Luehea divaricata Mart & Zucc. Açoite-cavalo

Foto 1 – Detalhe das folhas frente e verso.

Foto 2 – Detalhe da flor.

Foto 3 – Nesta foto, é possível observar as estruturas reprodutivas da flor, o Androceu (sistema reprodutivo masculino) e o Gineceu (sistema reprodutivo feminino), caracterizando-a como uma flor hermafrodita. No centro da flor, existe uma estrutura redonda com uma coloração mais clara, esta estrutura faz parte do Gineceu e é denominada de estigma, que tem como função receber o elemento reprodutivo masculino. Ao redor do estigma está a estrutura reprodutiva masculina e o que se pode ver na imagem é um emaranho de anteras, que tem como função a produção de pólen, o elemento reprodutivo masculino. De uma forma geral, nas flores hermafroditas o Gineceu fica acima do Androceu para que não ocorra a autofecundação, garantindo assim a variabilidade genética da espécie . Além disso, em destaque na foto, está um inseto da Família Vespidae buscando alimento e consequentemente realizando a polinização. (Carla F. Mussio ),Bióloga e Engª Florestal.

Foto 4- Detalhe das flor e botões florais.1-

Foto 4 – Detalhe dos frutos verdes.Alma-de-gato

Foto 5– Alma-de-gato Piaya cayana (Linnaeus, 1766). Usando a espécie  como poleiro, alimenta-se de, lagartas, taturanas, insetos, ovos de outros pássaros até lagartixa.Foto 6 – Detalhe do tronco escamado.

Família: Malvaceae.

Nome científico: Luehea divaricata Mart & Zucc.

Sinonímia botânica: Alegria divaricata (Martius)  Stuntz; Brotera mediterranea Vell.

Nomes populares: Açoita-cavalo- branco (RNC), açoite-cavalo

Nomes populares  em outros países: Argentina; azota caballo e árbol de San Francisco, Uruguai; Francisco Alvarez, Parguai ka’a oveti.

Origem do nome da espécie:: Luehea homenagem a Karl Von der Lühe botânico austríaco; divaricata aspectos dos pedúnculos e pedicelos da inflorescência (Cunha,1985).

Nome guarani: ivatinguí.

DESCRIÇÃO DA ESPÉCIE

Árvore caducifólia, espécie secundária inicial (VACCARO et al.,1999)  a secundária tardia (DURIGAN & NOGUEIRA,1990; VILELA et al., 1993 FERRETTI et al., 1995) . Sua altura atinge até 25 m e seu diâmetro 50 cm.

Folhas: simples, alternas, dísticas, possui estípulas irregulares serreadas, com três nervuras longitudinais, discolores e ásperas.

Flores: hermafroditas, rósea, brancas, pentâmeras.

Fruto: cápsula lobada com valvas lenhosas oblonga de coloração castanha.

Floração: Dezembro/Abril.

Frutificação: Maio/Outubro.

Sistema sexual: planta hermafrodita.

Polinização: abelhas e beija-flores.

Dispersão: anemocórica (pelo vento)

Ocorrência: Floresta Ombrófila Mista, Floresta Estacional Semidecidual, do Rio Grande do Sul ao Paraná.

Utilização: peças torneadas e roda de carroça, cepa de açougueiro.

Paisagístico: árvore ornamental com flor lilás muito vistosa pode ser usada no paisagismo.

Medicinal: Espécie muito usada na medicina popular. A casca é indicada no tratamento de reumatismo, usada para disenteria. Na forma de infusão, apresenta propriedades adstringentes na limpeza de úlceras internas e de feridas (Brandão,1991).

O chá da casca usada para fazer bochechos nas inflamações da garganta, como analgésico nas dores de dente, depurador do sangue, para males da bexiga e equilibrar o sono. As raízes são depurativas. As folhas e flores são usadas para xaropes contra tosse, laringite, bronquites e para lavar e aplicar em feridas (Körbes,1995).

Recomenda-se precaução para o uso da planta para fins medicinais, devido as suas propriedades tóxicas (Correia,1926).

AS PLANTAS AQUI REFERIDAS SÓ DEVEM SER UTILIZADAS COM ORIENTAÇÃO DE PROFISSIONAIS DA ÁREA DE SAÚDE!

Bibliografia consultada

CARVALHO, P.E.R. Espécies Arbóreas Brasileiras. Coleção Espécies Arbóreas Brasileiras, vol. 1. Brasília: Embrapa Informações Tecnológica; Colombo, PR: Embrapa Florestas,2003. (1.039 p.); il ().

CARVALHO, P.E.R. Espécies florestais brasileiras: recomendações silviculturais, potencialidades e uso da madeira. Empresa Brasileira de Pesquisa de Florestas. Centro Nacional de Pesquisa de Florestas. – Embrapa- SPI, 1994. 640 p.

CARVALHO, P. E. R; ZELAZOWSKI, W. H.;  LOPES, G. L. Comparação entre espécies florestais nativas e exóticas com “one-tree-plot” em Santa Helena, PR. Colombo: EMBRAPA-CNPF, 1996. 2 p. (EMBRAPA-CNPF. Pesquisa em Andamento, 20). Biblioteca(s):CPAF-AP (FL 05273 EMB).

CARVALHO, P. E. R; ZELAZOWSKI, W. H.; LOPES, G. L. Comparação entre espécies florestais nativas e exóticas com “one-tree-plot” em Santa Helena, PR. Colombo: EMBRAPA-CNPF, 1996. 2 p. (EMBRAPA-CNPF. Pesquisa em Andamento, 20). Biblioteca(s):CPAF-AP (FL 05273 EMB).

 Comportamento de 18 espécies florestais plantadas em quatro arboretos da COAMODOCUMENTOS URPFCS – NÚMERO 05 NOVEMBRO, 1981. Disponível em: www.cnpf.embrapa.br/publica/seriedoc/edicoes/doc05.pdfSAcesso em: 23/10/2012.

Ministério da Agricultura  Pecuária e Abastecimento. Registro Nacional de Cultivares RNC. Disponível em: http://extranet.agricultura.gov.br/php/proton/cultivarweb/cultivares_registradas.php Acesso em: 23/10/2011.

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