Atividades em 2015

Título: Variedades da Experiência Científica

Autor: Carl Sagan

Ano da edição: 2008

Categoria: Ficção, Matemática, Ciência

Resenha:

            Variedades da Experiência Científica é uma obra póstuma, editada pela esposa de Carl, Ann Druyan. Ann transcreveu uma série de palestras dadas por Carl na Universidade de Glasgow, na Escócia em um evento conhecido como Palestras Gifford, onde se discutia teologia natural. Dez anos após sua morte “Variedades da Experiência Científica: Uma visão pessoal na busca por Deus” foi lançado, em 2006, como uma série das palestras realizadas em 1985, onde o astrofísico discute a existência de Deus, expõe suas esperanças de encontrar vida inteligente em outros planetas e manifesta o desejo de que a religião seja usada para melhorar a vida do ser humano.

            Mais de vinte anos antes do atual movimento ateísta, o astrofísico Carl Sagan questionava a visão tradicional de Deus num tom bem-humorado, de sólidas bases científicas. A relevância do tema na atualidade, marcada pelo extremismo religioso, fez com que sua viúva e colaboradora Ann Druyan recuperasse as transcrições perdidas das conferências e as transformasse em livro.

            Mesmo refutando a visão de Deus como um “homem grande de barbas brancas e compridas sentado num trono no céu e controlando o vôo de cada andorinha”, Sagan não descarta a existência de alguma forma de inteligência superior, e abre uma detalhada discussão sobre a inteligência extraterrestre. Ao contrário dos líderes do movimento ateísta, Sagan não menospreza toda e qualquer forma de religião. Para ele, as religiões podem desempenhar o útil papel de orientar o comportamento humano. O que critica é o fato de elas fazerem afirmações sobre ciência sem usar o método científico do ceticismo e da autocorreção.

            Sagan apesar de não afirmar a inexistência de Deus, mostra neste livro que a busca por ele, através de argumentos factuais e desconsiderando as sedutoras superstições, é uma missão impossível. Para chegarmos a conclusões convincentes, devemos nos desfazer de antigos ensinamentos, encarar a situação com a mente limpa e aberta e se precaver dos equívocos provocados por ela.

Apresentador e autor da resenha: Nicole Moura

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Título: Filhos brilhantes, alunos fascinantes

Autor: Augusto Curry

Ano da edição: 2007

Categoria: Ensino

Resenha:

         O livro retrata a história de um professor de física ao chegar em uma escola que estava um caos, diante disto ela leva o nome de escola dos pesadelos. Este professor chama-se Romanov sendo ele muito sábio sabe reconhecer que seu trabalho não iria ser fácil, que a geração atual quer tudo muito rápido, sem busca, sem batalha. Entende que em sua maioria os adolescentes não sabem reunir disciplinas com sonhos, tornando-se assim frustrados por não conseguirem o sonho ou servos da disciplina por não terem o que sonhar. Sabe que irá precisar lidar com pessoas desprotegidas emocionalmente, derrotados pelos padrões de beleza, perdas, ou ainda notas ruins na escola. Romanov a partir de todas estes pontos negativos tenta elaborar algo para melhorar, e transformar tudo em coisas positivas. No primeiro dia na escola o professor de física percebeu que os alunos eram agitados e não tinham respeitos, os professores estavam com medo e alguns até criaram traumas, enquanto que Romanov passou a visão de ser uma pessoa calma e sabia. Ainda no primeiro dia de aula um dos alunos, apelidado de Gigante, colocou o lixo para que o professor caísse. O pobre professor caiu de cara no chão. Porém, algo surpreendeu a todos, pois ao contrário que muitos pensavam, ele ficou no mais puro silêncio. Depois perguntou quem havia feito aquilo e o jovem Gigante, se identificou. Romanov perguntou-lhe:- Filho, quem agride os outros é fraco ou forte? Ninguém soube responder. O professor utilizava o mesmo método de Sócrates, por meio de diálogos e perguntas. Surpreendia a todos e fazia-lhes pensar. Disse que quem agredia era fraco, mas acreditava no potencial de Gigante. Diante deste primeiro episódio lidou com muitas outras situações buscando sempre acalmar seus alunos e lhes mostrar que são capazes de coisas maiores, com sabedoria. O professor sempre começava suas aulas de física normais, mas sempre que podia tentava transformar algo nos conteúdos mostrando a singularidade de cada um. Outras didáticas também eram aplicadas por ele, como por exemplo sentar em círculos e ao som de músicas clássicas contar histórias para seus alunos, todas com morais reais as quais os alunos precisavam. E assim, a cada capítulo, o livro nos traz várias experiências e aprendizados diferentes, que ocorrem em nossa vida, sendo relatados todos os episódios em uma linguagem fácil e bem estruturada. Ao passar do tempo, ele foi conquistando e influenciando seus alunos. Tinha como objetivo tranquilizar a escola, na qual era uma missão quase impossível, pelo ponto de vista dos professores. Mas os próprios professores ficaram admirados com a transformação que Romanov fez no colégio. Ao fim do livro o leitor percebe que os filhos brilhantes e os alunos fascinantes não são aquele mais bem comportados e sem falhas, mas sim aqueles que aprendem a desenvolver consciência crítica e que trabalham nos seus erros.

