Um grupo internacional, com a participação de pesquisadores vinculados à Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), conseguiu dar origem a um novo material fotocatalisador.
Eles conseguiram extrair de um minério de ferro comum, um material chamado Hemateno (Figura 01), que tem três átomos de espessura e propriedades fotocatalíticas incomuns.
“O material que sintetizamos pode ser usado para dividir a água em hidrogênio e oxigênio permitindo assim a geração de energia elétrica a partir de hidrogênio, por exemplo, além de ter diversas outras aplicações”, disse Douglas Soares Galvão, pesquisador do CECC e um dos autores do estudo. [1]
Para um material ser um eficiente fotocatalisador, ele deve absorver a parte visível da luz solar, por exemplo, gerar cargas elétricas e transportá-las à superfície do material de modo a realizar a reação desejada. [1]
A hematita, material do qual o hemateno foi extraído, absorve a luz do sol da região ultravioleta à amarelo-alaranjada, mas as cargas produzidas se extinguem antes de chegarem a superfície.
Já a fotocatálise do hemateno é mais eficiente, uma vez que os fótons geram cargas negativas e positivas dentro de poucos átomos da superfície, compararam os pesquisadores. E, ao emparelhar o novo material com matrizes de nanotubos de dióxido de titânio – que fornecem um caminho fácil para os elétrons deixarem o hemateno –, eles descobriram que poderiam permitir que mais luz visível fosse absorvida. [2]
Referências: