Atividades em 2018

Título: Elon Musk: Como o CEO bilionário da SpaceX e da Tesla está moldando nosso futuro

Autor: Ashlee Vance

Ano da edição: 2015

Gênero: Bibliografia

“Você acha que eu sou maluco?”. O livro começa com a seguinte pergunta de Elon Musk ao escritor Ashlee Vance, após o primeiro encontro entre eles para saber se Musk daria a oportunidade de Vance relatar sobre parte de sua biografia e também os feitos visionários já realizados pelo empreendedor, bem como as transcendências engenhosas que a SpaceX e a Tesla Motors vem trazendo ao mundo.

    A pergunta foi o começo desta jornada turbulenta sobre a vida de Elon Musk. Com toda certeza ele não foi e não é o mais “certo da cabeça” dos bilionários do Vale do Silício. Toda sua trajetória desde a África do Sul, passando por Califórnia até entre Los Angeles e São Francisco, como antigo CEO do PayPal e atual CEO da SpaceX, da Tesla e também presidente e o maior acionista da SolarCity, mostra o seu aspecto audacioso que renovou principalmente as industrias aeroespaciais, automotivas e das energias, causando grandes impactos políticos e econômicos.

    A obra aborda boa parte da vida de seus amigos, familiares e de sua própria, com um olhar inédito sobre suas realizações desde o tempo de infância quando viaja em seu próprio mundo de “ideais futuristas” até a ascensão ao topo do mundo corporativo. Sem dúvida os riscos que se submeteu durante sua vida, assim como seu inegável hábito de não voltar atrás quando almejava algo foi decisivo e o levou a desenvolver tecnologias radicalmente novas.

    Mas Elon Musk é realmente maluco? Bem, talvez ele apenas esteja muito convencido em forjar um futuro do qual ainda não nos demos tempo para pensar e, pode ser que sejamos nós os “loucos” de não nos preocuparmos com este futuro, que mesmo incerto no avanço de tecnologias que podem nos fornecer novos meios de consertar o mundo ou talvez uma “fuga” do planeta, está cada vez mais próximo.

Autor e apresentador da resenha: Bruno Belin Dal Santos.


Título: Alice no País do Quantum

Autor: Robert Gilmore

Ano da primeira publicação: 1995

Gênero: Científico

O livro inicia sua estória com uma situação muito comum, onde Alice se encontra entediada enquanto procura algo interessante para assistir em sua televisão, nessa situação a garota diz que gostaria de ser como a outra Alice (do País das Maravilhas), que estava entediada e descobriu um outro mundo no qual pode se aventurar. A imagem que até então aparecia na tela da televisão de Alice começa a se desmanchar e tudo o que se pode ver é uma névoa de pontinhos brilhantes, a garota então decide por segui-los, mas acabou por tropeçar e cair de cabeça, se espantou ao ver a tela ficar enorme e por estar cercada por todos aqueles pontinhos brilhantes. A partir de então inicia-se a aventura de Alice no País do Quantum.

    Deste momento em diante Alice conhece muitas ‘criaturas estranhas’, as quais tentavam explicar para a garota o que elas eram, onde estavam e o que estava acontecendo. Alice raramente as entendia. O primeiro a se apresentar foi um elétron, o qual a garota não conseguia ver com muita clareza pois este se movia muito rápido, e quando pediu para que este parasse apenas por um instante para que ela pudesse vê-lo, o elétron foi ocupando um espaço cada vez maior conforme diminuía sua velocidade, então surgiu a primeira explicação que deixou-a confusa: no País do Quantum quanto menos espaço você ocupa, mais rápido você tem de se mover; ela então concluiu apenas que ali não havia espaço suficiente para diminuir a velocidade.

    Alice segue sua aventura conhecendo — mas nem sempre entendendo — cada detalhe do lugar onde havia ido parar. Conhece o Contador de Incertezas do Banco de Energia de Heisenberg, o Contador de Estados que a explica como átomos podem estar em dois lugares ao mesmo tempo e muitos outros personagens que ajudam não apenas Alice mas também o leitor a entender como funciona o País do Quantum.

    O livro além de tentar simplificar e trazer os conceitos de mecânica quântica exemplificados como acontecimentos do dia a dia, possui notas explicativas que ajudam o leitor a entender com mais clareza algumas teorias.

Autor e apresentador da resenha: Fernanda Barbieri de Lara


Título: Sapiens: uma breve história da humanidade

Autor: Yuval Noah Harari

Ano da edição: 2014

Gênero: Não ficção

Fazer um resumo da história da humanidade não é uma tarefa muito fácil. E fazer isso com algum rigor científico se torna um grande desafio, porém o livro Sapiens: uma breve história da humanidade consegue cumprir bem essa tarefa. Durante a escola, o que aprendemos de história é um amontoado de nomes e datas, mas Sapiens é um livro que muda essa visão errônea trazendo vários conceitos e esquemas muito interessantes.

O livro divide o progresso da humanidade em três grandes revoluções: A cognitiva, a agrícola e a científica. Na primeira Revolução o autor explica como a capacidade de abstração e memória que somente o nosso cérebro possui, nos permitiu formar sociedades nunca antes vistas. Porém eram formadas apenas pequenas comunidades devido à escassez de alimento. É aí que entra a revolução agrícola, que nos permitiu produzir grandes quantidades de alimentos para uma grande civilização. E para finalizar temos a revolução científica, que ainda está em curso. Essa revolução só foi possível porque acumulamos excedentes suficientes para não precisarmos nos preocupar em procurar alimentos.