Apresentador e autor da resenha: Gabriele Chomen

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Título: Pensamentos – Epicuro : textos selecionados

Autor: Martin Claret

Ano da edição: 2005

Categoria: Filosofia

Resenha:

            O livro pensamentos do filósofo Epicuro reúne os principais textos que sintetizam a filosofia epicuréia. Há também no livro diversos textos complementares com o intuito de contextualizar o leitor a respeito da vida do filósofo bem como as condições socioeconômicas da região e do período em que Epicuro viveu.

            O livro contribui para desmistificar a ideia de que a filosofia epicurista visa somente o prazer sem pensar nas consequências. Através da tradução das cartas que Epicuro escreveu para seus amigos, torna-se claro que a verdadeira essência da filosofia epicurista reside em uma existência com ausência de dores físicas e total tranquilidade da alma: “ O epicureu não tenta agarrar todo e qualquer prazer, e nunca um que seja trivial ou vulgar. Não tiramos o verdadeiro prazer, aquele que é digno de ser alcançado, de festins e bebedeiras e nem do gozo promíscuo de aventuras amorosas (…) Nós não necessitamos desses falsos prazeres e desses bens ilusórios, cujo valor aparente é apenas uma vã quimera; pois a nossa natureza contenta-se perfeitamente com possessões singelas.” – Trecho extraído do livro. A filosofia epicurista também defende que não temos motivos para temer a morte e aos deuses, situação que era comum na Grécia do século IV a.C.

           O livro também contém cartas de Epicuro nas quais ele procura explicar os fundamentos do atomisto (Epicuro sempre apoiou demócrito em relação a existência dos átomos),o funcionamento de nossa percepção da realidade, o conceito de alma e também a origem da linguagem.

           Por fim, o livro traz vários aforismos nos quais Epicuro tentou resumir em poucas palavras sua filosofia e estilo de vida, que segundo ele, pode ser comparada a uma brilhante superfície marítima suavemente agitada

Apresentador e autor da resenha: Matheus Wesley Pretko

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Título: 17 Equações que Mudaram o Mundo

Autor: Ian Stewart

Ano da edição: 2013

Categoria: Ciências Exatas, Matemática, Divulgação Científica

Resenha:

            Partindo da geometria (Teorema de Pitágoras) até a economia (Equação de Black-Scholes), o livro “17 Equações que Mudaram o Mundo” apresenta algumas equações que são de grande importância para o mundo atual, mudando não só a tecnologia em determinadas épocas, mas a visão a respeito de temas específicos.

           A cada capítulo uma equação é abordada quase sempre por um apanhado histórico da época ou um fato interessante que nos pode ligar com o assunto principal. Apesar da carga de conceitos específicos que o livro apresenta a abordagem quase sempre é bem didática e proveitosa, não deixando a complexidade de certos temas tomarem as rédeas da leitura e torna-la cansativa.

         Os pontos mais fortes do livro são as discussões feitas no fim dos capítulos com temáticas sociais, científicas e filosóficas envolvendo as expressões matemáticas que tornam a leitura mais divertida e interessante e o mesclar da matemática com as demais áreas do conhecimento, principalmente com física.

          Diferente dos livros tradicionais pelos quais se estuda matemática e dos livros de divulgação científica comuns, “17 Equações que Mudaram o Mundo” trazem junto com o aprendizado uma forte dose de assuntos que despertam a curiosidade sendo um prato cheio pra quem gosta de matemática e suas áreas afins.

Apresentador e autor da resenha: Paulo Henrique Gonsalves

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Título: Farenheit 451

Autor: Ray Bradbury

Ano da edição: 1953

Categoria: Ficção Científica

Resenha:

           O livro escrito na década de 50 retratava uma história a partir da década de 90. A história conta um mundo onde as casas eram a prova de fogo. E a função dos bombeiros agora era queimar livros. A população era proibida de ter contato com livros, segundo o estado as pessoas ficavam infelizes lendo, pois os livros fariam a sociedade questionar.

           Fahrenheit 451 se divide em três partes. A primeira parte “A Lareira e a Salamandra”, onde Guy Montag, um bombeiro até então muito orgulhoso do que fazia, conheceu Clarisse. Sua vizinha, uma menina intrigante. Ela começou a mostrar um mundo diferente para ele, o fez observar coisas simples como a natureza, e perceber que as pessoas dessa sociedade eram fúteis e infelizes, passavam o dia todo assistindo TV e escutando a rádioconcha, elas não se importavam com sentimentos e relações. Inclusive sua própria esposa Mildred, que se preocupava em manter as aparências, e todas as noites se dopava com remédios para dormir. Com isso ele começou a questionar sua profissão, e pensar se os livros realmente eram tão ruins como diziam. Num certo dia ele se deu conta que não via Clarisse à algum tempo, e então ficou sabendo que ela e sua família foram assassinados pelo estado, pois eles eram felizes e questionadores e poderia causar problemas. Montag ficou terrivelmente chocado com a morte de Clarisse, e quanto mais o tempo passava, mais percebia o quanto sua vida era infeliz e mais pensava nos livros. Decidiu então começar a rouba-los a cada casa que iam queimar, pois só iria ter certeza de que eles não prestavam se ao menos tivesse a oportunidade de ler alguns. Porém seu chefe descobriu, por um tempo ele tentou com conversas suspeitas e indiretas a convence-lo a respeito dos livros, mas de nada adiantou. Então mandou que em 24 horas devolvesse um livro que roubou. Montag não sabia o que fazer, pois aparentemente ele sabia apenas de um, e qual deles seria? E se ele devolvesse o errado?

