Picrasma crenata (Vell.) Engl. pau-amargo, quina

Foto 1 – Detalhe das folhas e frutos verdes.Foto 2 – Detalhe do ramo com folhas.Foto 3 – Detalhe da regeneração da espécie.Foto 4 – Tronco tortuoso, com casca acastanhada fina e fendilhada longitudinalmente.

Família: Simaroubaceae.

Nome científicoPicrasma crenata (Vell.) Engl.

Sinonímia botânica: Aeschrion crenata Vell.

Nomes populares: pau-amargo, quina, pau-tenente, tenente-josé.

Nome vulgares no exterior: Na Argentina palo amargo.

DESCRIÇÃO DA ESPÉCIE

Árvore caducifólia, heliófita, espécie secundária tardia (DIAS et al.,1998; GRINGS; BRACK,2009). Espécie de rara ocorrência onde ocorre de forma descontínua (KLEIN,1972). Sua altura atinge até 18 m e seu diâmetro até 40 cm DE DAP.

Folhas: alternas, imparipinadas, medem até 32 cm de comprimento, com 9 a 11 folíolos medindo até 13 cm de comprimento com margem serreada. Inflorescência ocorre em  cimeiras  compostas; são axilares uníparas e escorpioides.

Flores:  branco-esverdeadas, unissexuadas. polinizada por abelhas e insetos.

Fruto: carpídios drupáceos, sua polpa é suculenta com apenas uma semente.

Floração: Novembro/Janeiro.

Frutificação: Fevereiro/Março.

Sistema sexual: espécie monoica.

Vetor de polinização: abelhas e diversos insetos.

Dispersão de sementes e frutos: zoocórica (animais)

Ocorrência: Argentina (DIMITRI,1975). No Brasil em, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Santa Catarina.

Paisagístico: a espécie é recomendada para arborização parques e praças.

Utilização: confecção de utensílios domésticos, como pratos copos.

Medicinal: Usada na medicina popular em forma de chá da casca contra afecções intestinais, perturbações gástricas, diabetes e hipertensão, além de apresentar ação hipoglicemiante (NUNES et al..2002). 

Recomenda-se precaução para o uso da planta para fins medicinais, devido as suas propriedades tóxicas (Correia,1926)

AS PLANTAS AQUI REFERIDAS SÓ DEVEM SER UTILIZADAS COM ORIENTAÇÃO DE PROFISSIONAIS DA ÁREA DE SAÚDE!

Bibliografia consultada

Carvalho, P.E.R. Espécies arbóreas brasileiras / Paulo Ernani Ramalho Carvalho. -Brasília, DF: Embrapa informações Tecnológica; Colombo, PR: Embrapa Florestas, 2014. 634 p. Il color; (Coleção espécies Arbóreas, v.5).

10 pensou em “Picrasma crenata (Vell.) Engl. pau-amargo, quina

  1. Por que quina ou pau amargo? Tenho no sítio algumas árvores com perto de vinte anos de idade. Recebi umas sementes e as plantei. Tem uma florescência forte em fins de setembro para meados de outubro. Nunca produziram uma única semente. Por que será? Seis anos atrás, uns galhos estavam atrapalhando a passagem. Cortei os galhos. Deixei-os secar na sobra. Levei estes galhos numa fabriqueta onde fabricam cabos de madeira para espeto de churrasco. Qual foi minha grande surpresa? O “artista” me fez sessenta (60) copos e copinhos, conforme a grossura dos galhos. A madeira é bonita demais, por isso deu copinhos simplesmente lindos. A sua madeira é amarguíssima. Deixando água no copo por mais de uma hora, a água fica tão amarga que é quase impossível tomá-la. Mascando um gravetinho desta madeira, libera o mesmo sabor amarguíssimo. Pergunto: Teria algum valor medicinal esta madeira? Qual o componente químico presente nesta planta? Por que as minhas árvores florescem muito e não produzem sementes?

  2. Según Moises Bertoni en Civlización Guarani (año 1900) puede ser utilizado para el tratamiento de la Malaria, además de ser tónico y reconstituyente. Me pregunto si no podrá ser usado para el coronavirus que tiene una acción similar? por mis revisiones bibliográficas sería interesante investigar.
    El también comentó que es un árbol de difícil reproducción.
    Aguardo fotos y tus comentarios

  3. Existe uma confusão muito grande nas denominções de plantas medicinais, estas denominações de Pau-Tenente ou Pau-Amargo também são atribuídas para a planta de nome científico “QUASIA AMARA”.

    Gostaria que alguém pudesse esclarecer ou trazer mais informações especificamente sobre a Quasia Amara.

    • Edson o nome popular varia em cada região no Site tem Tenente-josé, Quina e Pau-de-Andrade, espécies diferentes, para tirar qualquer duvida é só entrar no Google e digitar o nome da espécie e Gerson.(Pau-de-andrade Gerson), realmente é muito confuso pelo nome comum. Gerson Luiz Lopes.

  4. Há dois anos atrás fui em mata de galeria ao pé de uma serra em MG, região de mata atlântica semidecídua com manchas de cerrado, onde pretendia coletar sementes de guanandi (Calophyllum). O guanandi é dominante no local, e em pouco mais de uma hora enchemos as sacolas de frutos. Porém no viveiro, dos supostos frutos de guanandi nasceram plantas de uma espécie totalmente diferente que se encontra no banco de plântulas das matas. Estou buscando espécies com frutos iguais aos do guanandi, já pesquisei Euplassa e Andira que também ocorrem no local mas essas possibilidades foram descartadas.
    O gênero Picrasma parece ter frutos bem similares. Ocorre na floresta estacional semidecídua de Minas? E com que frequência?

    • Ribeiro aqui no Paraná eu vi na FLONA de Irati e em Santa Catarina na Serra da Abelha com baixa ocorrência da espécie. Gerson Luiz Lopes

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