Antes do século XX, somente os ricos aristocratas faziam pesquisas como um hobby, mas atualmente, a ciência se tornou uma profissão em que qualquer pessoa, independente da classe social, pode atingir. Mas o autor também discute no final do livro sobre as consequências futuras de certos avanços científicos, como o avanço da inteligência artificial e a busca pela imortalidade. Porém foi deixada uma discussão mais aprofundada sobre esse tema em seu segundo livro: Homo Deus.

Autor e apresentador da resenhaDiego Henrique Wtichemichen


Título: O medo no século XX

Autor: Martins D’alvarez

Ano de publicação: 1967

Resenha:

Comumente relacionado ao reflexo de sobrevivência e precaução, o medo está associado também a receios e pensamentos negativos, que impedem o crescimento pessoal pela falta de confiança em si, sendo a fonte de frustrações e fracassos encontrados durante a vida.

É justamente deste assunto que “O medo do século XX” trata. Apresentando e explicando cada caso com exemplos ocorridos consigo mesmo ou com pessoas próximas o autor busca informar o leitor de diferentes casos como de diagnosticados emotivos, sentimentais e tímidos, relacionando que o medo gerado pela violência do passado não impedia tanto o crescimento pessoal como tais problemas psicológicos impedem nos dias de hoje.

Assim como a timidez que surge não por culpa de si mesmo, mas por ideias falsas, jogadas com sentido de ataque contra o que se torna tímido, que para desenvolver tal problema deve ser propício às tendências psíquicas adequadas. Ideias de insucesso e incapacidade, se instalam no indivíduo, fazendo com que o mesmo tenha medo de tentar e falhar, comprovando assim, a ideia que lhe foi firmada, apresentando sintomas como: impressão de inferioridade, incapacidade de responder tanto um cumprimento quanto um ataque e a sensação de ser muito gentil em certos momentos. O tímido se caracteriza sobretudo, pela falta de coragem e de energia para adquirir confiança em si mesmo.

D’alvarez constrói um raciocínio sobre o do funcionamento dos sentidos nervosos em cada estrutura de medo, esclarecendo como se forma um “medroso” e após a explicação apresenta possíveis soluções para tais doenças, investigando também as causas, destruindo o caminho pela qual chegou à falsa situação e posteriormente poder enfrentar seus medos, buscando confiança e coragem em si junto a orientação de especialistas na área, assim como um equilibrista andando em uma corda bamba, que persistindo encontra o caminho para o equilíbrio e autoconfiança.

Autor e apresentador da resenha: Luciano Cardoso Dias


Autor: Paulo Coelho

Ano de publicação: 2007

Editora: Gold

Gênero: Ficção Brasileira

Resenha:

O Alquimista nos apresenta a história de Santiago, um jovem pastor que vê em sua profissão a liberdade com que ele tanto sonhava quando mais novo.

Mas tudo muda quando ele se vê atormentado por um sonho que se repete em suas noites de sono. Esse sonho revela para o personagem que ele tem em seu destino um tesouro a sua espera.

Instigado ele procura ajuda com uma cigana e com um rei sábio, esses, fazem com que o jovem venda todo seu rebanho e vá atrás do que o sonho lhe prometeu.

Santiago parte em uma jornada espiritual atrás do que o destino lhe reservou, em vários momentos da história ele se vê tentado a desistir de tudo e voltar à pacata vida de pastor em que ele se sentia tão seguro, mas todas as vezes que isso está prestes a acontecer uma voz em seu interior faz com que ele continue seu caminho e nessas horas somos prestigiados com diversas frases de sabedoria.

Durante seu percurso ele passa por diversas situações críticas, encontrando, um vendedor de cristais, um inglês, o amor de sua vida, Fátima e um alquimista. É durante seu trajeto também que Santiago passa a perceber que o tesouro não é necessariamente constituído apenas de ouro e pedras preciosas, mas sim do conhecimento adquirido.

Toda a jornada a qual o personagem passa incluindo seu desfecho, é digna de reflexão, porém essa, entra na parte pessoal do leitor, ele precisa antes estar pronto para receber a mensagem que o livro tem a oferecer

O livro apresenta diversos valores morais e religiosos, muito bem adequados com a história que tem uma forte característica narrativa

Autor e apresentador da resenha: Ricardo Gonzatto Rodrigues


Título: Por que fazemos o que fazemos?
Autor: Mario Sérgio Cortella.
Ano de publicação: 2016.
Resenha
Nas últimas décadas em que vivemos, o pensamento sobre a forma de sobreviver tem mudado cada vez mais, estamos em uma constante busca por tentar achar um sentido para o que fazemos e também o por que o fazemos, seja no trabalho, no meio acadêmico ou até mesmo em questões pessoais. Afinal, talvez esteja me arriscando em dizer, mas, qual o sentido de viver sem ter ao menos um propósito ou uma direção em nossas vidas? Realmente estamos satisfeitos com o que fazemos? Quando nos deparamos com as respostas dessas perguntas sempre temos uma insatisfação, pelo menos na maioria dos casos.
Em “Por que fazemos o que fazemos?”, livro escrito pelo filósofo e escritor Mario Sérgio Cortella, estes pontos são discutidos em vinte capítulos, passo a passo e de forma direta.
Ao decorrer da obra, nota-se que ela é muito mais voltada para o ramo empresarial, mas que sem dúvida pode ser levada para outras áreas de nossas vidas a partir de diferentes associações e interpretações.
Sem delongas, Cortella foca principalmente em argumentos que demonstram em como a pessoa é muito mais eficaz fazendo aquilo que gosta ou, em como a nova geração tem procurado um sentido naquilo que faz e que esta já não aceita mais um trabalho robótico e automático. Isso fica explicito nas passagens do livro em que o autor escreve: “E o que há de positivo na nova geração? Ela não quer um trabalho automático e robótico. Ela quer compreender a razão de estar fazendo o que faz”. Ou: “Hoje este é um valor organizacional: uma pessoa consciente das razões pelas quais faz aquilo que faz é muito mais eficaz”. Ou ainda: “quando desejo reconhecimento, autoria, mesmo que tenha um nível grande de desgaste, ainda assim, me felicito por fazer o que faço”.
O livro, apesar de citações dos filósofos, tem uma escrita simples o que o torna prazeroso para a leitura e de fácil entendimento. A mensagem que o autor traz durante os capítulos faz jus ao nome do livro nos dando um caminho para se ter a resposta do “por que fazemos o que fazemos? ”.
Por fim o livro nos traz um último conselho em páginas separadas dos capítulos padrões o qual acho importante atrairmos a atenção para elas. Nelas se tratam sobre o fato de ter calma em devidas fases da vida que são difíceis de manter a cabeça no lugar e não se precipitar em decisões erradas.

Autor e apresentador da resenha: Matheus Meoquior da Fonseca.


Título: De repente

Autor: Barbara Delinski

Ano de publicação: 2003

Resenha:

A historia retratada neste obra se passa na pacata cidade de Tucker no estado de Vermont, onde a personagem principal Dra Paige leva sua vida em ritmo tranquilo como pediatra e treinadora de um renomado colégio internato de nível médio.

Paige possui sociedade em uma clinica pediatra com outros três personagens importantes na historia, Peter um jovem médico de hábitos desregrados e descomprometidos na vida pessoal, Angie uma mulher controladora que tem previamente planejado cada momento do dia tanto do marido quanto do seu filho adolescente.

Nossa ultima personagem principal é quem logo nas primeiras paginas do livro da o ponta pé inicial para essa historia, a Dra Mara que é melhor amiga de Paige comete suicídio, surpreendendo a todos, levando em conta que a mesma esta aguardando um bebê que esta em processo de adoção vindo da Índia.

As vidas que antes deste suicídio pareciam sob controle começa a surpreender leitor ao longo do desenrolar dos fatos. Paige uma mulher de 39 anos, sozinha e bem resolvida com isso, acaba tendo que lidar com a morte da amiga que estava secretamente depressiva, e escrevia cartas a uma amiga imaginaria, um gatinho filhote que encontrou abandonado, tendo que devolver o bebê que chegou para sua amiga e uma inesperada paixão pelo novo diretor do colégio.

Angie que até o momento pensava ter o controle de sua família, descobre a traição do marido com a bibliotecária de idade mais avançada da cidade, com a alegação de que a mesma trabalhava demais e controlava tudo sem se importar com ele, e ainda a rebelião do filho na fase adolescente.

Petter com o retorno de uma antiga namorada se vê em uma vida superficial e muito egocêntrica não se reconhecendo nos próprios atos.

Por fim, acontece um trágico incêndio na pequena cidade que mobiliza a todos e os faz repensar sobre tudo. Peter acaba por se apaixonar por e decidir proteger uma jovem excluída socialmente, Angie se propõem a rever seus atos e salvar seu casamento. E Paige que não contava com os prazeres que acompanham as mudanças como um novo amor e opta por ficar com o bebê e o gatinho, junto com o diretor e sua filha e assim como jamais imaginou possível, encontrou o significado da vida na morte de uma amiga.

O livro nos deixa a mensagem de que por mais planejado e sob controle nossas vidas, De repente surgem novos caminhos.

Autor e apresentador da resenha: Natália Silva de Souza


Título: O Perfuraneve

Autores: Jacques Lob, Jean-Marc Rochette e Benjamin Legrand.

Ano de publicação: 1984 e 1999.

Resenha:

Um desastre nuclear muda o clima da Terra e as baixas temperaturas se tornam insuportáveis para os homens, que chegam próximos da extinção. Os únicos sobreviventes são aqueles que encontraram refúgio em um trem de tecnologia jamais vista até então, o Perfuraneve, um veículo gigantesco, com mil e um vagões.

Contudo, após a garantia da sobrevivência, não demora para que antigas mazelas humanas voltem a fazer parte do cotidiano daquelas pessoas: problemas de convivência aparecem, passageiros são divididos por vagões de acordo com suas classes sociais e o racismo atormenta parte daqueles que vivem no que se transforma em uma espécie de condensação do mundo anterior ao desastre.

O livro em si contém três volumes, sendo os últimos dois um tanto quanto mais sombrios que o primeiro. Neste, podemos observar diversas características de nossa sociedade e criar muitos paralelos com cunho religioso e social, por exemplo o fato que de a religiosidade está ligada à locomotiva, ou seja, os religiosos doutrinam o trem e seu movimento perpétuo, conhecemos também toda a organização social do trem, e com isso, os fundistas e a rebelião que acontece no fundo do trem desencadeando uma série de acontecimentos com muita ação.