            Começa a segunda parte “A peneira e a Areia” no mesmo dia ele procura um velho professor, o Sr. Faber, com a intensão de entender o que os livros queriam dizer. Ficou muito amigo dele, conversaram durante horas, Faber mostrou muitas coisas a Montag. Por fim criaram um plano para tentar acabar com os Bombeiros. Após voltar pra casa, sua esposa recebe a visita de duas amigas, e ele prestando atenção na conversa entre elas, nas barbaridades em que diziam, como por exemplo, o que contava a Sra. Phelps “… meus filhos ficam na escola nove dias seguidos e depois eles tem um dia de folga. Eu os aguento três dias em casa por mês, não é nada de mais…”. Até que ele explodiu, tirou um livro do esconderijo e recitou uma poesia para as Sras, em seguida as expulsou de casa, praticamente colocou tudo a perder. No dia seguinte foi trabalhar e pronto pra iniciar o plano, devolvendo um dos livros como mandou seu chefe, Sr. Beatty, sem nem olhar para a capa apenas o joga no incinerador. Convidou Montag a sentar-se a mesa com outros para jogar baralho, e começou o seu longo discurso sobre os livros, recitou vários, e tentou mostrar o quanto eram contraditórios o deixando muito nervoso. Até que recebem o alarme de um novo endereço para ser queimado, Beatty fez questão que dessa vez Montag fizesse parte. Ao chegar ao tal endereço Montag se deu conta que se tratava de sua própria casa, em seguida viu sua esposa sair em direção a um taxi, então percebeu que ela mesma tinha feito a denúncia.

            Inicia então terceira parte “O brilho Incendiário”, Beatty o chefe, obriga Montag a queimar sua própria residência, depois de feito tenta arrancar o capsula que estava em seu ouvido, onde mantinha contato com Faber, pois já tinha desconfiado de algo. Consegue pegar a cápsula e escuta Faber chamando o amigo sem estar entendendo nada, então Beatty ameaça rastreá-lo e mata-lo deixando Montag com muita raiva, ele ainda estava com o lança chamas na mão, e o dispara contra Beatty, queimando-o vivo. Em seguida dispara alguns golpes nos outros bombeiros que estavam em estado de choque apenas observando, desmaiando-os. Nesse momento o país entra em Guerra. Ele foge para casa de Faber, onde descobre que o Sabujo Mecânico foi colocado para farejá-lo, então Faber o manda seguir a linha do trem até chegar onde outros professores estão escondidos, e dali duas semanas o encontrar em outra cidade. O ex bombeiro segue em disparada e consegue despistar sabujo, até que encontra um grupo de homens em torno de uma fogueira no meio da mata para esquentar, e ele ficou olhando a cena, onde pela primeira vez viu o fogo sendo usado para outra coisa que não fosse queimar. Os professores já estavam a sua espera, onde começam a conversar e falar sobre livros. Mostraram pra ele que a missão deles é ler os livros, e depois eles mesmos os queimam, tudo fica armazenado na memória, para que um dia quando tudo acabasse eles pudessem reescrevê-los, nesse momento uma bomba arrasa a cidade que já estava a alguns quilômetros. Ficam chocados, passaram a noite por ali. Ao amanhecer seguem seus destinos e para Montag, um recomeço.

Apresentador e autor da resenha: Layara Baltokoski Boch

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Título: O Menino do pijama listrado

Autor: John Boyne

Ano da edição: 2007

Categoria: Romance

Resenha:

            O livro conta a história de um garoto chamado Bruno que tinha 10 anos, filho de um oficial do exército alemão. Morava com seus pais e sua irmã em Berlim, até o dia que seu pai recebeu uma proposta de emprego irrecusável, que faria com que toda sua família mudasse para um lugar chamado Haja Vista. Quando soube da notícia Bruno foi contrário a ideia, pois acabaria perdendo contato com seus amigos, porém ele teve que aceitar a decisão de seus pais.

            Quando chegaram a Haja Vista, o que mais chamou atenção em Bruno era uma cerca enorme que dividia sua família de um monte de pessoas muito curiosas, que sempre estavam de pijama listrado. Perguntou a sua irmã quem eram aquelas pessoas, mas nem mesmo ela sabia a resposta.

            Depois de vários meses sentindo-se sozinho, Bruno decidiu explorar as redondezas, e seguiu por um longo caminho ao lado da cerca. Depois de algumas horas de caminhada encontrou um garoto, pequeno, magro, com a cabeça raspada, sentado no chão do outro lado da cerca, ele usava um pijama listrado. Seu nome era Shmuel e coincidentemente tinha nascido no mesmo dia de Bruno. Tornaram-se amigos e Bruno deixou de sentir-se tão sozinho, pois ia todos os dias ao mesmo lugar conversar com o menino do pijama listrado.

