Promet VII

 

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CENTRO-OESTE

LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO DO     CAMPO

Projeto Metodológico

Tempo Universidade – 03 de     janeiro de 2013 a 03 de março de 2013

Tempo Comunidade -03 de     janeiro de 2013 a julho de 2013

 

 

Se campo e Cidade unir

A burguesia não vai resistir!

(Palavra de ordem dos Sem Terrinha)

 

1. Apresentação do Curso

1.1 Informações Gerais

Esta Turma do Curso de Licenciatura em Educação do Campo se desenvolve por meio de uma parceria institucional entre a Unicentro, os municípios de Candói, Nova Laranjeiras, Laranjeiras do Sul, Porto Barreiro e Rio Bonito do Iguaçu, bem como com o MPA, MST, MAB e Ceagro e é desenvolvido em seu tempo-universidade em Guarapuava/PR.

O curso é realizado em regime de alternância, portanto composto de tempo-universidade e tempo-comunidade, objetivando assim criar condições para relacionar de forma permanente a teoria e a prática, bem como buscar uma compreensão ampliada da realidade educacional, aconteça ela na escola ou em outros tempos/espaços educativos, bem como a totalidade da realidade social. A proposta pretende formar e habilitar educadores/as que tenham identidade com o campo, atuação em escolas do campo e ou agricultores pertencentes aos Movimentos Sociais ligados à terra, para que dessa forma possam ser qualificados, para atuarem nas escolas do campo, a fim de romper com os muros imaginários que separam a escola da vida e da cultura.

O curso é composto de 3272 h, integralizadas em oito etapas, sendo 400 h de Prática de Ensino-Estágio Supervisionado e 400 h/a de Estágio Supervisionado; 200 h de atividades complementares (participação em seminários, congressos, oficinas e outros) e 2272 h divididas entre as demais disciplinas que compõem a matriz curricular. A presente proposta oferece aos/às educandos/as a formação por área do conhecimento: Ciências da Natureza e Matemática ou Linguagens e Códigos.

O objeto deste curso é a escola de educação básica do campo, com ênfase na construção do desenho da organização escolar e do trabalho pedagógico para os anos finais do ensino fundamental e do ensino médio e também na modalidade de educação de jovens e adultos, bem como os espaços educativos não formais, especialmente vinculados aos movimentos sociais relacionados às lutas dos trabalhadores do campo.

1.2 Perfil Profissional pretendido

O Curso é desenvolvido de modo a profissionalizar os participantes para atuação na gestão de processos educativos escolares, entendida como formação para a educação dos sujeitos das diferentes etapas e modalidades da Educação Básica, para a construção do projeto político-pedagógico e para a organização do trabalho escolar e pedagógico nas escolas do campo. A formação será para a docência nos anos finais do Ensino Fundamental e Ensino Médio, inclusive na Modalidade Educação de Jovens e Adultos e na combinação com a Educação Profissional.

A docência será para uma das áreas de conhecimentopropostas pelo curso: Linguagens (Língua Portuguesa, Arte, Educação Física e Língua Estrangeira Moderna – espanhol), atualmente com 19 estudantes ou  Ciências da Natureza e Matemática (Matemática, Biologia, Física e Química) com 18 estudantes.

A gestão de processos educativos nas comunidades objetiva a preparação específica para o trabalho formativo e organizativo com as famílias e ou grupos sociais de origem dos estudantes, para lideranças populares e para a implementação de iniciativas e ou projetos de desenvolvimento comunitário sustentável que incluam a participação da escola.

 

1.3 Objetivos do Curso específicos para esta Turma

  • Formar      educadores/as para atuação nos anos finais do ensino fundamental e do      ensino médio  junto às populações      que trabalham e vivem no e do campo, aptos a fazer a gestão de processos      educativos e a desenvolver estratégias pedagógicas que visem a formação de      sujeitos humanos autônomos e criativos, capazes de produzir soluções para      questões inerentes à sua realidade.
  •  Desenvolver estratégias de formação para      a docência multidisciplinar em uma organização curricular por áreas do      conhecimento, nas escolas do campo.
  • Contribuir      na construção de alternativas de organização do trabalho escolar e      pedagógico que permitam a expansão da educação básica no e do campo, com a      rapidez e a qualidade exigida pela dinâmica social em que seus sujeitos se      inserem e pela histórica desigualdade que sofrem.
  • Promover      a indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão.
  • Formar      educadores e equipes pedagógicas vinculadas aos movimentos sociais e      organizações populares para atuarem na realidade educacional do campo.
  • Discutir,      refletir e sistematizar conhecimentos sobre as questões atuais da      organização do trabalho pedagógico nas escolas do campo.
  • Elaborar      subsídios teóricos de acordo com o paradigma da Educação do Campo e da      Questão Agrária (PQA), que se opõe ao conceito de capitalismo      Agrário (Projeto de Campo desenvolvido pelo sistema capitalista).
  • Produzir      materiais didático-pedagógicos para o trabalho nas escolas do campo.
  • Contribuir      para o desenvolvimento do território da cidadania da Cantuquiriguaçu: desenvolvimento      humano, sustentável e ambiental.

