Maytenus muelleri Schwacke Espinheira-santa-verdadeira

Foto 1 – Detalhe das folhas frente e verso.Foto 2 – Detalhe da floração, e folhas ambas as faces.Foto – 3 – A presenta margem lisa ou com espinhos e pode ser encontrados os dois tipos de folhas na mesma planta.

Nome científico: Maytenus muelleri Schwacke

Sinonímia botânica: Maytenus ilicifolia Mart. ex Reiss

Nomes populares: Espinheira-santa (RNC), espinheira-santa-verdadeira

Nomes populares em outros países: Bolívia, cangorosa e Paraguai, concorosa.

Nome guarani: Aká (NOELLI, 1993).

DESCRIÇÃO DA ESPÉCIE

Árvore perenifólia, espécie secundária inicial (SILVA; SOARES,2002) secundária tardia (PEIXOTO et al., 2004). Sua altura atinge até 12 m e seu diâmetro até 30 cm.

Folhas: alternas, simples, glabras e coriáceas, espinescentes. Apresentam margem inteira ou com espinhos. Suas folhas medem 2 cm a 9 cm de comprimento e 1 cm a 3 cm de largura.

Flores: amarelas pentâmeras.

Fruto: cápsula loculicida bivalvar (BARROSO et al., 1999) de cor alaranjada.

Floração: Agosto/Setembro.

Frutificação: Setembro/Março.

Ocorrência: Floresta Ombrófila Mista, Floresta Estacional Semidecidual, de Minas Gerais ao Rio Grande do Sul.

Sistema sexual:  aparentemente, monóclinas. Segundo (SHEFFER 2001) Diz que provavelmente sejam diclínicas. Espécie alógama (SCHEFFLER,2001).

Reprodução: espécie alógama (SCHEFFLER,2001).

Polinização: abelhas e vários insetos, contudo são observadas, formigas e vespas.

Dispersão:  zoocórica, avifauna.

Paisagístico: espécie de crescimento lento usada na arborização de residências e praças.

Utilização: Não apresenta valor comercial, boa para lenha e carvão. É usada na medicina popular como chá pára males do aparelho digestivo, e úlceras gástricas.

Medicinal: Usada na medicina popular para o tratamento de da úlcera gástrica, (STELLFELD, 1934; BERNARDI; WASICKY,1959; TESKE; TRENTINI,1997). Usada também  em forma de chás para o combate dos males do aparelho digestivo. Os índios usam as folhas e casca do caule e a raiz no tratamento de doenças do trato urinário câncer de pele, doenças relacionadas ao ciclo menstrual (amenorréia e dismenorréia ), diarréias cólicas intestinais e em lavagens de ferimentos e ulcerações (MARQUESINI,1995).No Paraguai, a população usava como anticoncepcional, e na Argentina, como antiasmática e anti-séptica. No sul do país é usada misturada ao chimarrão, para aliviar gastrite, azia e úlcera gástrica ou duodenal (SIMÕES et al.,1998).Nos Estados Unidos. O extrato de sua folhas é empregado no tratamento de ulceras para recomposição da flora intestinal e na inibição de bactérias patogênicas, como laxante para eliminar toxinas e vários outros males (TAYLOR,1998; LORENZI;MATOS, 2002).

Recomenda-se precaução para o uso da planta para fins medicinais, devido as suas propriedades tóxicas (Correia,1926)

AS PLANTAS AQUI REFERIDAS SÓ DEVEM SER UTILIZADAS COM ORIENTAÇÃO DE PROFISSIONAIS DA ÁREA DE SAÚDE!

Bibliografia consultada

CARVALHO, P.E.R. Espécies arbóreas brasileiras. Coleção Espécies Arbóreas Brasileiras, vol. 2. Brasília, DF: Embrapa informações Tecnológica; Colombo, PR: Embrapa Florestas, 2 006.627 p.

CARVALHO, P. E. R.; ZELAZOWSKI, W. H.;  LOPES, G. L. Comparação entre espécies arbóreas nativas (arboreto linear), em Foz do Iguaçu, PR. Colombo: EMBRAPA-CNPF, 1999. 2 p. (EMBRAPA-CNPF. Pesquisa em andamento, 22).  Biblioteca(s):AI-SEDE (FL 08523-CNPF EMB).

 Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento. Registro Nacional de Cultivares RNC. Disponível em: http://extranet.agricultura.gov.br/php/proton/cultivarweb/cultivares_registradas.php Acesso em: 23/10/2011.

9 pensou em “Maytenus muelleri Schwacke Espinheira-santa-verdadeira

    • Sergio Carvalho tem vários espécies da mesma Família, mas tem que produz espinho e solta até leite altamente perigosa. Gerson Luiz Lopes

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