Fluorescência de Raios X

            A distribuição dos elementos químicos na superfície terrestre tem sido alvo de vários estudos, com diferentes enfoques, como por exemplo, mapeamento de rochas, regolitos e solos; entendimento do comportamento dos elementos nos diversos processos naturais e/ou antrópicos; entendimento da natureza e dos impactos causados pelo homem através do conhecimento da dinâmica dos elementos; procura por aplicações em ciências ambientais; entre outros.

         A variação nos teores de SiO2, Al2O3, MgO, K2O e Fe2O3, por exemplo, afetam a qualidade do minério, sendo necessário estudos de controle geoquímico para garantir o controle da qualidade do minério [1,2].

         Uma técnica muito utilizada para esse controle é a Fluorescência de Raios X por dispersão em energia (EDXRF). A indústria de mineração utiliza amplamente esta técnica. As aplicações em geoquímica são as determinações de elementos maiores, menores e traços em rochas, solos e sedimentos.

       A EDXRF consiste em irradiar uma amostra com radiação eletromagnética, mais especificamente radiação X, para que dessa forma os elementos possam ser excitados. Quando isto acontece, este elemento tende a ejetar elétrons dos níveis atômicos mais interiores. Como consequência disso, elétrons de camadas mais externas realizam um salto quântico para preencher a vacância deixada pelo elétron ejetado. Cada transição eletrônica constitui uma perda de energia, que é liberada na forma de um fóton de raio X. Esse fóton possui uma energia característica para cada elemento, assim, após a detecção e análise desse fóton é possível determinar as concentrações dos elementos da amostra [3].

        As principais vantagens da EDXRF são análise não destrutiva, determinação simultânea de diversos elementos e velocidade de operação. A principal desvantagem é o limite de detecção, que é da ordem de grandeza de ppm, dependendo do elemento.

           REFERÊNCIAS

[1] LOPES L.O. Caracterização geológica das rochas carbonáticas da mina Rio Bonito, Campo Largo PR – PARA PRODUÇÃO DE CIMENTO. Dissertação de Mestrado, Universidade Federal do Paraná, 2009.

[2] LEONARDI F.A., LADEIRA F.S.B., SANTOS M. Perfis bauxíticos do planalto de poços de caldas sp/mg – análise geoquímica e posição na paisagem Revista de Geografia. Recife: UFPE – DCG/NAPA, v. especial VIII SINAGEO, n. 1, Set. 2010

[3] JENKINS, R.; GOULD, R.W.; GEDCKE, D. Quantitative X-ray Spectrometry, Marcel Dekker, New York, 1981, pág. 588.

Autor do Texto: Alex Silva de Moraes


Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *