Drimys brasiliensis Miers Casca-d’anta , cataia

Foto 1 – Vista das folhas frente e verso e flores.Cataia

Foto 2 – Detalhe da flor da espécie.Foto 3 – Detalhe das flores.Foto 4 – Detalhe dos frutos maduros.Sabiá-de-barranco-2

Foto 5– Sabiá-de-barranco Turdus leucomelas Vieillot 1818. Principal dispersor de sementes da espécie.Foto 6 – Tronco cilíndrico, casca externa ou ritidoma é de cor cinza-rósea e áspera com descamação pulverulenta, a casca interna é aromática.

Família: Winteraceae.

Nome científico: Drimys brasiliensis Miers

Nomes populares: Casca-d’anta (RNC), cataia

Nome tupi-guarani: caá-tuya, que significa árvore-para-velho (LONGHI,1995).

Origem do nome  da espécie: Drymis significa picante em grego, sabor da casca, brasiliensis é em alusão ao habitat onde foi coletado  o tipo (TRINTA; SANTOS,1997).

DESCRIÇÃO DA ESPÉCIE

Árvore perenifólia, heliófita, espécie, secundária tardia (AGUIAR et al., 2001) ou clímax tolerante a sombra. Sua altura atinge até 15 m e seu diâmetro 40 cm.

Folhas: simples, alterno-espiraladas lanceoladas glabras, de cor verde escuro na parte superior da folha e verde claro na parte inferior da folha, com 6-14 cm de comprimento, por 2-5 cm de largura.

Fruto: Baga globulosa, glabras, multipla, indeiscente, com seis frutíolos, polispérmicos. com 9 sementes.

Flores: bissexuais, aromáticas brancas, com pedúnculos em umbelas paucifloras com até 5 flores.

Floração: Julho/Setembro.

Frutificação: Novembro/Janeiro.

Sistema sexual: monoica.

Polinização:  visitadas por abelhas, vários visitantes florais e potenciais polinizadores se referem a espécies das ordens Coleoptera, Diptera e Hymenoptera, além da baixa visitação de Thysanoptera, Hemiptera e Lepidoptera, que visitam as flores atraídas pelo odor, consumindo exsudatos estigmáticos e pólen (Gottsberger et al., 1980; Mariot et al., 2006; Mariot, 2008)

Dispersão: zoocórica principalmente ornitocórica (FRANCHIN et al., 2002.), registram as espécies de aves dispersora. Elaenia sp., Sabiá-barranco (Turdos leucomelas), Sabiá-poca (Turdus amaurochalinus). Sanhaço-do-coqueiro (Thaupis palmarum) , bem-te-vi (Pitangus sulphuratus).

Paisagístico: A árvore possui qualidades ornamentais que é recomendada para o paisagismo em geral (LORENZI, 2002).

Ocorrência:Bahia,Santa Catarina, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Minas- Gerais,Paraná,Rio Grande do Sul.

Utilização: obras internas, carpintaria, caixotaria, lenha e carvão., Também usada na medicina popular, infecções gástricas e estomacais, febres anemias.

Medicinal: A cataia é um ótimo remédio para inúmeras doenças por isso deu-se o nome de “paratudo” pelos sertanejos (PECKOLT,1942).

Na medicina popular é usada para todos os tipos de problemas gástricos e estomacais, incluindo dispepsia, náuseas, dores intestinais e cólicas, febres e anemias (LORENZI; MATOS 2002). Usada na medicina popular como remédio para desarranjos do estomago, dispepsias, falta de apetite, flatulência, gastralgias catarros crônicos.

O chá das folhas e da casca são bom para o sangramento das gengivas, hemorragias nasais, afecções no útero e na próstata (FRANCO; FONTANA, 1997).

É excelente tônico revigorante, aumenta o apetite, elimina vermes do sangue, problemas de pele, sarna e combate ao piolho.

Diz-se que a anta (Tapirus terrestris), quando doente recorre ao uso da casca (KÖRBS, 1995).

As flores são usadas em perfumarias (BOITEUX,1942). Produz óleo essencial (RADOMSKI; MARQUES, 2005).

Recomenda-se precaução para o uso da planta para fins medicinais, devido as suas propriedades tóxicas (Correia,1926)

AS PLANTAS AQUI REFERIDAS SÓ DEVEM SER UTILIZADAS COM ORIENTAÇÃO DE PROFISSIONAIS DA ÁREA DE SAÚDE!

Bibliografia consultada

CARVALHO, P. E.R. Espécies arbóreas brasileiras. Coleção Espécies Arbóreas Brasileiras, vol. 3. Brasília, DF; Colombo, PR; Embrapa Florestas 2008.593 p.

Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento. Registro Nacional de Cultivares RNC. Disponível em: http://extranet.agricultura.gov.br/php/proton/cultivarweb/cultivares_registradas.php Acesso em: 23/10/2011.

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