Por: Bárbara de Almeida S.
No dia 8 de março deste ano (2016), o planeta Júpiter ficou visível de todos os lugares da Terra, o nosso planeta esteve exatamente entre o Sol e ele, além do mais o gigante gasoso estará em máxima aproximação conosco. Espero que todos tenham pego seus binóculos ou telescópios e olhado para o céu durante a noite para ver de camarote mais esta atração do Cosmos.
Mas não seria bom, talvez, conhecer um pouco mais sobre este planeta? A isto se destina esta publicação.
Júpiter é o maior planeta do nosso sistema solar, ele representava para os romanos o maior de todos os deuses do panteão. Se somarmos toda a massa dos outros corpos que orbitam o Sol teríamos a mesma massa de Júpiter. Chamado de gigante gasoso, este planeta foi formado com a maior parte dos restos materiais da formação do Sol.
Ele é visto com muitas manchas e nuvens coloridas, estas nuvens são compostas por amônia e, provavelmente outros elementos ainda desconhecidos que lhe provê a coloração. Ele completa uma volta em torno de si mesmo a cada 10 horas, ou seja, possui uma rotação extremamente rápida, o que cria fortes furacões por todo o planeta.
Por não ter uma superfície sólida que possa parar estes furacões, eles podem persistir por anos. A Grande Mancha Vermelha já está sendo observada a mais de 300 anos, ela possui duas vezes o tamanho da Terra. Mais recentemente, três furacões menores se fundiram e formaram a Pequena Mancha Vermelha, com a metade do tamanho da maior. Os cientistas ainda não sabem se estes furacões espalhados pelo planeta são apenas superficiais ou se se estendem até o interior dele.
A composição atmosférica de Júpiter é similar à do Sol, ou seja, contem principalmente hidrogênio e hélio. Com a pressão e temperatura elevada mais abaixo da superfície o gás hidrogênio se torna liquido. Júpiter pode ter o maior oceano do Sistema Solar. Ainda mais abaixo, a pressão pode ser tão alta que os elétrons seriam arrancados do átomo de hidrogênio, formando um condutor elétrico líquido. Os cientistas acreditam que é isto que causa a rápida rotação do planeta e que forma o poderoso campo magnético dele. A magnetosfera jupiteriana é a região do espaço que é influenciada por este forte campo magnético. Ainda não se sabe se no centro há material sólido.
Júpiter forma um mini sistema solar, ele possui 4 grandes luas e diversas outras menores. As luas que são descobertas são, primeiramente chamadas de “luas temporárias”, depois de confirmada a sua órbita, entram para a grande contagem de luas do planeta. Excluindo estas temporárias, Júpiter possui 50 luas ao todo.
As quatro maiores – Io, Europa, Ganymede e Callisto – foram descobertas por Galileu em 1610. Hoje elas são conhecidas como os Satélitas Galileanos e com a missão Galileu da NASA descobriu-se que: Io é o corpo do Sistema Solar mais ativo vulcanicamente; Ganymede é a maior lua do Sistema Solar e é a única que possui seu próprio campo magnético; e Europa pode possuir um oceano de água líquida com ingredientes para a vida sob a sua crosta congelada.
Em 2011, a nave espacial Juno foi lançada pela NASA. Ela está prevista para entrar na órbita de Júpiter em julho deste ano. Esta sonda conduzirá uma aprofundada investigação sobre atmosfera, estrutura interior e magnetosfera do gigante gasoso para encontrar pistas da sua origem e evolução.
Referências:
Jupiter: In Depth. Disponível em: http://solarsystem.nasa.gov/planets/jupiter/indepth. Acesso em: 29 de fevereiro de 2016.
Confira o calendário astronômico de 2016. Disponível em: http://www.ebc.com.br/tecnologia/2015/12/calendario-astronomico-2016. Acesso em: 29 de fevereiro de 2016.
2016. Disponível em: http://exploradordosceus.blogspot.com.br/p/2016.html. Acesso em: 29 de fevereiro de 2016.
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