Na segunda história conhecemos os exploradores e toda a relação de poder e informação que os cercam, já que eles são responsáveis por explorar o mundo pós apocalíptico e acabam descobrindo coisas que não deveriam levando a uma série de conflitos com os líderes do trem.

Já na terceira história intitulada de A Travessia” o grande dilema se trata de uma comunicação vinda de fora na forma de música, a qual eles acreditam que seja um tipo de civilização externa, a alienação fica bem aparente nesta parte com todos os acontecimentos ocorrendo afim de chegar na fonte dessa comunicação.

O texto em geral é um tanto quando confuso, deixando brechas e informações incompletas durante a história, mas no geral é muito bom e segue a linha de instigar o leitor e despertando a curiosidade para saber o desfecho de tudo isso.

Autor e apresentador da resenha: Allan Felipe Gaspareto Machado.


Título: O Físico: A época de um médico medieval

Autora: Noah Gordon

Ano de publicação1986

Resenha:

A intenção do autor do livro, não é somente contar a história da origem da medicina, mas sim mostrar o grande desafio de ser um médico no século XI, sendo o qual afundava-se em reinados sangrentos e corruptos e, nos medos impostos por um cristianismo rígido que impedia acima de tudo o avanço da ciência, que colocasse a não existência de Deus.

O livro traz a história de Rob Cole, um órfão inglês, o qual aos 10 anos de idade lutava pela perda de seus pais. Primeiro a sua mãe e depois a perda de seu pai, onde ao tocar em ambos, Rob sentiu algo diferente, uma espécie de dom místico, como se sentisse a morte se aproximando deles. Após o falecimento de seus pais, Rob e seus irmão foram separados e adotados por outras famílias, Rob demorou para ser adotado, pois pelo seu tamanho e sua idade, era como um incomodo para a família adotiva, sendo que não podia trabalhar e além disso trazendo despesas.

Croft um barbeiro cirurgião, foi mandado por Richard (o qual cuidou de Rob após o falecimento de seus pais) para adotar o jovem Rob e, fazer dele um aprendiz da “medicina”. Então ambos passam momentos emocionantes e, assim o jovem Rob foi adquirindo cada dia mais conhecimento sobre cirurgias simples etc. Em uma de suas aventuras o garoto descobre uma escola na Pérsia, o qual possui um mítico médico chamado Avicena. Rob decide viajar para a escola assumindo a identidade falsa de um estudante judeu, pois outras religiões não eram permitidos entra na Pérsia.

Após de tanto aprendizagem na escola, Rob sempre quis mais, com isso decide usar um corpo de uma pessoa falecida, para estudar como é formado o ser humano, mas isso era acusado como bruxaria pela igreja, levando-o até a morte.

Rob traz um grande avanço para a medicina, mesmo sendo acusado e quase morto, ele insiste e, assim é capaz de ajudar muitas pessoas com doenças que sem ter a análise de como é estruturado o corpo humano não seria capaz de curar. Assim o livro traz uma excelente história, mostrando a realidade sobre a evolução da ciência e seus conflitos. Mostrando seus lados bons e ruins da ciência, causando o leitor a se questionar sobre a sua ideia.

Autor e apresentador da resenha: Lhonidas de Senna Junior

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Título: Ensaios sobre a cegueira

Autora: José Saramago

Ano de publicação: 1995

Resenha:

E se de repente, todas as pessoas ficassem cegas? É partindo desta premissa, que José Saramago constrói uma das suas mais famosas obras: Ensaios sobre a cegueira!
A história retrata a vida das pessoas de uma cidade qualquer, que de repente começam a ficar cegas, sem causa ou motivo aparente. E ao contrário da cegueira a qual estamos habituados, onde a pessoa que está cega enxerga tudo preto, a cegueira retratada por Samarago em seu livro, é uma cegueira branca, como se a pessoa que cegou, ficasse imersa em um “mar de leite”.
Como medida de segurança, os primeiros a cegarem, são enviados a um antigo sanatório, abandonado, isolados do resto do mundo, onde permaneceriam em quarentena e sob a vigilância do exército. Mas o fato dessa cegueira ser contagiosa, fez com que em pouco tempo, o número de pessoas vítimas da “cegueira branca” aumentasse drasticamente, tanto dentro do próprio hospício, como pela cidade inteira, tornando as ruas lugares tomados por pessoas cegas e desorientadas, a procura de comida e condições básicas de sobrevivência.
O comportamento humano regride às margens da barbárie. Leis e normas deixam de fazer sentido, multidões de cegos invadem mercados e lojas à procura da comida que já quase não existe mais, pois tanto quem transporta como quem produz já está cego. O governo deixou de existir, grandes e pequenas empresas, bancos, ricos e pobres, todos reduzidos a selvageria.
Mas por incrível que pareça, todo esse caos é assistido de perto por uma única testemunha ocular: uma mulher, capaz de enxergar com os próprios olhos tudo o que está acontecendo ao seu redor
Publicado em 1995, Ensaios sobre a cegueira rendeu em 1998 o prêmio Nobel de literatura à José Saramago, único autor português a ganhar esse Prêmio, além também de dar origem a um filme dirigido por um brasileiro. Toda essa fama reside no fato da história, apesar de fictícia, possuir um pé na realidade, pois faz uma alegoria à cegueira na qual todos nós estamos imersos no nosso dia a dia. Esclarece a nossa incapacidade de enxergar o mundo a nossa volta e de compreender a magnitude dos seus problemas. Isto fica claro com a fala de uma das personagens, quando esta diz: “Penso que não cegamos, penso que estamos cegos, cegos que veem, cegos que vendo, não veem”
Por fim, esta obra não deve ser tratada como apenas um livro que conta a história de uma multidão de cegos na luta pela sobrevivência, mas sim, como uma obra que mexe com algumas das questões básicas da humanidade, de uma maneira crua e direta. É um livro que mostra a importância e a responsabilidade de se ter olhos, quando os outros já perderam!

