Foto 1 – Detalhe das folhas frete e verso e semente.
Foto 2 – Detalhe das flores vermelhas.
Foto 3 – Detalhe da floração intensa.
Foto 4– Quacho Cacicus haemorrhous (Linnaeus 1766). se alimentando das sépalas e pétalas da espécie. Provável um polinizador.
Foto 5– Detalhe dos frutos.Foto 6 – Tronco cilíndrico, com nódulos de acúleos, casca castalho-avermelhada, fissurado, com ritidomas.
Foto 7 – Vista geral da espécie.
Família: Fabaceae (Leguminosae) Subfamília Papilionoideae.
Nome científico: Erythrina falcata Benth.
Sinonímia botânica: Corallodendrum falcatum Kuntze; Erythrina crista-galli L. var.inermis Speg.
Nomes populares: corticeira, bico-de-papagaio,suinã-da-mata,sapatinho-de-judeu,suinã-do-brejo.
Nomes populares em outros países: Bolívia; kuñore, Paraguai; sui’ yva.
DESCRIÇÃO DA ESPÉCIE
Árvore caducifólia, espécie secundária inicial (DURIGAN & NOGUEIRA, 1990) ou clímax exigente de luz (RONDON et al., 1999). Sua altura chega até 20 m e seu diâmetro 60 cm.
Folhas: compostas, trifoliadas, alternas. Mede até 15 cm de comprimento e até 10 cm de largura.
Flores: vermelhas-alaranjadas, com inflorescência racemosa axilar terminal ou lateral.
Fruto: legume indeiscente.
Floração: Setembro/Novembro.
Frutificação: Dezembro/Abril.
Sistema sexual: hermafrodita.
Polinização: Beija-flores (Kuhlmann & KHN,1947; MORELLATO,1991). Foi visto em Irati-PR, um pássaro quacho Cacicus haemorrhous (Linnaeus 1766). se alimentando das sépalas e pétalas da espécie.
Ocorrência: Floresta Ombrófila Densa, Floresta Ombrófila Mista, Floresta Estacional Decidual, de Minas Gerais ao Rio Grande do Sul.
Utilização: móveis rústicos.
Medicinal: Usada na medicina popular em forma de chá da casca e da semente como calmante de tosses nervosas e para bochechos contra infecções da boca. O chá da casca combate as doenças do fígado, hepatite e dores musculares.
Os índios usam a casca do caule no combate a dor de dente, primeiro banho bebê (para prevenir hipertermia) dor na bexiga e hemorróidas (Marquesini,1995). As folhas e a casca são utilizadas em infusão, na menopausa (Rodriques,1998).
Recomenda-se precaução para o uso da planta para fins medicinais, devido as suas propriedades tóxicas (Correia,1926)
AS PLANTAS AQUI REFERIDAS SÓ DEVEM SER UTILIZADAS COM ORIENTAÇÃO DE PROFISSIONAIS DA ÁREA DE SAÚDE!
Bibliografia consultada
CARVALHO, P.E.R. Espécies Arbóreas Brasileiras. Coleção Espécies Arbóreas Brasileiras, vol. 1. Brasília: Embrapa Informações Tecnológica; Colombo, PR: Embrapa Florestas, 2003.1.039 p.
CARVALHO, P. E. R.; ZELAZOWSKI, W. H.; LOPES, G. L. Comparação entre espécies nativas com one-tree-plot em Foz do Iguaçu, PR (II). Colombo: EMBRAPA-CNPF, 1996. 2 p. (EMBRAPA-CNPF. Pesquisa em Andamento, 10).
Biblioteca(s): CPAF-AP (FL 05263 EMB).
CARVALHO, P. E. R; ZELAZOWSKI, W. H.; LOPES, G. L. Comparação entre espécies florestais nativas e exóticas com “one-tree-plot” em Santa Helena, PR. Colombo: EMBRAPA-CNPF, 1996. 2 p. (EMBRAPA-CNPF. Pesquisa em Andamento, 20). Biblioteca(s): CPAF-AP (FL 05273 EMB).
Essa é uma das espécies mais características da mata atlântica no leste de São Paulo, entre Piracicaba e o alto da Serra do Mar, embora rara.
No Vale do Paraíba encontra-se com Erythrina verna Vell., igualmente atraente. Normalmente Erythrina falcata Benth. habita regiões e matas mais úmidas que E. verna.
No alto da Serra do Mar se a vê ao lado de Erythrina speciosa Andrews, e, quase por toda parte, ao lado de Erythrina crista-galli L., ambas espécies de brejos.
Parabéns pela publicação, Gerson Luiz Lopes!
Obrigado Celso Lago Paiva pela visita no nosso site
Bom dia!
Linda planta, onde posso encontrar sementes?
Muito obrigada.
Arabela Ribas procure em algum viveiros de mudas eu não sei te informar onde tem mudas. Gerson Luiz Lopes
No Vale do Rio Doce, nos anos 50 e 60 do tronco da árvore eram feitas tabuinhas de 50 X 20 cm que eram usadas com telhas de casas por colonos. Da flor, as crianças tiravam o miolo para usar como apito. Na região a árvore chegava a mais de 20 metros. Os galhos grossos eram plantados no buraco de cercas e se tornaram outras sumaúmas, nome conhecido.
Fui informada por uma pessoa que a Erythrina falcata é a única das Erythrinas que não apresenta um tipo de doença que ocorre em todas as outras,Infelizmente a pessoa não lembrou o nome da doença.
Seria isso verdadeiro?….
Suely Ceruci nunca notei doença nas corticeiras. Gerson Luiz Lopes