1951 – 1960

Prêmio Nobel em Física -1960

Donald Arthur Glaser

O Prêmio Nobel da física do ano de 1960 foi entregue a Donald Arthur Glaser pela invenção da Câmara de Bolhas.

Donald Glaser é original de Cleveland, Ohio. Estudou na Case School of Applied Science em Cleveland, e obteve seu Ph.D em física pela California Institute of Technology em 1949. Logo após, mudou-se para a Universidade de Michigan em Ann Arbor, onde desenvolveu a pesquisa que lhe resultou no prêmio Nobel de 1960.

Nesta época, o estudo sobre pequenos componentes teve um grande avanço devido à invenção da câmara de nuvens. Os estudos de Donald Glaser, que resultaram na invenção da câmara de bolhas no ano de 1952, permitiram observar e analisar partículas com energias mais elevadas. Quando partículas carregadas atravessam uma câmara que contém um líquido que está próximo ao ponto de ebulição, elas ionizam os átomos que estão ao seu redor. Após certa diminuição da pressão na câmara, formam-se bolhas em torno dos átomos carregados. Esta situação então pode ser fotografada e analisada posteriormente. Este experimento gerou resultados novos e importantes para a física, fazendo com que Glaser ganhasse de forma merecida o prêmio Nobel do ano de 1960.

Autora do texto: Diana M. N. Thomen

Referências:

[1] DESCONHECIDO. O Prêmio Nobel de Física 1960. Disponível em: <https://www.nobelprize.org/nobel_prizes/physics/laureates/1960/>. Acesso em: 20 fev. 2017.

 

Prêmio Nobel em Física -1959

Owen Chamberlain e Emilio Gino Segrè

O prêmio Nobel em física do ano de 1959 foi divido entre Emilio Gino Segrè e Owen Chamberlain, sendo laureado metade do prêmio para cada um por um trabalho experimental que viria a provar empiricamente, enfim, a existência de uma antipartícula do próton, o antipróton.

A matéria em nossa volta possui uma espécie de imagem refletida que foi descoberta através do problema de assimetria de nosso universo, chamamos essa imagem refletida de antimatéria. O interesse nesse campo de descobertas vem sendo expandido desde sua descoberta e vem sendo auxiliado pela época de avanços tecnológicos diários em que vivemos, fazendo com que as experiencias que comprovam estas partículas se tornem cada vez mais acessíveis à comunidade cientifica.

Segrè e Camberlain, em 1955, conseguiram transformar em um acelerador de partículas matéria suficiente para a produção de antiprótons, a primeira vez que este feito foi alcançado. Suas descobertas implicam prestigio e crédito à área de física de partículas que vem se tornando uma área de grande importância dentro da física atual.

Autor do texto: Matheus Henry Przygocki

Referências:

[1] DESCONHECIDO. Award Ceremony Speech. Disponível em: <http://www.nobelprize.org/nobel_prizes/physics/laureates/1959/press.html>. Acesso em: 03 mar. 2017.

Prêmio Nobel em Física -1958

Os laureados com o Prêmio Nobel de 1958 foram Pavel Alekseyevich Cherenkov, Il´ja Mikhailovich Frank e Igor Yevgenyevich Tamm (na foto, respectivamente da esquerda para a direita), prêmio esse que foi concebido pela descoberta como também interpretação do efeito Cherenkov.

O efeito Cherenkov pode ser observado quando raios cósmicos (em alta energia) atingem camadas altas da atmosferas, fragmentado então em partículas que ao sofrerem colisões com a superfície da água se propagam com velocidades maiores do que a luz na agua (~225.000 km/s). Esse efeito gera uma onda de choque luminosa (na faixa de frequência do ultravioleta), que é denominada radiação Cherenkov.

Autora do texto: Gabriele Chomen Costa

Referências:

DESCONHECIDO. The Nobel Prize in Physics 1958. Disponível em: <http://www.nobelprize.org/nobel_prizes/physics/laureates/1958/>. Acesso em: 13 mar. 2017.

LEANDRO, Professor. O que é o efeito Cherenkov? Leia mais: http://aprendendo-fisica5.webnode.com/news/o-que-e-o-efeito-cherenkov-/. Disponível em: <http://aprendendo-fisica5.webnode.com/news/o-que-e-o-efeito-cherenkov-/>. Acesso em: 13 mar. 2017.

Prêmio Nobel em Física de 1957

Chen Ning Yang e Tsung-Dao Lee

O Prêmio Nobel de Física em 1957 foi atribuído em conjunto para Chen Ning Yang e Tsung-Dao (T.D.) Lee “pelas suas investigações das chamadas leis de paridade que levaram a importantes descobertas sobre as partículas elementares”.