2. Tempos Educativos

A organização de tempos educativos integra o projeto educativo do curso. Para sétima etapa os TE, indicados abaixo, estrão distribuidos ao Tempo Escola. Os mesmos srão pensados e coordenados pelos  Núcleo de Base.

–          Tempo Mística e Formatura:  Semanalmente a partir do cronograma

–          Tempo Aula: Tempo diário de 10 h/a, (DAS 7:30 AS 12:30  e das 14:00 as 19:00) sendo que as mesmas acontecerão na presença do professor, lembrando que as atividades de leitura, grupos e outras atividades deverão acontecer neste tempo, exepcinalmente em outros tempos.

–          Tempo Oficina e Seminários: (II CÍRCULO DE OFICINAS/PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DO CURSO DE LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO DO CAMPO) Tempo destinado a desenvolver habilidades ou práticas específicas e necessÁria para formação do educador. Teremos oficinas comuns as duas áreas e oficinas específicas. PROPOMOS:

a)     (12 h) Oficina de Planejamento de Ensino – T (Valdirene Manduca de Moraes, Marcos Gehrke)

b)     (12 h) Oficina de material manipulavel e produção do laboratório de cinecias da natureza e am,temática: (ábaco, calculadora, material dourado, e outros)- ACNM (Ritamar Andretta e Vitor de Morais);

c)     (05) Oficina de interpretação e compreensão de textos – ALC (Benedita de Almeida – UNIOESTE);

d)     (20 h) Construção do Painel da Turma – 22 a 27 de janeiro T (Acir – MST);

e)     ( 16 h) Seminário de Estágio do Ensino Fundamental (Valdirene Manduca de Moraes, Marcos Gehrke e Marlene L. Sapelli)

f)       (10 h) Oficiana de sitematização do Relato de Estágio Supervisionado (Valdirene Manduca de Moraes, Marcos Gehrke e Melissa Rodrigues da Silva, Ana Cristina Hammel, Gilmar Monteiro e Gilberto Martini)

g)     (10 h) Oficina de sistematização das Práticas do PIBID/Diversidade (Ademir Nunes Gonçalves, Talita Correa , Rodrigo dos Santos, Rosangela, Tatiane)

h)    (10 h)Produção de vídeos (Carlos Alberto)

i)       (05 h) Análise de Conjuntura (Elemar Cezimbra)

–          Tempo intercâmbios 12/01/2013: Visita a um Faxinal (Dejane, Daniela Silva da Silva e Eryza Guimarães de Castro).

–          Tempo lazer: Pique Nique no Rio Jordão; Caminhada no Parque das Araucárias; Caminhadas no Lago; Trilha ecológica na cachoeira.

–          Tempo Trabalho –Organizar nos núcleos: Sistamtização e memória; Mística; Mural e comunicação; Lanches; Jornal da Turma com enfoque no curso para distribuir amplamente em fevereiro; Noite Cultural e a Jornada Socialista.

–          Tempo Reflexão Escrita: Tempo individual em que cada estudante vai fazendo a síntese de seus aprendizados da etapa. Trabalho entregue a coordenação do curso no ultimo dia da etapa.

 

3. Metas da Etapa VI

a)      Avançar na pesquisa e escrita do artigo e encontro com orientadores em fevereiro;

b)      Conhecer um Faxinal, enfoque nas questões ambientais e da cultura;

c)      Dar sequência a sistematização dos relatos de experiência do PIBID;

d)     Reescrever os relatos de experiência dos estágios no Ensino Fundamental;

e)      Preparar a publicação dos dois cadernos: Relatos das Práticas do PIBID e Relatos de Estágio;

f)       Garantir na turma discussão política dos problemas a fim de construir unidade e constituir a base para o avanço do processo.

g)      Garantir o acesso às notícias e informações.

h)      Fazer a reunião semanal da coordenação e NB.

i)        Fazer o registro e memória da etapa.

j)        Construir o painel da turma (símbolo) em forma de oficina nas artes plásticas;

k)      Organizar a memória das etapas e qualificar os registros desta.

l)        Potencializar a Síntese de Aprendizados como apropriação do conhecimento e de reflexão sobre o processo formativo.

m)    Escolher dois novos representantes da turma para compor o colegiado do curso;

n)       Particiapação na Semana Pedagógica das Escolas da rede estadual;

  • o)      Editar e publicar o jornal da turma na etapa.

4. Atividades da Etapa

4.1 Componentes da matriz curricular do curso para esta etapa.

Disciplinas comuns:
Metodologia   da Pesquisa VI –  Professor Marcos Gehrke – C/H 20

Orientação de pesquisas e normas da ABNT

Seminários Integradores VI – Professora   Marlene Lucia Siebert Sapelli – C/H 8

Análise de temas problematizados pelos   educandos/as e educadores/as, a partir da contribuição das diferentes   disciplinas do curso, relacionados aos projetos de pesquisa que estejam se   configurando e desenvolvendo

 Metodologia da Pesquisa VII- TCC Professor   Marcos Gehrke – C/H 20

Elaboração do projeto Trabalho de Conclusão de   Curso – TCC.

 

Seminários   Integradores VII – Professora Marlene Siebert Sapelli – C/H 8

Análise de temas   problematizados pelos educandos/as e educadores/as, a partir da contribuição   das diferentes disciplinas do curso, relacionados aos projetos de pesquisa   que estejam se configurando e desenvolvendo. ( mesma do Seminário Integrador   VI)

 
Disciplinas da ênfase:

 

Área de Linguagens:

 

Cultural     Corporal – Professor José Ronaldo – C/H 56H

Estudo das manifestações corporais que     constituem os conteúdos específicos de ensino da educação física

 Literatura Brasileira I – Professora     Daniela Silva da Silva – C/H 56H

A produção literária     brasileira, das origens ao Pré-modernismo: movimentos, grupos, obras e     autores

representativos.

Sintaxe     de Português – Professora Maria Claudia Teixeira – C/H 56

Morfossintaxe e semântica.     Estrutura sintático-semântica da oração portuguesa. Relações oracionais e     interoracionais. Modelos de descrição sintática.

Artes     III –  Professora Marilia     Carbonari – C/H 48

A educação estética nos anos finais do Ensino     Fundamental e no Ensino Médio.

Linguística     Aplicada I – Professor João Marcos Mateus Kogawa – C/H 36

ingüística Aplicada e ensino     de línguas.Teorias da leitura e da escrita. Visão ingüística da gramática.

Literatura     Brasileira II – Professora Daniela Silva da Silva – C/H 56

A produção literária     brasileira, do Modernismo à Literatura Contemporânea: movimentos, grupos,     obras e autores representativos.

Metodologia     do Ensino da Educação Física – Professor Marcos Roberto Queiroga – C/H     56

Metodologia dos esportes,     dança, ginástica e lutas e sua aplicação no ensino fundamental (5ª a 8ª     séries).Introdução aos Jogos cooperativos, a recreação e ao lazer.

 

 

Área   de Ciências da Natureza e Matemática

 

Hidrodinâmica   e Termodinâmica Aplicadas à Vida no Campo – Professora: Márcia da   Costa  C/H 56

Fluidos.   Dinâmica dos Fluidos. Temperatura. Calor. Leis da Termodinâmica. Teoria   Cinética dos Gases. Aplicações Ligadas à Atividades no Campo.

QUÍMICA E QUESTÕES AMBIENTAIS I – Professora: Eryza Guimarães de Castro C/h 56

Introdução   à Química ambiental. Ciclos biogeoquímicos. Química da Água e conceitos de   poluição e os

principais   problemas ambientais. Química da atmosfera e conceitos de poluição e os   principais problemas ambientais. Energias Alternativas.

Botânica   e Fitoterapia- Professora Ana Lucia Suriane C/H56h

Estrutura geral dos vegetais: morfologia externa   e interna. Noções de fisiologia vegetal. Plantas fitoterápicas.

Cálculo   Diferencial e Integral Aplicado à Vida no Campo – Professora Juliana   Giboski – C/H80

Funções. Limites. Derivadas. Integrais.

Eletrodinâmica   Aplicada à Vida no Campo – Professora Márcia da Costa C/H 60h

Força   Elétrica. Lei do Coulomb. Campo Elétrico. Capacitores. Corrente Elétrica.   Circuitos Elétricos. Campo Magnético. Força Magnética. Circuitos de Corrente   Alternada. Oscilações Eletromagnéticas. Ondas Eletromagnéticas. Aplicações   Ligadas à Atividades no Campo.

Práticas   Laboratoriais de Química I – Professora Eryza Guimarães de Castro C/H 16

Segurança   no Laboratório de Química; Uso e aplicações das vidrarias mais comuns no   laboratório de

Química,   Preparação de soluções; Determinação de pH; Análises titulométricas e   gravimétricas; reações deoxi-redução.

