“Como uma estrela surge? Do que ela é feita? Ela um dia vai morrer? Como?”. A maioria das pessoas já deve ter feito alguma dessas perguntas, as respostas são bem interessantes.
Existem regiões no Cosmo conhecidas como berçários estelares, nesses há grande concentração de nuvens gigantes de gás e poeira que, com a ação da gravidade, começam a se juntar e “perder” as partes mais densas. Com o tempo essas partes perdidas ficam ainda mais densas, o calor gerado por eles aumenta e, com força gravitacional, tomam a forma esférica. A estrela surge quando a temperatura e a densidade são tão grandes que os átomos de hidrogênio no seu interior se “fundem” gerando hélio.
Em alguns casos, a massa no corpo não é grande o suficiente para iniciar essas reações nucleares, a temperatura e a luminosidade são muito baixas se comparada com as estrelas normais, portanto são chamadas Anãs Marrons. Porém quando a massa é superior a 25440 vezes a massa da Terra as reações nucleares conseguem ser realizadas, elas então, gerarão o combustível capaz de manter a estrela estável por bilhões de anos.
Durante essa fase de estabilidade a maioria das estrelas vive da mesma forma, a partir das fissões nucleares o hidrogênio se transformará em hélio, este em carbono, o carbono em oxigênio, depois em neônio, então silício e por fim ferro.
Sua morte começa a partir do momento em que quase todo o hidrogênio foi transformado em hélio e este passa a ser o combustível principal, a estrela começa então a se expandir e se transforma em uma Gigante Vermelha. Em seguida ela tem dois caminhos a seguir que dependerão da sua massa inicial.
Para estrelas como o Sol, depois de 2 bilhões de anos como Gigante Vermelha, as camadas mais externas serão expelidas formando uma nebulosa planetária e no centro restará uma pequena estrela denominada Anã Branca, esta depois de queimado todo o combustível esfriará e se apagará por completo, tornando-se uma Anã Negra. Não existe registros desse tipo de corpo celeste, pois o tempo estimado para esse processo é de cerca de 14 bilhões de anos.
Para estrelas muito maiores que o Sol, a fusão do hélio continua, gerando elementos mais pesados, até que o núcleo fica tão denso que não consegue suportar o próprio peso “desabando sobre si” e liberando tanta energia que a estrela se despedaça. Este fenômeno é conhecido como supernova e dura apenas algumas semanas. Dependendo da massa que resta nesse estágio a estrela ainda tem dois caminhos diferentes a seguir.
Se o núcleo que entrou em colapso tem até três massas solares o que restará é uma Estrela de Nêutrons, ou seja, uma crosta de ferro sólido sob o qual existirão apenas nêutrons.
E se o núcleo for maior que três massas solares, o destino da estrela é se contrair até se transformar em um ponto de gravidade pura, algo tão denso que nem mesmo a luz pode escapar. Por isso é chamado de Buraco Negro, é considerado o ente estelar mais temível e misterioso do Universo.
Fontes:
REES., M. UNIVERSE: The definitive visual guide. London: Dorling Kindersley, 2013.
Anã negra. Disponivel em: http://astronomy-universo.blogspot.com.br/2009/12/ana-negra.html. Acesso em: 11 de setembro de 2015.
10 tipos surpreendentes de estrela. Disponível em: http://hypescience.com/10-tipos-surpreendentes-de-estrela/. Acesso em: 11 de setembro de 2015.
Buracos negros estelares. Disponível em: http://www.if.ufrgs.br/~thaisa/bn/07_bn_estelares.htm. Acesso em: 11 de setembro de 2015.
A mais detalhada imagem da nebulosa de Órion. Disponível em: http://hypescience.com/a-mais-detalhada-imagem-da-nebulosa-de-orion/. Acessado: 15 de setembro de 2015
Autora do Texto: Bárbara de Almeida S
Pingback: Buraco negro: O fim de uma vida | Grupo PET Física - UNICENTRO
Pingback: Um pouco mais sobre as estrelas | Grupo PET Física - UNICENTRO