          Bruno não contou a ninguém de seu novo amigo, pois tinha medo que os pais o repreendessem e não o deixassem mais sair.

           Todos os dias quando ia conversar com seu amigo, Bruno percebia que Shmuel estava cada vez mais magro, então levava comida para o amigo.

           Meses depois a mãe de Bruno encontrou piolhos na cabeça dele e de sua irmã, e acabou raspando a cabeça do menino, ele achou engraçado pois agora estava parecido com seu amigo secreto.

            Alguns tempos depois, Shmuel estava muito triste, pois não encontrava mais seu pai, então Bruno resolveu ajudá-lo a procurar, isso aconteceu bem quando sua mãe havia convencido seu pai a deixar ela e seus filhos voltarem para Berlim, foi então, no ultimo dia em Haja Vista, que Bruno decidiu cruzar a cerca e ajudar seu amigo a procurar o pai. Shmuel trouxe um pijama igual o seu para o amigo, e os dois ficaram muito parecidos. Bruno atravessou por baixo da cerca e partiram em sua ultima aventura juntos. Em quanto procuravam o pai de Shmuel, os dois se misturaram com um grupo de homens que foi levado a um quarto escuro, onde os dois garotos morreram. As roupas deixadas por Bruno perto da cerca só foram encontradas meses depois.

Apresentador e autor da resenha: Diana Maria Navroski Thomen

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Título: Nas fronteiras da intolerância: Einstein, Hitler, a Bomba e o FBI.

Autor: Ronaldo Rogério de Freitas Mourão

Ano da edição: 2007

Categoria: História e Geografia

Resenha:

            Durante toda a sua vida Einstein foi um pacifista e intolerante a qualquer tipo de racismo, portanto antes que Hitler e os nazistas assumissem o poder na Alemanha em 1933, este viu-se obrigado a se exilar do país.

            Este livro é divido em três partes e estas em vários tópicos que vão desde a perseguição que Einstein sofreu na Alemanha e nos Estados Unidos e seu envolvimento com o Projeto Manhattan até as consequências que o lançamento de duas bombas atômicas sobre o Japão causaram na guerra e no mundo.

           Ele inicia mostrando como as ciências, principalmente a física teórica, foram drasticamente afetadas com a ascensão do nazismo, o país que antes era considerado o maior centro da física agora via quase todos os teóricos “abandonarem” suas cadeiras nas universidades pois, coincidentemente, a grande maioria dos físicos teóricos eram judeus.

         Um deles foi Albert Einstein. Este foi perseguido na Alemanha enquanto o antissemitismo estava nascendo e crescendo entre a população e depois foi perseguido também nos Estados Unidos. Logo no que chegou ao país, em 1932 uma associação denominada Woman Patriot Corporation enviou uma carta ao Departamento de Estado dizendo que a entrada de Einstein não deveria ser permitida pois, de acordo com o grupo, o posicionamento dele contra a guerra e sua visão internacionalista seria o mesmo que à “aberta identificação com o comunismo e com as organizações e grupos anarco-comunistas”. Sua entrada foi autorizada, no entanto o FBI monitorava todos os seus passos.

          Outro judeu que fugindo da Alemanha se instalou nos Estados Unidos foi o físico húngaro Leo Szilard. Hoje reconhecido como o verdadeiro pai da bomba atômica, foi ele quem descobriu a reação em cadeia e, em 1939, concluiu que o urânio seria o elemento capaz de manter este tipo de reação. Foi também Szilard quem convenceu Einstein da necessidade de os Estados Unidos criar armas nucleares antes dos nazistas para evitar que algo pior acontecesse. Sendo assim em 11 de outubro de 1939 uma carta assinada por Einstein é entregada ao presidente Roosevelt solicitando urgentemente a criação de um programa de armas nucleares. Neste momento nasce o Projeto Manhattan.

         A execução do Projeto durou dois anos até sua conclusão e contou com grandes nomes da física, como Niels Bohr, Enrico Fermi e Robert Oppenheimer. Einstein não foi autorizado pelo chefe do FBI J. Edgar Hoover, a participar, pois este o considerava um perigo à segurança nacional, já que com sua grande influência poderia fazer com que os outros cientistas se voltassem contra o programa. Durante esses dois anos duas bombas atômicas foram produzidas, uma de Urânio 235 (chamada Little boy) e outra de Plutônio (chamada Fat man). A primeira foi lançada sobre Hiroshima às oito horas e quinze minutos do dia 6 de agosto de 1945, provocando a morte de mais de 100 mil civis e, embora o número de sobreviventes tenha sido superior a 300 mil, estes apresentaram mais tarde os efeitos decorrentes de doenças causadas pela exposição à radiação. Três dias depois às onze horas e dois minutos a segunda bomba foi lançada sobre Nagasaki, a explosão de oito quilos de Plutônio equivaleu a 22 mil toneladas de explosivos e provocou a morte de 70 mil civis.