Chen Ning Yang nasceu em 22 de setembro de 1922, em Hofei, Anwhei, China, foi criado na atmosfera pacífica e acadêmica do campus da Universidade de Tsinghua. Recebeu sua educação universitária na National Southwest Associated University, na qual completou o seu bacharel em 1942. Seu mestrado foi recebido em 1944 da Universidade Tsinghua. Ele foi para os EUA no final da guerra com uma bolsa da Universidade Tsinghua e entrou na Universidade de Chicago em janeiro de 1946 onde recebeu seu doutorado em 1948. Lá, ficou sob a forte influência do professor E. Fermi. Yang trabalhou em vários assuntos em física, mas teve seu principal interesse em dois campos: mecânica estatística e princípios de simetria.

Tsung-Dao (T.D.) Lee nasceu em Xangai, na China, em 24 de novembro de 1926, recebeu a maior parte de sua educação secundária em Xangai. Em 1945, participou da National Southwest Associated University. Lee recebeu uma bolsa do governo chinês para estudos de pós-graduação nos Estados Unidos. De 1946-50 estudou na Universidade de Chicago, onde Enrico Fermi o selecionou para ser seu aluno de doutorado. Lee foi rapidamente se tornando um cientista amplamente conhecido, especialmente por seu trabalho em partículas elementares, mecânica estatística, teoria de campo, astrofísica, física da matéria condensada e turbulência, tendo resolvido vários problemas de longa data e grande complexidade. O Dr. J. Robert Oppenheimer elogiou-o como um dos físicos teóricos os mais brilhantes então conhecidos. Aos 29 anos, Lee era então o mais jovem professor da história da Universidade de Columbia. Em 1957, quando recebeu o Prêmio Nobel com apenas 31 anos de idade, Lee tornou-se o segundo cientista mais jovem a receber essa distinção.

Durante muito tempo, os físicos assumiram que várias simetrias caracterizavam a natureza. Em uma espécie de “mundo espelhado” onde a direita e a esquerda eram invertidas e a matéria era substituída pela antimatéria, as mesmas leis físicas se aplicariam, postulavam. No entanto, a igualdade dessas leis foi questionada sobre o decaimento de certas partículas elementares. Em 1956, Chen Ning Yang e Tsung Dao Lee formularam uma teoria de que a lei de simetria esquerda-direita é violada pela interação fraca. As medições da direção de movimento dos elétrons durante a deterioração beta do isótopo de cobalto confirmaram isso.

Autor do texto: Diego Henrique Witchemichen

Referências:

DESCONHECIDO. The Nobel Prize in Physics 1957. Disponível em: <http://www.nobelprize.org/nobel_prizes/physics/laureates/1957/>. Acesso em: 21 mar. 2017.

Prêmio Nobel em Física -1956

John Bardeen, William Bradford Shockley e Walter Houser Brattain

O Prêmio Nobel em Física de 1956 foi dividido em três partes, sendo eles John Bardeen(1908-1991) “sua participação pela condução elétrica em semicondutores e metais, propriedades de superfície de semicondutores, teoria da supercondutividade e difusão de átomos em sólidos”. William Bradford Schockley(1910-1989) “a sua participação sendo por Ordem e desordem em ligas; Autodifusão de cobre”. Walter Houser Brattain(1902-1987) “sua participação tem sido as propriedades de superfície de sólido, sendo que as suas principais contribuições foram a descoberta do ‘foto efeito’ na superfície livre de um semicondutor”

John B. Nasceu dia 23 de maio de 1908 em Madison, Wisconsin, frequentou a University High School em Madison e assim se formou na Madison Central High School em 1923. Em 1957 John e dois colegas (LN Cooper e JR Schrieffer) propuseram a primeira explicação bem-sucedida da supercondutividade, onde com essa teoria deram andamento para o prêmio nobel de Física em 1972. William B.S. nasceu dia 13 de fevereiro em 1910, na cidade de Londres em Reino Unido, graduou-se no Instituto de Tecnologia de Califórnia em 1932. A pesquisa de William tem sido centrada de energias em sólidos; Teoria de tubos de vácuo; Vários tópicos em física de transistor e entre outros. Walter H.B. nasceu dia 10 de fevereiro de 1902 em Amoy na China, Walter é membro da Academia Nacional de Ciências e do Instituto Franklin e também é membro da comissão de semicondutores da União Internacional de Física Pura e Aplicada e do Comitê Consultivo de Pesquisa Naval.

Os semicondutores que levaram ao desenvolvimento do transistor, um dispositivo de estado sólido que amplifica a corrente elétrica. Transistor executou funções eletrônicas semelhantes à válvula eletrônica no rádio e televisão, mas de longe muito menor e usando muito menos energia, com essa invenção ambos John, William e Walter tiveram uma divisão de igualdades para o Prêmio Nobel de 1956 pela descoberta e pesquisa do semicondutor e do efeito transistor.