Autor e apresentador da resenha: Felipe Leria

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Título: A História do Mundo Para Quem Tem Pressa

Autora: Emma Marriott

Ano de publicação: 2015

Resenha:

Com uma proposta muito ousada, este livro propõe contar a história da humanidade desde suas primeiras civilizações na antiga Suméria até pouco mais que o fim da segunda guerra mundial, uma tarefa nada fácil dentro de suas limitadas duzentas paginas. Sabemos muito bem que se tratando de humanidade, nossa história é extremamente complexa e interligada entre seus acontecimentos, tornando a obra um tanto quanto curiosa.

Trazendo uma proposta de resumo, como se fosse um guia prático, esta obra é bem vinda e muito bem aceita até por quem não tem um interesse direto com a história, mas assim como eu, foi curioso o suficiente a ponto de comprar o livro, que é conduzido em ordem cronológica dos acontecimentos, dando um andar evolutivo para a leitura tornando-a muito dinâmica, com ajuda de imagens, como mapas, que tem fundamental importância para o entendimento, situando ainda mais o leitor de acordo com o andamento da obra.

Uma ótima opção de leitura para pessoas que tem gosto pelo conhecimento geral e específico, curiosos, que como o próprio nome descreve, tem pressa por N motivos, muito bom para fundamentar ou criar uma base de conhecimento histórico ou como o filosofo Confúcio “Se queres prever o futuro, estuda o passado”.

Autor e apresentador da resenha: Gabriel Grube dos Santos

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Título: As Intermitências da Morte

Autor: José Saramago

Ano de publicação: 2005

Resenha:

O que aconteceria se um dia você acordasse e fosse ler o obituário ou assistir um telejornal e não houvesse nenhuma morte noticiada a partir deste dia? É exatamente isso que o livro de José Saramago quer fazer você pensar, quais seriam as consequências de um lugar onde todos vivem para sempre.

O país em questão, é fictício, pois não existe lugar assim no mundo, mas os acontecimentos do livro podem ser muito reais, como por exemplo pessoas desesperadas para morrer devido ao fato de não conseguirem, após um “trágico” acidente. E é isto que Saramago explora com astúcia, tentando ironizar locais que consequentemente vivem da morte e que não estão preparados para mudar seus cotidianos. A igreja passa a não ter mais sentido, sem vida após a morte, os hospitais ficam cheios de pessoas com doenças que seriam terminais se essas pessoas pudessem morrer, sem é claro falar das pessoas que sofrem acidentes graves, mas não morrem ficando mais pro lado de lá do que de cá da vida.

“Naquele dia, ninguém morreu!” É um jeito bem impactante de começar uma leitura e, isso consequentemente atrai o leitor, afim de tentar entender o que essas palavras realmente querem dizer. Durante a leitura Saramago vai mostrar que existe uma opção para a morte, que no caso é sair do país, fato este que muitas pessoas acabam realizando. Esse ato foi condenado pelo governo e passam a existir grupos que ajudam na travessia de pessoas quase mortas para o outro lado da fronteira. Enquanto todos esses acontecimentos ocorrem, até mesmo a morte aparece para surpreender os leitores, cuja representação de Saramago nos faz entender que “não há nada no mundo mais nu que um esqueleto”. Certo dia, a morte (com letra minúscula mesmo) decide enviar uma carta que foi lida na mídia, na qual esclarece que a partir das zero horas do dia em questão tudo voltará ao normal, com uma pequena diferença: as pessoas serão avisadas da sua morte uma semana antes, para que possam resolver os seus últimos assuntos como por exemplo, testamentos. Sua intenção com a greve era mostrar aos seres humanos como seria viver para sempre e como isso não deu muito certo, ela decidiu deixar tudo normal como antes.

Uma das cartas anunciadoras da morte foi devolvida por um violoncelista e isto faz com que a própria morte o conheça, porém, disfarçada como mulher. Os dois acabam se encontrando mais vezes e a morte acaba ficando com ele literalmente e os dois dormem juntos após ela queimar a carta. E no dia seguinte ninguém morreu.

Em suma o livro é bem confuso, o que pode fazer o leitor ler várias vezes a mesma página afim de compreender o real significado das palavras. E isso é genial. Saramago não só demonstra ser um escritor fantástico como também nos faz pensar sobre a vida literalmente, pois seu livro é como se fosse uma metáfora sobre o ciclo desta e, nos faz indagar a questão principal do livro: Como seria se ninguém morresse?

Autor e apresentador da resenha: Sanderson Carlos Ribeiro

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Título: Dança do Universo

Autor: Marcelo Gleiser

Ano de publicação: 1997

Resenha:

“Existe um começo?”. No prefácio do livro de Marcelo Gleiser esse questionamento nos é dado, tendo como duas possibilidades de respostas dentro das origens mitológicas. A primeira resposta envolve a criação do Universo a partir da criação do nada, com o ser positivo e negativo que estão sempre se confrontando. A segunda resposta defende a não existência de um momento de criação, tendo assim um Universo rítmico e eterno. Tratando-se de mitos, pode-se atribuir valores de verdade ou falsidade? Como os mitos contribuíram em uma época em que os recursos e técnicas eram escassos ou ainda não existiam?

Marcelo Gleiser expõe as ideais sobre as origens do Universo de forma simples e conceituada. Atribuindo aspectos mitológicos e científicos, evitando as simplificações e abrangendo desde conhecimentos do ‘senso comum’ até a Mecânica Quântica e Cosmologia. Como uma dança, Marcelo Gleiser mostra que ciência, mitos e religião não estão tão distantes quanto imaginamos. Ele nos mostra um caminho e consequentemente da evolução do conhecimento e da mentalidade das pessoas quanto ao assunto da origem do Universo.

Expondo nomes como: Isaac Newton, com suas ideias inovadoras, Galileu Galilei, considerado o pai da ciência moderna juntando o teórico e prático. Albert Einstein que defendia a ideia de que espaço e tempo estão interligados e que compilou a Teoria da Relatividade, que aponta para um Universo dinâmico, ou seja, que teve um início e está se expandido. Teoria confirmada pelo telescópio Hubble, responsável por aumentar nossa visão sobre o que está além da Via Láctea, incluindo novas galáxias.

Pode-se perceber que ao ler este livro, os cientistas, religiosos ou não, deram suas contribuições para a ciência. Sendo assim somos levados a acreditar que a ciência está bem desenvolvida, mas não está acabada. Devemos então estar sempre em busca de novos conhecimentos e descobertas.

Autor e apresentador da resenha: Mariana Gabriela Fabiani

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Título: Investigação Pericial Criminal

Autor: João Luiz de Carvalho

Ano de publicação: 2006, 1a edição

Resenha:

O livro Investigação Pericial Criminal, conta com o caráter prático de experiências profissionais descrito pelo autor, de criminalistas e atuantes na área, trazendo ampla abordagem em vários aspectos jurídicos teóricos até a criminologia em exemplos práticos aplicados na investigação criminal, que são exercidos por agentes nas atividades forenses e nos órgãos policiais.

O trabalho aborda temas como criminalística básica, acidente de tráfego, explosivos, balística forense, papiloscopia, investigação criminal, criminologia e modelos de quesitação. O estudo de ciências como a Física, Química, Matemática, Biologia, Medicina Legal, Criminologia, etc., que são conteúdos bases em determinadas graduações, podem ser reconhecidos ao longo do livro, de forma a trazer uma abordagem correlacionada das amplas áreas que a Investigação Pericial Criminal percorre.

De forma sucinta e completa, o livro é uma ótima porta de entrada aos interessados na área, os conteúdos partem do conceitual ao específico, capacitando o leitor de desenvolver o saber prévio dos assuntos tratados. Além da ótima teorização dos assuntos, o material ainda conta com diversos exemplos e especificações que trazem a elucidação de problemas cotidianos encontrados nesta vasta área.

De fato o livro é um objeto de estudo, e merece tempo para ser explorado pelos que tem interesse no conhecimento da Investigação Pericial Criminal. Com certeza o mesmo trará o esclarecer de inúmeros procedimentos, que muitas vezes são de difícil acesso até mesmo a agentes que estão envolvidos na área.

Autor e apresentador da resenha: Bruno Belin Dal Santos.

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Autor: Stephen Hawking

Ano da edição: 2015

Gênero: Divulgação científica

Resenha:

Com a morte de Stephen Hawking esse ano, trazemos à vocês Uma Breve História do Tempo: um dos livros mais famosos desse gênio. Hawking tenta responder de uma maneira simples algumas questões históricas da humanidade sobre o universo, como começou? Haverá um fim? É finito ou infinito? É possível viajar no tempo? Entre outras dúvidas que temos sobre nosso cosmos.

Como o título sugere, o livro narra uma história. A história de como a ciência e o nosso conhecimento sobre o universo evoluíram durante os tempos, desde Aristóteles, que em 340 a.C. já dizia que a terra era uma esfera, passando por Newton e sua gravitação universal, até Einstein com sua famosa teoria da relatividade, explicando suas consequências e algumas aplicações.

Hawking também fala sobre física de partículas e o modelo padrão, explicando também o que é o princípio de incerteza, dualidade onda/partícula, entrando assim em física quântica. Explica o que são buracos negros e buracos de minhoca e se é possível fazer uma viajem no tempo.

Finalmente ele conclui que para entendermos completamente como o universo funciona é necessário unificar a física quântica (para partículas muito pequenas) com a relatividade (para corpos muito grandes).

Por: Diego Henrique W.

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Título: A Arte de Escrever.

Autor: Arthur Schopenhauer.

Ano de Publicação: 2005.

Resenha

“A Arte de Escrever” é um livro escrito por Arthur Schopenhauer (1788-1860), filósofo alemão, do qual trata sobre a literatura através de cinco ensaios retirados de sua outra obra chamada Parerga e Paralipomena. Sendo eles: Sobre a erudição e eruditos; pensar por si mesmo; sobre a escrita e o estilo; sobre a leitura e os livros; sobre a linguagem e as palavras.