         Leo Szilard decepcionou-se com o fim que suas pesquisas tiveram então, depois de 1945 decidiu dedicar-se à biologia molecular e passou os últimos anos de sua vida como membro do Salk Institute em San Diego e à Albert Einstein restou o sentimento de culpa. Quatro meses depois do fim da Segunda Guerra Mundial, em um jantar comemorativo da entrega do prêmio Nobel, ele afirmou:

            “Aos povos do mundo foi prometido libertá-los do medo, mas […] o medo entre as nações tem aumentado enormemente desde o fim da guerra. Ao mundo foi prometido liberá-lo da miséria; mas, enquanto uma vasta área do mundo enfrenta a fome, outros vivem na opulência. Às nações do mundo foram prometidas as liberdades e as justiças; mas até agora nós só temos testemunhado o espetáculo desolador dos exércitos […] abrindo fogo contra os povos que lutam por independência política e igualdade social[…]. A guerra foi ganha, mas não a paz.”

Apresentador e autor da resenha: Bárbara de Almeida S.

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Título: Criação Imperfeita

Autor: Marcelo Gleiser

Ano da edição: 2010

Categoria: Divulgação Científica

Resenha:

            Por milênios, as pessoas tentam dar sentido à nossa existência, sugerindo que há algo que nos une ao resto do Universo. Existem diversas representações divinas deste “algo”, buscada por pessoas dentro de igrejas, mosteiros, sinagogas, etc.

           Surpreendentemente, isso acontece também no meio científico. Vemos uma busca incessante por parte dos cientistas por uma “Teoria de Tudo”, que uniria, em uma única estrutura, todas as leis da Física. Porém, apesar do esforço de diversas mentes brilhantes, ainda não se chegou a essa Teoria.

           Neste livro, Gleiser tenta mostrar que uma teoria da unificação não pode ser alcançada da forma como ela tem sido buscada: uma teoria que não dependa de nada além dela mesmo.

           Ele começa seu raciocínio falando sobre a origem de tudo o que existe – a Primeira Causa. Essa Primeira Causa, é algo que existe por si só, sem algo que a precede.

            A religião usa deuses para fazer esse papel. Como eles não obedecem às leis da Física, essa estratégia funciona bem. Porém, para o autor, “Essa busca, mesmo que nobre, já nos iludiu por tempo demais. Precisamos de um novo começo, de uma nova busca.”

           Teorias modernas buscam substituir os deuses por entidades que possuem um embasamento científico. Porém, para Gleiser, elas são tão falhas quanto as tentativas religiosas, já que todas essas tentativas precisam ser formuladas de acordo com as leis da Física, ou seja, ela não são, de fato, uma Primeira Causa, visto que as leis da Física devem antecede-las.

           A partir daí, ele começa a tratar de várias questões de assimetria no nosso Universo, mostrando que ele não é tão bonito quanto se acha atualmente. São as assimetrias as responsáveis por algumas das propriedades mais básicas da Natureza. Toda transformação que ocorre no mundo natural é resultado de algum tipo de desequilíbrio. Como exemplo, o autor fala da origem da matéria, origem da vida, da formação de átomos, entre outros.

            Por fim, Marcelo Gleiser propõe uma nova forma de enxergar o mundo, aceitando suas imperfeições e assimetrias.

Apresentador e autor da resenha: Alex da Silva Moraes

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Título: O Mundo Assombrado por Demônios

Autor: Carl Sagan

Ano da edição: 1996

Categoria: Ficção, Matemática, Ciência

Resenha:

            No livro Sagan aborda de forma cética inúmeros fenômenos considerados fantásticos e sobrenaturais, esclarecendo e explicando o ponto de vista da ciência. O autor alerta para as explicações supersticiosas que são aceitas por pessoas facilmente sugestionáveis. A “celebração da ignorância” pela mídia coincide com a contraditória dependência, cada vez maior, da tecnologia combinada à incompreensão da própria ciência e dessa mesma tecnologia.

            O livro trata dos equívocos científicos cometidos pelas religiões e pelas pseudociências. Não se deve confundir pseudociência com ciência errônea, pois “a ciência prospera com seus erros, eliminando- os um a um”.

           Muitos dos erros cometidos pelo senso comum se devem ao fato de que nossas percepções são falíveis. O método científico dá alguma garantia de que não estamos sendo vítimas de ilusão ou da sedução do nosso desejo. Assim, Sagan afirma que “o método da ciência é muito mais importante do que as descobertas dela”.

        Sagan ainda oferece explicações científicas para fenômenos aparentemente fantásticos, tais como o das supostas silhuetas humanas identificadas na Lua e em Marte.

         As imperfeições cognitivas, que muitas das vezes nos induzem a ver o inexistente, se devem, em parte, à necessidade do ser humano de buscar padrões. O autor adverte que “nós, humanos, temos um talento para nos enganar”.

          É preciso distinguir entre visões verdadeiras e falsas. É importante entender que a imaginação e a memória muitas vezes se confundem. Sagan então contextualiza que nenhuma afirmação assombrosa deve nos impedir de buscar as evidências que possam comprovar ou negar algo. A ciência não se baseia em assombros, mas em evidências. O livro aborda inúmeras outras questões tentando mostrar como as diversas pseudociências não resistem a uma análise mais apurada.

