblioteca(s): CNPF (PL LV0362 ADD).
Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento. Registro Nacional de Cultivares RNC. Disponível em: http://extranet.agricultura.gov.br/php/proton/cultivarweb/cultivares_registradas.php Acesso em: 23/10/2011.
As frutas desta árvore podem ser consumidas?
Não tenho essa informação mas é melhor não ingerir. Gerson Luiz Lopes