Química   e Questões Ambientais II – Professora Eryza Guimarães de Castro C/H 32

O solo e   os conceitos de poluição e os principais problemas ambientais. Danos ao solo   (físico, químicos ebiológicos). Mecanismo de contaminação. Áreas   contaminadas. Técnicas de remediação de solos contaminados. Resíduos.   Gerenciamento de resíduos sólidos urbanos e rurais.

4.2 Atividades do Tempo Comunidade (TC)

O TC será desenvolvido nos locais de origem ou de trabalho de cada educando/educanda e deverá incluir atividades específicas de inserção nas organizações ou nos Movimentos Sociais ; Atividades da área do conhecimento nesta etapa um trabalho único por área; Estágio Supervisionado II; Fechamento da pesquisa e produção final do artigo; Atividades do PIBID/Diversidade;

5. Processo de Avaliação

5.1. Orientações gerais

Definir caminhos para a avaliação é reafirmar os caminhos, princípios definidos para a ação pedagógica. É preciso entender a avaliação como parte do processo e como processo e não como um momento final do processo. Se assim compreendermos a avaliação, a ênfase, recairá sobre o processo educativo e não sobre os resultados.

A avaliação pode ser diagnóstica, formativa, deve ser contínua e cumulativa, cumprindo várias funções: conhecer os/as educandos/as, identificar as dificuldades de aprendizagem, determinar se os objetivos propostos foram ou não atingidos, aperfeiçoar o processo educativo, promover os alunos. Os objetivos indicados explicitam vários aspectos da avaliação: individual do educando e do educador e institucionais, ou seja, o processo de avaliação serve para realimentar o processo no sentido de realizar novas mediações, reorganizando os tempos, espaços e relações, inclusive institucionais.

Outro aspecto é a relação da avaliação com os objetivos. Quando construímos o Projeto Político Pedagógico, definimos o projeto que iremos defender e os objetivos que pretendemos alcançar e avaliação deve ser organizada no sentido de perceber se esses objetivos foram alcançados e, se não, o que deve ser feito para retomá-los.

Os principais instrumentos/técnicas de avaliação que serão utilizados são a observação, a aplicação de provas, a auto-avaliação, pesquisas, organização de portfólios, a apresentação de trabalhos, dentre outros, exigindo-se desde a memorização reflexiva até a síntese, enfatizando-se o uso da língua padrão.

A avaliação será entendida a partir da consideração de que os processos de desenvolvimento e aprendizagem são permanentes, portanto sempre inacabados. Assim, a avaliação deve ser um instrumento que contribua para potencializá-los.

A partir disso, consideramos importante, ainda:

a) compreender o caminho que o/a educando/a está fazendo para se apropriar do conhecimento – essa compreensão possibilitaria realizar mediações mais significativas;

b) considerar o/a educando/a seu próprio parâmetro, ou seja, que se valorizasse o seu processo e não o colocasse em posição de competição com o outro;

c) não apenas constatar erros, mas rever processos;

d) valorizar conteúdos significativos e não detalhes;

e) elevar o nível de exigência, superando a mera memorização mecânica e buscando a análise, a síntese, a aplicação dos conteúdos.

O aluno estará aprovado se alcançar a média igual ou superior a 7,0 (sete vírgula zero) e a freqüência igual ou superior a 75%. No caso de alcançar média entre 5,0 (zero vírgula zero) e 6,9 (seis vírgula nove) e freqüência igual ou superior a 75%, terá direito a realizar exame final. Para ser aprovado em exame final, o aluno deve alcançar uma nota que, somada à média do período e dividida por dois, resulte em uma nova média de valor igual ou superior a 6,0 (seis vírgula zero).

Os educandos que não obtiverem aproveitamento mínimo, exigido para aprovação deverão participar de um processo paralelo de estudos, elaborado e orientado pelo educador da respectiva disciplina, até obter o aproveitamento necessário. Casosespeciais serão analisados pelo colegiado do curso.

5.2. Procedimentos básicos

            O fechamento da avaliação das disciplinas acontecerá na etapa seguinte e mesmo ocorre com os exames. Os pesos e critérios de avaliação ficam a cargo de cada educador.

6. Acompanhamento Político-Pedagógico

Estamos buscando fazer o acompanhamento aos educandos e às educandas do curso de forma ao mesmo tempo personalizada e pela atuação nos/dos coletivos da turma, da escola, da comunidade de atuação e da organização/movimento social.

a)       No Tempo Universidade o acompanhamento à turma será feito: – pelos educadores e educadoras, pela equipe de coordenação do curso, pelo NB a cada um de seus membros.

b)       No Tempo Comunidade o acompanhamento aos estudantes será feito: pela coordenação do curso, por pessoas dos movimentos sociais envolvidos, pelos educadores em relação aos encaminhamentos feitos na disciplina para o tempo comunidade.

Guarapuava, Dezembro  de 2012.