         O demônio que nos assombra é a própria falha humana e, para Sagan, precisamos nos munir com um “kit de detecção de mentiras” para evitar cair em truques. A ciência, o pensamento crítico e o conhecimento são fundamentais para não vivermos uma nova caça às bruxas.

Apresentador e autor da resenha: Nicole Moura

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Título: O Símbolo Perdido

Autor: Dan Brown

Ano da edição: 1945

Categoria:

Resenha:

      Os segredos de “O Símbolo Perdido”: O guia nao autorizado e definitivo de Dan Brown.

           Os segredos de “O Símbolo Perdido”: O guia nao autorizado e definitivo de Dan Brown procura esclarecer o que é fato e o que é ficção, os enigmas, charadas e ideias encontrados em O Símbolo Perdido, que conta a historia do professor e simbologista Robert Langdon que foi chamado por seu amigo Peter Solomon – eminente maçom e filantropo – para dar uma palestra no Capitólio em Washington, capital americana que é onde se passa a história. Ao chegar la descobre que não havia palestra e que seu amigo, Peter, estava correndo risco de vida sendo aquilo uma forma de atrai-lo ate la para iniciar uma busca por um antigo portal místico escondido há muito tempo pela Maçonaria, que tornaria possível a Apoteose( transformação do homem em Deus).

             Mal’akh, o sequestrador, acredita que somente o professor Langdon seria capaz de localizar o segredo da Pirâmide Maçônica, e com isso o professor se vê forçado a colaborar com Mal’akh.

            Vendo que essa é a única chance de salvar Solomon, Langdon vai aos principais pontos da capital americana: O Capitólio, a Biblioteca do Congresso, a Catedral Nacional e o Centro de Apoio dos Museus Smithsonian. Foi nesse momento que o professor recebe a ajuda de Katherine Solomon, irmã de Peter e pesquisadora de uma nova ciência, a ciência noética, que investiga o poder da mente humana sobre o mundo físico.

            Nos últimos dias de verão de 2009, Dan Burstein que é considerado o maior especialista do mundo na ficção de Dan Brown, se depara com seu kindle que ganha vida, silenciosa e discretamente ao baixar a nova novela de Dan Brown, o Símbolo Perdido, que ele ja o esperava por mais de cinco anos.

            Certa noite Dan Burstein se depara com O Código da Vinci e, fascinado com seu conteúdo, nao consegue mais parar de ler o livro. Ao ler a afirmação provocativa de que havia uma mulher era Maria Madalena, Dan Burstein pula da cama e começa e começa a procurar or todos os livros de arte das prateleiras de sua biblioteca para examinar o quadro. Mesmo ja tendo olhado por centenas de vezes, se surpreende ao ver que sim, parecia ser uma mulher sentada ao lado de Jesus!

            Pela manha, quando terminou de ler o livro, estava se sentindo desafiado e queria saber o que era verdade e o que não era, foi entao que junto de seu parceiro Arne de Keijzer decidem decifrar o que havia por trás de O Código da Vinci.

            Ao começarem esta longa jornada se deparam com vários enigmas e ao tentar irem atrás de respostas acabam percorrendo caminhos, que mesmo sem querer ou ate mesmo querendo, os levam ao conteúdo dos próximos livros de Dan Brown e entao seguem com o mesmo desafio, esclarecer os segredos por de trás de cada um, criando outros títulos para a série dos Segredos, incluindo um guia para Anjos e Demonios, que parece ser um esboço, segundo o autor para o Código da Vinci e para o qual Dan Brown cria o personagem de Robert Langdon(protagonista), um guia para o filho da viúva, onde nas orelhas da capa de O Código da Vinci haviam letras aleatórias, onde ao serem reunidas formavam a pergunta” Nao ha esperança para o filho da viúva?” que logo mais tarde eles puderam perceber que era uma mensagem codificada bastante importante na historia da maçonaria, que durante os últimos séculos, tem sido um chamado angustiado para alguém que precisa de seus irmãos maçons.

Apresentador e autor da resenha: Bruna Alves

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Título: O Pálido Ponto Azul

Autor: Carl Sagan

Ano da edição: 1996

Categoria: Divulgação Científica

Resenha:

            Logo na introdução Sagan faz uma analogia de nos, seres humanos sermos como planetas (que vem do grego errante). No sentido de sermos errantes, não na forma de vivermos como nômades- constantemente em mudança-, mas sim com o pensamento de que se algo como uma catástrofe acontecer iremos buscar por novas terras, até que a adaptação ocorra novamente. E o livro gira em torno do tema outros mundos, o que nos espera neles, o que eles nos dizem sobre nós mesmos e – dados os problemas urgentes que nossa espécie enfrenta no momento – se faz sentido partir. Deveríamos resolver esses problemas primeiro? Ou serão eles um razão a mais para partir?

