A floresta de uma árvore

Por: Matheus H. Przygocki

            Existe uma confusão comum quanto qual é o maior ser vivo da terra, sendo comum receber como resposta, a baleia-azul, com aproximadamente 180 toneladas, um animal gigantesco, de fato, mas longe de ser o maior ser vivo.

            Pando é uma espécie de árvore, localizada em Utah nos Estados Unidos, que é conjunto de uma colônia de clones originados de um único macho de àlamo-trémulo, ligado a um sistema de raízes. Estas raízes ocupam 43 hectares, com aproximadamente 47 mil troncos ligados a ela, pesando juntos mais de 6 mil toneladas (aproximadamente 34 baleias-azuis).

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          A reprodução desta espécie funciona de forma assexuada, ou seja, não é necessária a contribuição genética de um parceiro. Quando a espécie Pando sente condições favoráveis para procriação, as raízes se estendem e forçam um clone a ascender do solo e a crescer junto com o restante da espécie, compartilhando a raiz com toda a colônia.

            Os clones da superfície eventualmente morrem, mas suas raízes subterrâneas permanecem e geram outros clones no lugar.

             Pesquisadores estimam que esta espécie Pando floresceu há 80 mil anos, tornando ela não só o maior ser vivo mas também o mais velho, tão velho que sobreviveu a uma era glacial. Seus caules são estimados pelos anéis de casca a viver em média 130 anos cada um e terem alturas de até 20 metros.

            A incrível propriedade regenerativa desta espécie as torna resiliente a incêndios florestais, independente de quão severos sejam não prejudicam esta espécie, até pelo contrário, por mais anti-intuitivo que pareça os incêndios florestais  acabam facilitando novos caules a florescer, pois matam outras espécies que bloqueavam o sol a chegar até o chão da floresta.

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              Referências:

“Pando: The One Tree Forest”; Disponível em: <http://www.mostlyodd.com/pando-the-one-tree-forest/>. Acesso em 5 de setembro de 2016

“Quaking Aspen”; Disponível em: <https://www.nps.gov/brca/learn/nature/quakingaspen.htm>. Acesso em 5 de setembro de 2016


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