Na nossa relação com o mundo, somos estimulados e respondemos aos elementos do ambiente o tempo inteiro. Nosso organismo reage a cada estímulo, seja ele externo, como o cheiro de um alimento, ou interno, como a dor.
Esse processo ocorre no sistema nervoso central de maneira tão instantânea que a nossa consciência não consegue identificar todas as suas etapas, nem os milhares de estímulos que o corpo recebe a todo instante.
Os neurônios são a unidade funcional do sistema nervoso (Figura 1). Eles comunicam-se através de sinapses; por eles propagam-se os impulsos nervosos.
Anatomicamente, o neurônio é formado por: dendrito, corpo celular e axônio. A transmissão ocorre apenas no sentido do dendrito ao axônio.
A origem do impulso nervoso que se propaga através do neurônio é elétrica. O impulso acontece devido a alterações nas cargas elétricas das superfícies externa e interna da membrana celular. A membrana de um neurônio em repouso apresenta-se com carga elétrica positiva do lado externo (voltado para fora da célula) e negativa do lado interno (em contato com o citoplasma da célula).
Quando um estímulo químico, mecânico ou elétrico chega ao neurônio, pode ocorrer a alteração da permeabilidade da membrana, o que permite uma grande entrada de sódio na célula e pequena saída de potássio dela. Com isso, ocorre uma inversão das cargas ao redor dessa membrana, que fica despolarizada, gerando um potencial de ação. Essa despolarização propaga-se pelo neurônio caracterizando o impulso nervoso (Figura 2). Imediatamente após a passagem do impulso, a membrana sofre repolarização, recuperando seu estado de repouso, e a transmissão do impulso cessa.
O estímulo que gera o impulso nervoso deve ser forte o suficiente, acima de determinado valor crítico. Esse valor varia entre os diferentes tipos de neurônios. Esse é o estímulo limiar. Abaixo desse valor, o estímulo só provoca alterações locais na membrana, que logo cessam e não desencadeiam o impulso nervoso.
Qualquer estímulo acima do limiar gera o mesmo potencial de ação que é transmitido ao longo do neurônio. Assim, não existe variação de intensidade de um impulso nervoso em função do aumento do estímulo.
Dessa forma, a intensidade das sensações vai depender do número de neurônios despolarizados e da frequência de impulsos.
REFERÊNCIAS
http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Corpo/sistemanervoso.php
http://www.infoescola.com/biologia/sistema-nervoso/
http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Histologia/epitelio29.php
Autor do Texto: Alex Silva de Moraes