            Os primeiros capítulos fazem menção ao fato do nosso planeta ser um mero ponto azul em nosso Sistema Solar, e mais adiante apenas um ponto qualquer, sem distinção alguma maior. Coloca as pessoas como menores ainda, de forma que em uma foto tirada da Lua da Terra poderíamos observar nossos oceanos, mas jamais nós mesmo, mostrando nossa “insignificância”.

            Sagan explica muitos conceitos em seu livro começando quando denomina telescópios como maquinas do tempo, uma vez que o que vemos no céu atualmente pode já não estar lá. Abordando o fato de que se a Terra desaparecesse de alguma forma outros novos mundos muito distantes nada saberão da nossa existência. Focando mais uma vez, em nossa sorrateira importância em escalas de universo. Em seguida aponta também que não somos o centro do Sistema Solar, e mesmo tudo parecendo privilegiar os seres humanos estamos aqui mais por um acaso do que por posições de importância. Mostra que não temos nada de diferencial e que nos deixe superior, afirmando termos ótimas circunstancias para o contrários, sermos humildes. Sagan também explica a luz visível a nós, afirmando que o nós da Terra percebemos é o que nossos cérebros lêem no comprimento de onda da luz (poderíamos “ver tons sonoros “, mas não foi assim que evoluímos), que conforme são espalhadas é formada uma dispersão na atmosfera o que nos permite a visão de certas cores conforme acontecimentos. Sagan também explica o radar e sua grande importância, pois antes dele não se sabia muito de Vênus e agora cada sonda emite um sinal de radar para a superfície e recolhe o que ricocheteia novamente, constituindo lentamente o mapa pormenorizado de toda a superfície. Explica também que os buracos podem conter várias coisas, e que vulcões mais ainda, e que por expelir sua lava comprovam que o interior da Terra é extremamente quente.

            O livro esclarece várias curiosidades como por exemplo o nome dos dias levarem exatamente esses nomes porque derivam do nome dos planetas que por sua vez ganharam nomes de deuses, exemplificando temos Saturno que é o deus do templo e o dia de Saturno, que seria sábado.

            Sagan comenta orgulhosamente sobre as missões estrelares. Por ser um livro razoavelmente antigo ainda não havia acontecido a missão Cassinim está só ocorrerá em 1997 e o autor se mostra muito interessado. Também almejava que as grandes potencias se unem e formem uma estação espacial internacional, como hoje já existe a ISS.

            Há vários estudos e explicações sobre as Luas e os planetas, mas ao mesmo tempo há uma analogia com o que ainda não sabemos. Sagan ainda quer que Voyager saia do nosso Sistema Solar, e então explica que nela há um disco fonográfico descrevendo civilização humana. Ele também diz que já não há necessidade de um homem ir à lua, mas em sua primeira vez realmente foi um pequeno passo para o homem e um grande passo para humanidade.

            Nos próximos capítulos é mencionado que conforme o Universo é descoberto o ser humano aprende a se proteger mais, vendo ser tão difícil de haver outras Terras à fácil acesso, temos noção de que aqui (por enquanto) vem sendo nosso mundo e que devemos preservá-lo.

            Em seguida aborda-se o fato de haver riquezas em outros planetas e isto impulsionar novas aventuras aos mundos desconhecidos, levando em conta de que deveria ser viável. Aborda também o fato de violência intraestelar, quando ha colisão de elementos estelares, assim as missões maiores deverão ser providas de muita tecnologia e de humanos realmente dignos de coragem.

            Ao final do livro Sagan imagina o universo sendo povoado de uma maneira bem dinâmica, de modo que China povoaria Marte, os EUA Júpiter, e por ai o Universo iria sendo povoado. Este novo povoamento segundo Sagan denominara-se “terraformação”, de modo que mesmo não sendo o ideal para nós humanos morarmos, iríamos deixar ele do nosso modo. E assim ele começa a descrever um novo mundo, intercalando ciência com ficção cientifica.

            Também é abordado o SETI e vida extraterreste, para explicar que não existe uma que esteja no mesmo “nível” que nos da Terra, uma vez que estariam muito em nossa frente ou atrás. Sendo que enviamos muitos sinais de rádio e que se houvesse algo que compartilhasse de um tempo parecido conosco já nos achariam e vice-versa.

            Nos últimos capítulos o livro descreve que é a primeira vez que podemos ter a consciência que a vida Terra pode ser destruída, por nós mesmo. Por isso deveríamos criar a idea de deixar a Terra cada vez mais hostil para nós.

Apresentador e autor da resenha: Gabriele Chomen Costa

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Título: O Alquimista

Autor: Paulo Coelho

Ano da edição: 1988

Categoria:

Resenha:

            O alquimista conta a história de Santiago, um pastor da região de Andaluzia, Espanha. O pastor há muito tempo conduzia suas ovelhas por aquela região. Ele conhecia todos os trajetos possíveis que o levava as cidades, nas quais ele comercializava a lã de suas ovelhas. O pastor era apaixonado pela filha de um comerciante de uma cidade, e por vezes, imaginava-se casando com ela, e assumindo os negócios do sogro.