 

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CENTRO-OESTE

LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO DO     CAMPO

Projeto Metodológico

Tempo Universidade – 03 de     janeiro de 2013 a 03 de março de 2013

Tempo Comunidade -03 de     janeiro de 2013 a julho de 2013

 

 

 

Se campo e Cidade unir

A burguesia não vai resistir!

(Palavra de ordem dos Sem Terrinha)

 

1. Apresentação do Curso

1.1 Informações Gerais

Esta Turma do Curso de Licenciatura em Educação do Campo se desenvolve por meio de uma parceria institucional entre a Unicentro, os municípios de Candói, Nova Laranjeiras, Laranjeiras do Sul, Porto Barreiro e Rio Bonito do Iguaçu, bem como com o MPA, MST, MAB e Ceagro e é desenvolvido em seu tempo-universidade em Guarapuava/PR.

O curso é realizado em regime de alternância, portanto composto de tempo-universidade e tempo-comunidade, objetivando assim criar condições para relacionar de forma permanente a teoria e a prática, bem como buscar uma compreensão ampliada da realidade educacional, aconteça ela na escola ou em outros tempos/espaços educativos, bem como a totalidade da realidade social. A proposta pretende formar e habilitar educadores/as que tenham identidade com o campo, atuação em escolas do campo e ou agricultores pertencentes aos Movimentos Sociais ligados à terra, para que dessa forma possam ser qualificados, para atuarem nas escolas do campo, a fim de romper com os muros imaginários que separam a escola da vida e da cultura.

O curso é composto de 3272 h, integralizadas em oito etapas, sendo 400 h de Prática de Ensino-Estágio Supervisionado e 400 h/a de Estágio Supervisionado; 200 h de atividades complementares (participação em seminários, congressos, oficinas e outros) e 2272 h divididas entre as demais disciplinas que compõem a matriz curricular. A presente proposta oferece aos/às educandos/as a formação por área do conhecimento: Ciências da Natureza e Matemática ou Linguagens e Códigos.

O objeto deste curso é a escola de educação básica do campo, com ênfase na construção do desenho da organização escolar e do trabalho pedagógico para os anos finais do ensino fundamental e do ensino médio e também na modalidade de educação de jovens e adultos, bem como os espaços educativos não formais, especialmente vinculados aos movimentos sociais relacionados às lutas dos trabalhadores do campo.

1.2 Perfil Profissional pretendido

O Curso é desenvolvido de modo a profissionalizar os participantes para atuação na gestão de processos educativos escolares, entendida como formação para a educação dos sujeitos das diferentes etapas e modalidades da Educação Básica, para a construção do projeto político-pedagógico e para a organização do trabalho escolar e pedagógico nas escolas do campo. A formação será para a docência nos anos finais do Ensino Fundamental e Ensino Médio, inclusive na Modalidade Educação de Jovens e Adultos e na combinação com a Educação Profissional.

A docência será para uma das áreas de conhecimentopropostas pelo curso: Linguagens (Língua Portuguesa, Arte, Educação Física e Língua Estrangeira Moderna – espanhol), atualmente com 19 estudantes ou  Ciências da Natureza e Matemática (Matemática, Biologia, Física e Química) com 18 estudantes.

A gestão de processos educativos nas comunidades objetiva a preparação específica para o trabalho formativo e organizativo com as famílias e ou grupos sociais de origem dos estudantes, para lideranças populares e para a implementação de iniciativas e ou projetos de desenvolvimento comunitário sustentável que incluam a participação da escola.

 

1.3 Objetivos do Curso específicos para esta Turma

  • Formar      educadores/as para atuação nos anos finais do ensino fundamental e do      ensino médio  junto às populações      que trabalham e vivem no e do campo, aptos a fazer a gestão de processos      educativos e a desenvolver estratégias pedagógicas que visem a formação de      sujeitos humanos autônomos e criativos, capazes de produzir soluções para      questões inerentes à sua realidade.
  •  Desenvolver estratégias de formação para      a docência multidisciplinar em uma organização curricular por áreas do      conhecimento, nas escolas do campo.
  • Contribuir      na construção de alternativas de organização do trabalho escolar e      pedagógico que permitam a expansão da educação básica no e do campo, com a      rapidez e a qualidade exigida pela dinâmica social em que seus sujeitos se      inserem e pela histórica desigualdade que sofrem.
  • Promover      a indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão.
  • Formar      educadores e equipes pedagógicas vinculadas aos movimentos sociais e      organizações populares para atuarem na realidade educacional do campo.
  • Discutir,      refletir e sistematizar conhecimentos sobre as questões atuais da      organização do trabalho pedagógico nas escolas do campo.
  • Elaborar      subsídios teóricos de acordo com o paradigma da Educação do Campo e da      Questão Agrária (PQA), que se opõe ao conceito de capitalismo      Agrário (Projeto de Campo desenvolvido pelo sistema capitalista).
  • Produzir      materiais didático-pedagógicos para o trabalho nas escolas do campo.
  • Contribuir      para o desenvolvimento do território da cidadania da Cantuquiriguaçu: desenvolvimento      humano, sustentável e ambiental.

2. Tempos Educativos

A organização de tempos educativos integra o projeto educativo do curso. Para sétima etapa os TE, indicados abaixo, estrão distribuidos ao Tempo Escola. Os mesmos srão pensados e coordenados pelos  Núcleo de Base.

–          Tempo Mística e Formatura:  Semanalmente a partir do cronograma

–          Tempo Aula: Tempo diário de 10 h/a, (DAS 7:30 AS 12:30  e das 14:00 as 19:00) sendo que as mesmas acontecerão na presença do professor, lembrando que as atividades de leitura, grupos e outras atividades deverão acontecer neste tempo, exepcinalmente em outros tempos.

–          Tempo Oficina e Seminários: (II CÍRCULO DE OFICINAS/PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DO CURSO DE LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO DO CAMPO) Tempo destinado a desenvolver habilidades ou práticas específicas e necessÁria para formação do educador. Teremos oficinas comuns as duas áreas e oficinas específicas. PROPOMOS:

a)     (12 h) Oficina de Planejamento de Ensino – T (Valdirene Manduca de Moraes, Marcos Gehrke)

b)     (12 h) Oficina de material manipulavel e produção do laboratório de cinecias da natureza e am,temática: (ábaco, calculadora, material dourado, e outros)- ACNM (Ritamar Andretta e Vitor de Morais);

c)     (05) Oficina de interpretação e compreensão de textos – ALC (Benedita de Almeida – UNIOESTE);

d)     (20 h) Construção do Painel da Turma – 22 a 27 de janeiro T (Acir – MST);

e)     ( 16 h) Seminário de Estágio do Ensino Fundamental (Valdirene Manduca de Moraes, Marcos Gehrke e Marlene L. Sapelli)

f)       (10 h) Oficiana de sitematização do Relato de Estágio Supervisionado (Valdirene Manduca de Moraes, Marcos Gehrke e Melissa Rodrigues da Silva, Ana Cristina Hammel, Gilmar Monteiro e Gilberto Martini)

g)     (10 h) Oficina de sistematização das Práticas do PIBID/Diversidade (Ademir Nunes Gonçalves, Talita Correa , Rodrigo dos Santos, Rosangela, Tatiane)

h)    (10 h)Produção de vídeos (Carlos Alberto)

i)       (05 h) Análise de Conjuntura (Elemar Cezimbra)

–          Tempo intercâmbios 12/01/2013: Visita a um Faxinal (Dejane, Daniela Silva da Silva e Eryza Guimarães de Castro).

–          Tempo lazer: Pique Nique no Rio Jordão; Caminhada no Parque das Araucárias; Caminhadas no Lago; Trilha ecológica na cachoeira.

–          Tempo Trabalho –Organizar nos núcleos: Sistamtização e memória; Mística; Mural e comunicação; Lanches; Jornal da Turma com enfoque no curso para distribuir amplamente em fevereiro; Noite Cultural e a Jornada Socialista.

–          Tempo Reflexão Escrita: Tempo individual em que cada estudante vai fazendo a síntese de seus aprendizados da etapa. Trabalho entregue a coordenação do curso no ultimo dia da etapa.

 

3. Metas da Etapa VI

a)      Avançar na pesquisa e escrita do artigo e encontro com orientadores em fevereiro;

b)      Conhecer um Faxinal, enfoque nas questões ambientais e da cultura;

c)      Dar sequência a sistematização dos relatos de experiência do PIBID;

d)     Reescrever os relatos de experiência dos estágios no Ensino Fundamental;

e)      Preparar a publicação dos dois cadernos: Relatos das Práticas do PIBID e Relatos de Estágio;

f)       Garantir na turma discussão política dos problemas a fim de construir unidade e constituir a base para o avanço do processo.

g)      Garantir o acesso às notícias e informações.

h)      Fazer a reunião semanal da coordenação e NB.

i)        Fazer o registro e memória da etapa.

j)        Construir o painel da turma (símbolo) em forma de oficina nas artes plásticas;

k)      Organizar a memória das etapas e qualificar os registros desta.

l)        Potencializar a Síntese de Aprendizados como apropriação do conhecimento e de reflexão sobre o processo formativo.

m)    Escolher dois novos representantes da turma para compor o colegiado do curso;

n)       Particiapação na Semana Pedagógica das Escolas da rede estadual;

  • o)      Editar e publicar o jornal da turma na etapa.