A primeiro momento quando Schopenhauer escreve sobre a erudição, acaba criticando os falsos eruditos, estes, que leem muito e tentam buscar conhecimento somente através de livros e esquecem de ter o conhecimento pelo mundo. Segundo ele estariam deixando de pensar por si mesmos e se influenciando a partir da ideia de outros pensadores. Em um desses momentos, o autor cita: “Ah, essa pessoa deve ter pensado muito pouco para ter lido tanto” (pág. 10).

Por seguinte quando fala sobre pensar por si mesmo, comenta sobre a importância da organização dos pensamentos, o quanto isso é fundamental, seria mais valioso um conhecimento limitado, porém com boa organização para uma assimilação rápida e melhor do que uma mente com grandes conhecimentos, mas que seja difícil discernir para diversas situações. Quando o autor fala que: “é necessário você ter o conhecimento para pensar profundamente sobre algo, mas que só se tem o conhecimento quando se pensa profundamente sobre isso” (pág. 19) podemos ver que ele entende que a busca através da leitura, por exemplo, é essencial, mas que a importância do pensamento próprio é muito maior.

Em sobre a escrita e o estilo, Schopenhauer, trata a distinção entre dois tipos de escritores e os seus textos: os que escrevem por dinheiro e os que escrevem em função do assunto. No primeiro caso despreza totalmente o trabalho realizado por quem escreve em função de receber recompensas em troca de seus textos, pois eles na maioria das vezes são escritos por que são pedidos, seu conteúdo nunca é sincero e sempre com pensamentos forçados. Para autores que escrevem em função do assunto, os ressalta, dizendo que suas obras deveriam ser as únicas a serem produzidas pois escrevem sem o objetivo do lucro, com pensamentos fortes e simples e que se é possível enxergar a verdade em seus textos.

Quando o autor fala sobre a leitura e os livros ele volta a tratar a importância do pensamento próprio e que a leitura excessiva não agrega em nada, apenas prejudica. Reforça a boa escolha dos livros para a leitura, que seriam os que são escritos por pessoas que vivem para a ciência ou literatura e não aqueles em que o escritor vive delas, pois nosso tempo é limitado para ser desperdiçado. E também enfatiza o fato em que quando lemos deixamos que outra pessoa pense por nós e isso a princípio pode parecer um alívio, porém nos tira cada vez mais a capacidade do pensamento e da crítica.

Por último Schopenhauer enfatiza a importância do aprendizado de várias línguas. O autor cita uma frase de Carlos V: “ quantas línguas alguém fala, tantas vezes ele é um homem” (pag. 69) e explica tal frase mostrando que quanto mais idiomas um homem fala maior será a sua capacidade de pensamento. Descrimina também, de certa forma, a tradução de textos pois estas nem sempre conseguem trazer o que realmente o autor queria dizer com eles ou o verdadeiro significado de cada palavra e frase.

Autor e Apresentador da Resenha: Matheus Meoquior da Fonseca.

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Título: O Sol é para Todos (To Kill a Mockingbird)

Autora: Harper Lee

Ano da primeira publicação: 1960

Gênero: Romance

Resenha:

O Sol é para Todos é um livro no qual temas como racismo, injustiça e preconceito social são abordados e narrados a partir da visão ingênua de Jean Louise (Scout), uma criança de seis anos de idade que mora com seu pai (Atticus Finch), seu irmão mais velho (Jem) e uma governanta, na pequena cidade fictícia de Maycomb, interior do Alabama, em meados de 1930.

O livro se inicia com um detalhamento sobre Maycomb, a cidade era claramente dividida: em um lado viviam as tradicionais famílias brancas de classe média e alta e do outro viviam os negros, que, diferente dos brancos, eram pobres, levavam uma vida muito humilde e serviam apenas para realizar trabalhos braçais. A descrição se da também sobre a vida pessoal dos moradores, em especial sobre Arthur Radley (Boo): um homem solitário que poucas vezes fora visto pelos moradores da região, mesmo os mais antigos. O mistério acerca de Boo e da casa dos Radley foi suficiente para alimentar a imaginação das crianças. Scout narra as aventuras que ela, seu irmão Jem e Dill, o sobrinho de uma vizinha, tiveram naquele verão, o quão passaram atormentando Arthur de todas as formas, mas com um certo receio: as histórias a respeito do tal homem sempre causavam medo o suficiente para fazer com que as crianças não fossem longe demais.

Após alguns verões tentando, sem sucesso, fazer contato com Arthur, as crianças passam a ter outros fatos com os quais se preocupar. A segunda parte de livro é marcada pela história de Tom Robinson, um negro acusado de ter estuprado Mayella Ewell, uma jovem branca, filha de Mr. Ewell, pertencente a uma família muito pobre. Atticus Finch que era advogado fora escolhido para defender Tom, o que repercurtiu negativamente na populaçao de Maycomb, a partir de então Scout narra todo preconceito sofrido por ela e sua família pelo fato de seu pai estar em defesa de um negro. Durante o julgamento de Tom Robinson, mesmo após Atticus usar de todas as provas e deixar claro a inocencia do homem, Tom é condenado. Através da visão de Scout, ingênua e sem o entendimento do preconceito presente, é possível sentir toda a revolta e a injustiça que ali ocorreram. Após a condenação, Tom é enviado para a prisão, onde é morto pelos policiais com dezessete tiros sem uma justificativa convincente para tal fato, deixando claro mais uma vez a forte presença do preconceito.

Em sua última parte, o livro volta para um personagem muito explorado no inicio, Arthur Radley (Boo), que depois do julgamento de Tom, salva Jem e Scout de um ataque de Mr. Ewell, que em uma tentativa de vingança contra Atticus, por ter defendido um homem negro acusado de estupro, tenta matar seus dois filhos, Boo para salvar as crianças acaba matando Mr. Ewell. O encerramento do livro se da por uma conversa entre Atticus e Scout, na qual ele explica para a filha o porque não condenariam Arthur Radley por assassinato, “seria como matar um rouxinol” diz Scout, remetendo ao título original do livro, o qual se faz presente em inúmeras ocasiões. O rouxinol representa a inocencia, e mata-lo é como matar a própria inocencia, como condenar alguém puro, cometer um ato de injustiça. Após todos os acontecimentos, tanto com Boo quanto com Tom, fica explicito quais as consequencias de um julgamento antecipado, do próprio preconceito. A última fala de Atticus é direcionada para Scout, alegando que “a maioria das pessoas são boas quando finalmente as conhecemos.”

Autor e apresentador da resenha: Fernanda Barbieri de Lara

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Título: O Universo Elegante

Autor: Brian Greene

Ano de publicação: 1999

Resenha:

O universo elegante explica e demonstra o caminho percorrido pela busca a teoria definitiva, com a teoria das cordas. Apresentando os conceitos da gravitação universal e suas falhas, onde se acreditava ser possível se deslocar com velocidade o suficiente para acompanhar um raio de luz, corrigida pela relatividade especial de Einstein, que altera a noção de espaço e tempo, onde ambos são como elementos maleáveis, cuja forma e aparência dependem da situação do observador e onde nada é mais rápido que um fóton.

Logo após, Einstein ainda precisava de uma teoria da gravitação compatível com sua relatividade especial, segundo ele, era inconcebível que a matéria bruta inanimada pudesse, sem a mediação de algo mais, que não fosse material, afetar a matéria e agir sobre ela sem contato mútuo, assim incluiu a gravidade à relatividade geral com o princípio da equivalência e a curvatura do espaço tempo.

Aparentemente, tudo estava de certa forma explicado, mas eis que surge a mecânica quântica, apresentada pelo escritor como loucura microscópica. Um universo totalmente diferente do até então conhecido, no qual o jogo da probabilidade e não da compreensão, começa a ser jogado, onde a certeza leva à incerteza.

A teoria das cordas, que busca compatibilizar a relatividade geral e a mecânica quântica, foi elaborada em 1970 por Yoichiro Nambu, Holger Nilsen e Leonard Susskind, propondo que as partículas elementares fossem concebidas como pequenas cordas vibrantes e unidimensionais, com interações nucleares e descritas pela função de Euler.

Após alguns anos de aprofundamento e melhorias, chegou-se à base da teoria, onde as vibrações das cordas estão relacionadas à sua energia, assim como diferentes padrões vibratórios de uma corda de violino dão lugar a diferentes notas musicais, uma corda elementar dá lugar a diferentes massas e cargas de força, relacionando com a relatividade especial, onde partículas pesadas tem cordas internas que vibram com mais energia e as mais leves vibram com menos energia. Alterando drasticamente a visão que se tinha de que cada partícula era composta por uma partícula elementar, um “material” diferente para cada partícula, declarando que o “material” de todas as manifestações da matéria e das forças é a mesma, tendo apenas “notas” diferentes de uma corda fundamental.

Realmente, O Universo Elegante não é um livro para qualquer curioso sobre o funcionamento do Universo. Com interações, dimensões e formas complexas, que, apesar de muito bem explicadas, dependem de um esforço, ou até conhecimentos, a mais para a melhor compreensão.

Autor e apresentador da resenha: Luciano Cardoso Dias

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Título: O Clone de Cristo

Autora:  Jamilla Lankford

Ano de publicação: 2014

Resenha:

“O Clone de Cristo” conta a história do microbiologista judeu Felix Rossi que busca a redenção de seu povo, responsável por perseguir e matar Jesus Cristo. Na história Felix viaja a Turim e decide roubar uma amostra do Santo Sudário, clonar o filho de Deus e propiciar a volta do escolhido.

Não é nem um texto arrebatador conspiratório estilo Dan Brown, pelo contrário, apesar dos capítulos sucintos, o texto se desenvolve em um ritmo muito lento, também não é uma trama em torno de questões existenciais, filosóficas e religiosas a respeito das implicações da volta de uma das maiores personalidades da história da humanidade.

A escrita de Lankford é demasiada objetiva prejudicando o desenvolvimento dos personagens os quais – com exceção do médico Felix – não entendemos muito bem as motivações que fazem com que decidam embarcar nessa empreitada.

Faz falta a presença de um grande antagonista, tudo parece fácil demais, no momento em que Felix está roubando o DNA da mortália que os fiéis acreditam ser de Jesus Cristo, nenhum tipo de tensão é criada, em nenhum momento ficamos com medo dele ser pego, nada atrapalha e, apenas nas ultimas 70 páginas vemos a remota chance de algo dar errado. Há a presença de um tal de Brown que deve ser perigoso e ameaçador, porém não faz nada que fato condiga com essa postura, um jornalista que deveria ameaçar ou atrapalhar os planos de Felix em razões de fama e prestígio na sua profissão, todavia acaba se tornando mais uma tentativa frustrada da autora em estabelecer obstáculos ao herói, que em quase momento algum tem seus planos atrapalhados.

Apresentador da resenha: Allan Felipe Gaspareto Machado.