Segundo a Organização mundial de saúde (OMS), até 2020, a depressão será a segunda maior causa de morte por doença no mundo, ficando apenas atrás das doenças cardíacas.
Hoje a doença afeta mais de 322 milhões de pessoas no mundo, totalizando quase 5% da população mundial. No Brasil, 5,8% da população sofre com esse problema que afeta um total de 11,5 milhões de brasileiros. Segundo dados da OMS, o Brasil é o segundo país com maior prevalência de depressão do continente americano, ficando atrás apenas dos Estados Unidos.
“Estes números são um sinal de alerta para que todos os países repensem sua visão da saúde mental e tratem com a urgência que ela merece”, disse a diretora geral da OMS, Margaret Chan, em um comunicado na época da apresentação da pesquisa.
Depressão é muito mais que simples tristeza ou traços de melancolia, trata-se de um transtorno mental no qual o afetado demonstra tristeza permanente e perca da vontade de conviver em sociedade. A depressão pode provocar também falta de autoestima, sentimento de culpa, transtorno do sono ou de apetite, falta de concentração e cansaço constante.
O grande problema é que a maioria dos afetados, devido ao estigma associado à doença, acabam não admitindo que estão doentes, e com isso, não procurando ajuda. Nos países desenvolvidos, quase metade das pessoas com depressão não foi diagnosticada, portanto, não recebe o devido tratamento. Quando fala-se em nações menos desenvolvidas esse número é ainda mais alarmante, chegando a até 80% em alguns casos.
Fisiologicamente, a depressão é um desequilíbrio no cérebro, mas, ao contrário de outras doenças, ela não pode ser curada apenas com medicamentos, já que ela é uma combinação de fatores biológicos, psicológicos e sociais. Ou seja, sua qualidade de vida, seus relacionamentos e sua maneira de enfrentar o mundo, podem ser os gatilhos para a depressão aparecer.
O que deve ser lembrado sempre é que a depressão pode ter cura sim. E não existe apenas um, mas vários tipos de tratamentos. O mais indicado pelos especialistas é o uso de medicamentos em conjunto com a psicoterapia, além desse, existem os tratamentos realizados em hospitais e clínicas especializadas e também os tratamentos alternativos.
Algo interessante de ser mencionado é que o paciente também pode contribuir para sua melhora, a prática de exercícios físicos e a boa alimentação são muito importantes durante o tratamento, além é claro de evitar ao máximo situações de estresse e desgaste emocional.
Não existem maneiras certeiras de se prevenir contra a depressão, porém se ao primeiro sinal da doença, um profissional for solicitado, as chances de afastar essa enfermidade são altíssimas.
Quase 800.000 pessoas se suicidam por ano no mundo, o que equivale a um suicídio a cada quatro segundos e a relação com a depressão é clara. Estudos apontam que entre 70% e 80% das pessoas que acabam com a própria vida sofrem com transtornos mentais, principalmente a depressão.
Muitas pessoas não sabem que sofrem de depressão, pois não conseguem enxergar em si mesmos os sintomas característicos da doença. Portanto, se você conhece alguma pessoa que está tendo comportamentos típicos de alguém depressivo, converse com ela e sugira a procura médica. Quanto antes a doença for diagnostica, melhor!
Por: Allan Felipe Gaspareto Machado.
Referências:
FOLHA DE SÃO PAULO. Depressão, maior causa de incapacitação do mundo; Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/2017/03/1871343-depressao-e-a-maior-causa-de-incapacitacao-no-mundo-diz-oms.shtml>; Acessado em: 27 de março de 2018.
BEM ESTAR, G1. Depressão cresce no mundo segundo OMS; Disponível em: < https://g1.globo.com/bemestar/noticia/depressao-cresce-no-mundo-segundo-oms-brasil-tem-maior-prevalencia-da-america-latina.ghtml>; Acessado em: 27 de março de 2018.
MINUTO SAUDÁVEL. O que é depressão, causas, tipos, tratamentos e mais; Disponível em: < https://minutosaudavel.com.br/o-que-e-depressao-sintomas-tratamento-causas-tipos-e-mais/>; Acessado em: 27 de março de 2018.
Texto muito pertinente no contexto atual! Parabéns aos envolvidos, é muito interessante o fato de o blog englobar assuntos de questões sociais além do conteúdo científico.