4. Atividades da Etapa

4.1 Componentes da matriz curricular do curso para esta etapa.

Disciplinas comuns:
Metodologia   da Pesquisa VI –  Professor Marcos Gehrke – C/H 20

Orientação de pesquisas e normas da ABNT

Seminários Integradores VI – Professora   Marlene Lucia Siebert Sapelli – C/H 8

Análise de temas problematizados pelos   educandos/as e educadores/as, a partir da contribuição das diferentes   disciplinas do curso, relacionados aos projetos de pesquisa que estejam se   configurando e desenvolvendo

 Metodologia da Pesquisa VII- TCC Professor   Marcos Gehrke – C/H 20

Elaboração do projeto Trabalho de Conclusão de   Curso – TCC.

 

Seminários   Integradores VII – Professora Marlene Siebert Sapelli – C/H 8

Análise de temas   problematizados pelos educandos/as e educadores/as, a partir da contribuição   das diferentes disciplinas do curso, relacionados aos projetos de pesquisa   que estejam se configurando e desenvolvendo. ( mesma do Seminário Integrador   VI)

 
Disciplinas da ênfase:

 

Área de Linguagens:

 

Cultural     Corporal – Professor José Ronaldo – C/H 56H

Estudo das manifestações corporais que     constituem os conteúdos específicos de ensino da educação física

 Literatura Brasileira I – Professora     Daniela Silva da Silva – C/H 56H

A produção literária     brasileira, das origens ao Pré-modernismo: movimentos, grupos, obras e     autores

representativos.

Sintaxe     de Português – Professora Maria Claudia Teixeira – C/H 56

Morfossintaxe e semântica.     Estrutura sintático-semântica da oração portuguesa. Relações oracionais e     interoracionais. Modelos de descrição sintática.

Artes     III –  Professora Marilia     Carbonari – C/H 48

A educação estética nos anos finais do Ensino     Fundamental e no Ensino Médio.

Linguística     Aplicada I – Professor João Marcos Mateus Kogawa – C/H 36

ingüística Aplicada e ensino     de línguas.Teorias da leitura e da escrita. Visão ingüística da gramática.

Literatura     Brasileira II – Professora Daniela Silva da Silva – C/H 56

A produção literária     brasileira, do Modernismo à Literatura Contemporânea: movimentos, grupos,     obras e autores representativos.

Metodologia     do Ensino da Educação Física – Professor Marcos Roberto Queiroga – C/H     56

Metodologia dos esportes,     dança, ginástica e lutas e sua aplicação no ensino fundamental (5ª a 8ª     séries).Introdução aos Jogos cooperativos, a recreação e ao lazer.

 

 

Área   de Ciências da Natureza e Matemática

 

Hidrodinâmica   e Termodinâmica Aplicadas à Vida no Campo – Professora: Márcia da   Costa  C/H 56

Fluidos.   Dinâmica dos Fluidos. Temperatura. Calor. Leis da Termodinâmica. Teoria   Cinética dos Gases. Aplicações Ligadas à Atividades no Campo.

QUÍMICA E QUESTÕES AMBIENTAIS I – Professora: Eryza Guimarães de Castro C/h 56

Introdução   à Química ambiental. Ciclos biogeoquímicos. Química da Água e conceitos de   poluição e os

principais   problemas ambientais. Química da atmosfera e conceitos de poluição e os   principais problemas ambientais. Energias Alternativas.

Botânica   e Fitoterapia- Professora Ana Lucia Suriane C/H56h

Estrutura geral dos vegetais: morfologia externa   e interna. Noções de fisiologia vegetal. Plantas fitoterápicas.

Cálculo   Diferencial e Integral Aplicado à Vida no Campo – Professora Juliana   Giboski – C/H80

Funções. Limites. Derivadas. Integrais.

Eletrodinâmica   Aplicada à Vida no Campo – Professora Márcia da Costa C/H 60h

Força   Elétrica. Lei do Coulomb. Campo Elétrico. Capacitores. Corrente Elétrica.   Circuitos Elétricos. Campo Magnético. Força Magnética. Circuitos de Corrente   Alternada. Oscilações Eletromagnéticas. Ondas Eletromagnéticas. Aplicações   Ligadas à Atividades no Campo.

Práticas   Laboratoriais de Química I – Professora Eryza Guimarães de Castro C/H 16

Segurança   no Laboratório de Química; Uso e aplicações das vidrarias mais comuns no   laboratório de

Química,   Preparação de soluções; Determinação de pH; Análises titulométricas e   gravimétricas; reações deoxi-redução.

Química   e Questões Ambientais II – Professora Eryza Guimarães de Castro C/H 32

O solo e   os conceitos de poluição e os principais problemas ambientais. Danos ao solo   (físico, químicos ebiológicos). Mecanismo de contaminação. Áreas   contaminadas. Técnicas de remediação de solos contaminados. Resíduos.   Gerenciamento de resíduos sólidos urbanos e rurais.

4.2 Atividades do Tempo Comunidade (TC)

O TC será desenvolvido nos locais de origem ou de trabalho de cada educando/educanda e deverá incluir atividades específicas de inserção nas organizações ou nos Movimentos Sociais ; Atividades da área do conhecimento nesta etapa um trabalho único por área; Estágio Supervisionado II; Fechamento da pesquisa e produção final do artigo; Atividades do PIBID/Diversidade;

5. Processo de Avaliação

5.1. Orientações gerais

Definir caminhos para a avaliação é reafirmar os caminhos, princípios definidos para a ação pedagógica. É preciso entender a avaliação como parte do processo e como processo e não como um momento final do processo. Se assim compreendermos a avaliação, a ênfase, recairá sobre o processo educativo e não sobre os resultados.

A avaliação pode ser diagnóstica, formativa, deve ser contínua e cumulativa, cumprindo várias funções: conhecer os/as educandos/as, identificar as dificuldades de aprendizagem, determinar se os objetivos propostos foram ou não atingidos, aperfeiçoar o processo educativo, promover os alunos. Os objetivos indicados explicitam vários aspectos da avaliação: individual do educando e do educador e institucionais, ou seja, o processo de avaliação serve para realimentar o processo no sentido de realizar novas mediações, reorganizando os tempos, espaços e relações, inclusive institucionais.

Outro aspecto é a relação da avaliação com os objetivos. Quando construímos o Projeto Político Pedagógico, definimos o projeto que iremos defender e os objetivos que pretendemos alcançar e avaliação deve ser organizada no sentido de perceber se esses objetivos foram alcançados e, se não, o que deve ser feito para retomá-los.

Os principais instrumentos/técnicas de avaliação que serão utilizados são a observação, a aplicação de provas, a auto-avaliação, pesquisas, organização de portfólios, a apresentação de trabalhos, dentre outros, exigindo-se desde a memorização reflexiva até a síntese, enfatizando-se o uso da língua padrão.

A avaliação será entendida a partir da consideração de que os processos de desenvolvimento e aprendizagem são permanentes, portanto sempre inacabados. Assim, a avaliação deve ser um instrumento que contribua para potencializá-los.

A partir disso, consideramos importante, ainda:

a) compreender o caminho que o/a educando/a está fazendo para se apropriar do conhecimento – essa compreensão possibilitaria realizar mediações mais significativas;

b) considerar o/a educando/a seu próprio parâmetro, ou seja, que se valorizasse o seu processo e não o colocasse em posição de competição com o outro;

c) não apenas constatar erros, mas rever processos;

d) valorizar conteúdos significativos e não detalhes;

e) elevar o nível de exigência, superando a mera memorização mecânica e buscando a análise, a síntese, a aplicação dos conteúdos.

O aluno estará aprovado se alcançar a média igual ou superior a 7,0 (sete vírgula zero) e a freqüência igual ou superior a 75%. No caso de alcançar média entre 5,0 (zero vírgula zero) e 6,9 (seis vírgula nove) e freqüência igual ou superior a 75%, terá direito a realizar exame final. Para ser aprovado em exame final, o aluno deve alcançar uma nota que, somada à média do período e dividida por dois, resulte em uma nova média de valor igual ou superior a 6,0 (seis vírgula zero).

Os educandos que não obtiverem aproveitamento mínimo, exigido para aprovação deverão participar de um processo paralelo de estudos, elaborado e orientado pelo educador da respectiva disciplina, até obter o aproveitamento necessário. Casosespeciais serão analisados pelo colegiado do curso.

5.2. Procedimentos básicos

            O fechamento da avaliação das disciplinas acontecerá na etapa seguinte e mesmo ocorre com os exames. Os pesos e critérios de avaliação ficam a cargo de cada educador.

6. Acompanhamento Político-Pedagógico

Estamos buscando fazer o acompanhamento aos educandos e às educandas do curso de forma ao mesmo tempo personalizada e pela atuação nos/dos coletivos da turma, da escola, da comunidade de atuação e da organização/movimento social.

a)       No Tempo Universidade o acompanhamento à turma será feito: – pelos educadores e educadoras, pela equipe de coordenação do curso, pelo NB a cada um de seus membros.

b)       No Tempo Comunidade o acompanhamento aos estudantes será feito: pela coordenação do curso, por pessoas dos movimentos sociais envolvidos, pelos educadores em relação aos encaminhamentos feitos na disciplina para o tempo comunidade.

Guarapuava, Dezembro  de 2012.