Foto 1 – Detalhe das folhas frente e verso, frutos verdes e madurando.

Foto 2 – Vista da espécie com frutos maduros de cor vermelho-alaranjado.

Foto 3 – Vista do ramo com folhas e frutos maduros.

Foto 4– Sabiá-laranjeira Turdus rufiventris Rafinesque,1815. Grande consumidor e dispersor de sementes

Foto 4 – Tronco reto ou levemente tortuoso, com casca externa ou ritidoma é marrom, áspera, fendilhada, descamando-se em placas.

Família: Salicaceae.

Nome científico: Casearia decandra Jacq.

Sinonímia botânica: Casearaia parvifolia Willdenow (1799); Casearia floribunda; Casearaia albicaulis Rusby (1927) Briquet (1907)

Nomes populares: Guaçatunga-cafezeiro (RNC), guaçatunga-branca,,café-do-mato, canela-espeto.

DESCRIÇÃO DA ESPÉCIE

Árvore hermafrodita, heliófita, espécie pioneira (TOLEDO FILHO et al., 1997) a secundária tardia (DIAS et al., 1998) ou clímax exigente em luz (MOCHIUTTI  et al., 2008). Sua altura atinge até 17 m e diâmetro 30 cm. O nome Casearia é em homenagem  ao missionário holandês Casearius ; e decandra  vem do grego  deca (dez) e anér, andrós (homem); a flor tem dez estames (KLEIN;SLEUMER,1984).

Folhas: simples, alternas, dísticas, elípticas com ápice mais ou menos acuminado lanceoladas, medindo de 3 cm a 6 cm de comprimento por 1 cm a 3 cm de largura..

Flores: brancas com forte aroma muito visitadas por vários tipos de insetos. Inflorescência em fascículos séssil, pouco ou multifloral.

Frutos: cápsula globosa tricostulada de cor alaranjado.

Floração: Agosto/Setembro.

Frutificação: Outubro/Dezembro.

Sistema sexual: espécie hermafrodita.

Polinização: abelhas e diversos pequenos insetos (MORELLATO, 1991).

Dispersão: zoocórica (por animais), avifauna (WIESBAUER et al., 2008). Os frutos são muito consumidos por sabias e outros pássaros,

Ocorrência: Floresta Estacional Semidecidual e Decidual, Floresta Ombrófila Densa, Floresta Ombrófila Mista, de Goiás ao Rio Grande do Sul.

Apícola: as flores apresentam potencial apícola, fornecendo pólen que proporciona mel de excelente qualidade (KLLEIN; SLEUMER, 1984). Segundo BACKES e IRGANG (2002), é uma das poucas espécies arbóreas melíferas de inverno do Planalto Meridional Sul-Brasileiro.

Paisagístico: por seu pequeno porte e rápido crescimento é apropriado para arborização urbana (LORENZI, 1998).

Utilização: cabos de ferramentas.

Medicinal: Sua casca é usada no tratamento de problemas do estômago, dores em geral, reumatismo, afta (sapinho) e feridas (MARQUESINI,1995). Em uso externo, as folhas tem propriedades anti-sépticas (GAVILANES; BRANDÃO,1998). A maceração da casca em álcool é aplicada é aplicada topicamente em mordeduras de cobras e em picadas de insetos (BACKES; IRGANG, 2002).

Recomenda-se precaução para o uso da planta para fins medicinais, devido as suas propriedades tóxicas (Correia,1926).

AS PLANTAS AQUI REFERIDAS SÓ DEVEM SER UTILIZADAS COM ORIENTAÇÃO DE PROFISSIONAIS DA ÁREA DE SAÚDE!

Bibliografia consultada

CARVALHO, P.E.R. Espécies arbóreas brasileiras. Coleção espécies Arbóreas,vol. 4.  Brasília, DF: Embrapa informações Tecnológica; Colombo, PR: Embrapa Florestas, 2010.644 p.

CARVALHO, P. E. R.; ZELAZOWSKI, W. H.;  LOPES, G. L. Comparação entre espécies arbóreas nativas (arboreto linear), em Foz do Iguaçu, PR. Colombo: EMBRAPA-CNPF, 1999. 2 p. (EMBRAPA-CNPF. Pesquisa em andamento, 22). Biblioteca(s): AI-SEDE (FL 08523-CNPF EMB).

Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento. Registro Nacional de Cultivares RNC. Disponível em: http://extranet.agricultura.gov.br/php/proton/cultivarweb/cultivares_registradas.php Acesso em: 23/10/2011.