Foto 1 – Detalhe das folhas frente e verso e fruto verde.

Foto 2 – Detalhe da floração com flores vistosas e muito perfumadas.
Foto 3 – Vista da espécie com frutos verdes.

Foto 4– Sabiá-laranjeira Turdus rufiventris Rafinesque,1815. Consumidor de frutos da espécie provável dispersor.

Foto 5 – Tronco reto, casca externa ou ritidoma é cinza,  com fissuras longitudinais e transversais.

Família: Lauraceae.

Nome científico: Nectandra grandiflora Nees & Mart. ex Ness

Sinonímia botânica: Nectandra grandiflora Nees var. latifolia Nees (1836), Nectandra glauca Warming ex Meissner (1870)

Nomes populares: Nectandra-sebo (RNC), caneleira, canela-amarela

DESCRIÇÃO DA ESPÉCIE

Árvore perenifólia, heliófita, espécie  secundária tardia (DIAS et al., 1998) ou clímax tolerante a sombra (CARVALHO et al 1999). Sua altura atinge  20 m e seu diâmetro 60 cm. O nome Nectandra vem do grego néctar (néctar) e anér (homem). Grandiflora vem do latim grandiflora  por apresentar flores grandes ( PEDRALLI,1987).

Folhas: simples alternas, coriáceas. Sua lâmina foliar mede até 20 cm de comprimento, e 8 cm de largura, obovada e oblonga oblonga , com ápice curto cuspidado.

Flores: pubérulas ou glabras de cor branca. Inflorescência dispostos na axila de catafilos terminais  ou logo abaixo.

Frutos: bacáceo, elipsoide, com polpa carnosa de cor preta quando maduro.

Floração: Setembro/Outubro.

Frutificação: Novembro/Fevereiro.

Sistema sexual: espécie monoica.

Polinização: feita por vetores não especializados (YAMAMOTO.,2007).

Dispersão: zoocorica (CARMO; MORELLATO,2000). Diversos pássaros comem seus frutos na Região de Irati-PR, foram observados sabiás, sanhaços e outros pássaros.

Ocorrência: Floresta Estacional Decidual e Semidecidual, Floresta Ombrófila Densa, Floresta Ombrófila Mista, e outra Formações Florestais, de Rondônia ao Rio Grande do Sul.

Apícola: as flores apresentam potencial apícola, fornecendo pólen e néctar.

Paisagístico: pode ser usada como ornamental em bosques e parques.

Utilização: obras internas em carpintaria, vigamento caibros e ripas, fabricação de móveis.

Medicinal:Sua casca do tronco, com adição de ácido costico sesquiterpeno, contém cinco alcalóides: laurolitsine, laurotetanina, boldina e isoboldina. Estudos preliminares com extrato de álcool da casca revelou atividade antitumor contra o sarcoma 180 e os modelos de carcinoma Ehrlich (RIBEIRO et al., 2005).

Recomenda-se precaução para o uso da planta para fins medicinais, devido as suas propriedades tóxicas (Correia,1926).

AS PLANTAS AQUI REFERIDAS SÓ DEVEM SER UTILIZADAS COM ORIENTAÇÃO DE PROFISSIONAIS DA ÁREA DE SAÚDE!

Bibliografia consultada

CARVALHO, P.E.R. Espécies arbóreas brasileiras. Coleção espécies Arbóreas, vol. 4. Brasília, DF: Embrapa informações Tecnológica; Colombo, PR: Embrapa Florestas, 2010.644 p. Il color; ().

CARVALHO, P.E.R; ZELAZOWSKI, W.H.;  LOPES, G.L. Comparação entre espécies florestais nativas e exóticas com “one-tree-plot” em Santa Helena, PR. Colombo: EMBRAPA-CNPF, 1996. 2 p. (EMBRAPA-CNPF. Pesquisa em Andamento, 20). Biblioteca(s): CPAF-AP (FL 05273 EMB).

Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento. Registro Nacional de Cultivares RNC. Disponível em: http://extranet.agricultura.gov.br/php/proton/cultivarweb/cultivares_registradas.php Acesso em 23/10/ 2011.