Por: Alaíne Gomes
Todos sabem que, no Brasil, existem muitos cães e gatos abandonados, vagando pelas ruas ou nos abrigos, que estão cada vez mais lotados. Algumas pessoas deixavam caixas cheias de filhotes na rua ou até mesmo cães adultos. É importante lembrar que cães e gatos abandonados normalmente não estão nos abrigos porque têm algum problema comportamental ou de saúde. A maioria dos casos de abandono é por irresponsabilidade dos antigos donos, que compraram ou pegaram um bichinho sem pensar nas consequências disso. Outro problema sério é quando os proprietários não castram seus animais de estimação e acabam aumentando ainda mais o número de animais abandonados.
Os vira-latas (grande maioria dos animais abandonados) são absolutamente dedicados a seus donos. Além de serem muito espertos, dificilmente ficam doentes (se forem bem cuidados, é claro), pois não tem propensão a doenças genéticas. Os animais adotados demonstram uma gratidão imensa pelas pessoas que os cuidam. Com cuidados, disciplina e carinho, é raríssimo ver um vira-lata, por exemplo, bravo ou com problemas de agressividade. Fator que torna a convivência com eles ainda mais amigável e divertida.
Agora, caro leitor, vou contar a minha experiência com a adoção responsável de um pet. No início de 2014 apareceu uma gata, toda machucada e desnutrida no meu quintal, nos deixávamos potinhos com comida e água espalhados, para ela poder se alimentar. Era totalmente arisca, mas como a aproximação foi gradativa, ela foi criando confiança conosco. Sempre dizemos que não fomos nós que adotamos ela, foi ela quem escolheu ficar e nos adotar. A gata (sim, seu nome era gata) conquistou um espaço no coração de todos os moradores da minha casa, nos ensinou que o amor pode ser expressado de tantas formas diferentes.
Ela teve uma última cria antes de ser castrada, onde ela teve complicações no parto e precisou de uma cesárea de emergência, para continuar viva. Se a Gata estivesse na rua, ela teria morrido durante o parto. Com o parto, descobrimos uma hérnia na barriga dela, ocasionada com algum tipo de agressão física que ela sofreu. Durante o tempo que ela passou conosco, ela viveu serena, sem se preocupar em caçar para comer, em passar frio ou tomar água contaminada para matar a cede. Ela faleceu no dia 15/11/16, mas durante esse período ela conseguiu abrir a nossa casa para a adoção ou lar temporário de outros animais.
Caro leitor, quando você decidir ter um animal de estimação, pense na possibilidade de adotar. Pense em como você se sentirá bem sabendo que deu um lar a um cão ou gato que, sem você, estaria pelas ruas, sem alimento, sem cuidado, sem carinho, correndo vários riscos, tanto em termos de saúde, quanto ficando exposto a crueldades de outras pessoas.
Referência:
A importância de adotar um animal abandonado. Disponível em: <http://www.olhosfelinoscaninos.com.br/posts/a-importancia-de-adotar-um-animal-abandonado.html>. Acesso em: 15 de novembro de 2016.