Autor do texto: Lhonidas de Senna Junior

Referências:

Disponível em <http://www.nobelprize.org/nobel_prizes/physics/laureates/1956/>. Acesso 20 de fev. 2017

Prêmio Nobel em Física -1954

      O premio Nobel de 1954 foi dividido entre Max Born “por sua fundamental pesquisa em mecânica quântica, especialmente por sua analise estatística da função de onda” e Walther Bothe “pelo método da coincidência e suas descobertas feitas com ele”.

      

A análise feita por Born sobre a equação de onda de Erwin Schrödinger provou que esta poderia ser interpretada como previsões estatísticas (Não exatas) de variáveis, contribuindo assim para o desenvolvimento da mecânica quântica.

       Walther Bothe conectou dois counter tube (Em um counter tube as partículas que passam pelo tubo geram um impulso elétrico) de modo que apenas passagens simultâneas foram detectadas, isto significa que as partículas originaram-se do mesmo evento ou por uma partícula tão veloz que o tempo para o percurso entre os tubos foi desprezível. Walther Bothe utilizou-se deste método para mostrar a conservação de energia no impacto entre as partículas e fótons para estudar a radiação cósmica.

Referências

[1] https://www.nobelprize.org/nobel_prizes/physics/laureates/1954/

Prêmio Nobel em Física – 1953

Frits Zernike

Autor do Texto: Sanderson Carlos

       O Prêmio Nobel em Física de 1953 foi concedido ao holandês Frits Zernike (1888-1966) “por sua demonstração do método de contraste de fase, especialmente por sua invenção do microscópio de contraste de fase”, invenção esta que seria de fundamental importância para a medicina, pois com este microscópio, foi possível fazer a observação de células vivas sem a necessidade da utilização de coloração química, ou de fluoróforos, alterações essas que podem matar as amostras vivas.

       A técnica do contraste de fase na microscopia se refere basicamente em acelerar o caminho da luz direita com a intenção de causar padrões de interferência destrutivos na amostra viva que está sendo analisada. Esses padrões específicos acabam criando detalhes na imagem que aparecem mais escuros quando estão sendo vistos contra um fundo claro. Para a visualização desse fenômeno ser plausível, Zernike desenvolveu um sistema de anéis que eram localizados tanto na objetiva quanto no condensador que alinhados corretamente, fazem com que as ondas de luz emitidas pelo iluminador cheguem à amostra fora de fase, e assim, sua imagem ser melhorada consideravelmente.

       Zernike conseguiu de forma notável, melhorar a nossa visão do mundo subatômico com essa invenção, e consequentemente auxiliar de forma excepcional o futuro promissor da medicina óptica.

Referências:

“The Nobel Prize in Physics 1953”. Nobelprize.org. Nobel Media AB 2014. Web. 15 Apr 2017. <http://www.nobelprize.org/nobel_prizes/physics/laureates/1953/>

DESCONHECIDO. O que é contraste de fase? Disponível em: <http://www.teratecsp.com.br/blog/contraste-de-fase/>. Acesso em: 15 abr. 2017.

Prêmio Nobel em Física – 1952

Felix Bloch e Edward Mills Purcell

Autor do Texto: Giácomo Alessandro 

       O Prêmio Nobel de Física de 1952, foi entregue em conjunto a Felix Bloch e Edward Mills Purcell respectivamente, pelo desenvolvimento de técnicas de medição de campos magnéticos nucleares.

       Felix Bloch, físico suíço naturalizado americano nascido em Zurique. Estudou física na Universität Leipzig, Alemanha, onde recebeu seu doutorado em 1928. Ainda na Alemanha, foi orientado por Werner Heisenberg. Foi presidente da American Physical Society em 1965. Trabalhou no departamento de física da Stanford University (1934-1971) e na Harvard University (1942-1945). Professor emérito de física da Stanford University, morreu em sua cidade natal em 1983.

       Edward Mills Purcell, físico estadunidense nascido em Taylorville, Illinois. Graduou-se em engenharia elétrica em 1933 pela Purdue University, Indiana. Em 1938 recebeu seu título de PHD pela Harvard University. Juntou-se ao Radiation Laboratory, do Massachusetts Institute of Technology, organizado em 1940 para pesquisa de exército e desenvolvimento de radar de microondas. Chefiou esse grupo de pesquisas sobre radares no M.I.T, onde mais tarde tornara-se professor. Morreu em Cambridge, Massachusetts em 1997.

       Executaram os primeiros experimentos de ressonância magnética nuclear (NMR ou MRI) em amostras líquidas em 1939. Demonstraram em 1946 que ao submeter determinados núcleos à ação de um campo magnético intenso, estes podem absorver energia de radiofrequência e gerar por sua vez um sinal de radiofrequência capaz de ser captado por uma antena receptora, o que se denominou fenômeno de ressonância magnética nuclear, a RMN. Por esta descoberta os autores receberam conjuntamente um Nobel da Física, seis anos depois. O American College of Radiology passou a considerar a tomografía por RMN como técnica standard no campo do diagnóstico médico (1983). Posteriormente mudou-se para Imagem por Ressonância Magnética, a IRM, caindo em desuso o termo Nuclear. As IRM são imagens tomográficas que representam cortes anatômicos imaginários do paciente.

-Referências

FERNANDES, Carlos. Felix Bloch. Disponível em: <http://www.dec.ufcg.edu.br/biografias/FelixBlo.htm>. Acesso em: 24 abr. 2017.

FERNANDES, Carlos. Edward Mills Purcell. Disponível em: <http://www.dec.ufcg.edu.br/biografias/EdwaMils.htm>. Acesso em: 24 abr. 2017.

PRIZES, Nobel. The Nobel Prize in Physics 1952. Disponível em: <http://www.nobelprize.org/nobel_prizes/physics/laureates/1952/>. Acesso em: 24 abr. 2017.

Prêmio Nobel em Física – 1951

Ernest Thomas Sinton e John Douglas Cockcroft

Autor do Texto: Bruno Belin Dal Santos

       O físico irlandês Ernest Thomas Sinton Walton nascido em 1903 em Dungarvan, County Waterford e John Douglas Cockcroft, físico britânico nascido em 1897 em Todmorden, Inglaterra, dividiram o Prêmio Nobel de Física de 1951 por seus trabalhos pioneiros sobre a transmutação dos núcleos atômicos por partículas atômicas aceleradas artificialmente. Ambos trabalharam na investigação da estrutura física do átomo desde 1931 e, juntos, construíram um acelerador de partículas em 1932, o acelerador Cockcroft-Walton, conseguindo com esta máquina o pioneirismo na desintegração de um núcleo atômico através do bombardeio com prótons de um átomo de lítio, desintegrando-o em dois átomos de hélio. Esse acelerador tornou-se uma importante ferramenta experimental em laboratórios de todo o mundo.

       O acelerador de partículas agia na multiplicação e retificação da tensão de um transformador, e poderia produzir uma tensão quase constante de cerca de seiscentos mil volts. Eles também construíram um tubo de descarga em que os núcleos de hidrogênio foram acelerados. Fazendo com que essas partículas atingissem uma camada de lítio, Cockcroft e Walton observaram que os núcleos de hélio eram emitidos pelo lítio. Sua interpretação deste fenômeno foi que um núcleo de lítio no qual um núcleo de hidrogênio penetrou se divide em dois núcleos de hélio, que são emitidos com alta energia, em direções quase opostas. Esta interpretação foi posteriormente plenamente confirmada.

       Assim, pela primeira vez, uma transmutação nuclear foi produzida por meios inteiramente sob controle humano. A análise feita por Cockcroft e Walton das relações de energia em uma transmutação, foi constatada pela lei de Einstein sobre a equivalência de massa e energia. A energia é liberada na transmutação do lítio, porque a energia cinética total dos núcleos de hélio produzidos é maior do que a dos núcleos originais. De acordo com a lei de Einstein, esse ganho de energia deve ser compensado por uma perda correspondente na massa dos núcleos atômicos. Esta afirmação foi confirmada de forma satisfatória por Cockcroft e Walton em investigações mais exatas baseadas nos mesmos princípios, assim, um método poderoso foi obtido para comparar massas de núcleos atômicos.

       De fato, este trabalho influenciou profundamente todo o curso da física nuclear, tendo importância decisiva para a obtenção de uma nova visão sobre as propriedades dos núcleos atômicos, que nem sequer poderia ter sido sonhado antes, destacando aqui que o trabalho foi um marco na história da ciência.

Referências:

[1]. DESCONHECIDO. Ernest Thomas Sinton Walton. Disponível em: <www.dec.ufcg.edu.br/biografias/ErneThom.html> Acesso em 13 de Abril de 2017.

[2]. DESCONHECIDO. .John Douglas Cockcroft, Sir. Disponível em: <www.dec.ufcg.edu.br/biografias/JohnDoug.html> Acesso em 13 de Abril de 2017.

[3]. DESCONHECIDO. The Nobel Prize in Physics 1951. Disponível em: <www.nobelprize.org/nobel_prizes/physics/laureates/1951/press.html> Acesso em 13 de Abril de 2017.