            Certa noite, enquanto dormia com suas ovelhas em uma igreja abandonada, teve um sonho: Havia um tesouro reservado para ele, este se encontrava no Egito, próximo as pirâmides. Santiago, que acredita em sinais, hesita em sair em busca do tesouro. Para ele, é muito mais fácil continuar com sua rotina, e quem sabe um dia, se tornar um comerciante. Porém, ele recebe mais sinais, e encontra várias pessoas que acabam por fazer com que ele tome coragem e deixe Andaluzia para buscar seu tesouro no Egito. Esta é sua Lenda pessoal, um termo muito utilizado por Paulo Coelho em seus livros para expressar a suposta missão que é dada a cada pessoa, seja por um ser superior ou por capricho do universo.

            As dificuldades são muitas: Ele não tem dinheiro, e nem fala a língua dos lugares pelos quais terá que passar. Para juntar uma quantia mínima de dinheiro, com muito pesar, vende suas ovelhas para dar início a sua viagem. Logo no início de sua jornada, encontra obstáculos pelos quais pensa que não será capaz de superar. Pensa até mesmo em desistir, voltar para Andaluzia, recuperar seu rebanho, e voltar a percorrer os mesmos caminhos de sempre. Porém, encontrar seu tesouro é sua Lenda pessoal, e as coisas, aos poucos, vão tomando rumos promissores para Santiago. As pessoas que Santiago vai conhecendo ao longo do caminho, bem como os sinais que recebe, influenciam-no positivamente a persistir em sua busca. Ele encontra mais obstáculos, mas ele aos poucos percebe que estes fazem parte da vida de todos que tem um sonho.

           A jornada de Santiago se estende por muito mais tempo do que ele planejava. Em determinado momento, ele conhece O alquimista. O qual se encarrega de conduzi-lo nos últimos trechos de sua viagem em direção às pirâmides. O alquimista acaba por se tornar mais um “mentor espiritual” do que um simples guia. Com ele, Santiago aprende mais sobre a Lenda pessoal, e a alma do mundo. No final da jornada, os conhecimentos que Santiago adquire com O alquimista, acabam por ser imprescindíveis para sua sobrevivência no deserto, e também para encontrar seu tesouro.

            O livro O alquimista já foi traduzido para mais de 70 línguas, tendo vendido mais de 30 milhões de cópias. A mensagem que o livro passa pode ser resumida por este trecho: Sempre antes de realizar um sonho, a Alma do Mundo resolve testar tudo aquilo que foi aprendido durante a caminhada. Ela faz isto não porque seja má, mas para que possamos, junto com o nosso sonho, conquistar também as lições que aprendemos seguindo em direção a ele.

Apresentador e autor da resenha: Matheus Pretko

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Título: Admirável Mundo Novo

Autor: Aldous Huxley

Ano da edição: 1932

Categoria: Romance

Resenha:

            Neste livro, a sociedade é controlada pelo estado cientifico, extremamente totalitário. O amor, família, relações particulares são proibidas e vistas como indecência. Os seres humanos eram criados em laboratório, em quantidades necessárias, e condicionados desde a fecundação de acordo com a sua posição (Casta) na sociedade, o sexo era estimulado desde a infância com os chamados brinquedos eróticos, e o lema era “todos são de todos”, era proibido ficar sozinho e quanto mais parceiros tinham mais bem vistos eram. Quando sentiam tristeza usavam uma droga chamada Soma, para a fuga da realidade e que não sentiam efeitos colaterais. Graças à ciência avançada não existiam pestes, doenças e as pessoas não envelheciam. A morte era vista como algo bonito, como não existia sentimentos não existia tristeza relacionada à morte.

            A história se passa em torno do personagem Bernard Marx. Ele pertencia à casta dos Alfa-Mais, a casta mais importante, onde os homens e mulheres são inteligentes, bonitos e de porte atlético. Porém Bernard não tinha tais características, seu corpo era delgado, franzino, os rumores diziam que houve um acidente quando ainda estava no bocal, alguém por engano pensou que fosse um Gama (uma casta inferior) e colocaram álcool no seu pseudosangue. Ele sentia-se deslocado perante sua casta, com dificuldades de relacionar-se porque as mulheres não demonstravam interesse por ele, e questionava alguns costumes que lhe eram impostos. Suas atitudes desagradavam os superiores, e estava quase sendo transferido para algum lugar isolado para não influenciar outras pessoas, até que um dia uma bela moça chamada Lenina aceitou seu convite para uma viagem, onde iriam conhecer a Reserva dos Selvagens.

Nesta Reserva ainda existiam alguns índios que mantinham os costumes antigos, casavam-se e tinham filhos. Durante a viagem eles conheceram uma mulher que se chamava Linda. Linda tinha pertencido a Civilização, era uma Beta e trabalhava na sala de fecundação, e mesmo fazendo os exercícios Malthusianos, para sua infelicidade acabou engravidando do Diretor de Incubação e Condicionamento, que tentou dar um “fim” em Linda para que não acabasse com a sua reputação, então foi acolhida pelos Selvagens. Seu filho John já era adulto, e como Bernard não conseguia se encaixar com o povo que convivia, ficava dividido entre os ensinamentos de sua mãe e dos Selvagens. Bernard levou-o para a Civilização, com o intuito de vingar-se de seus superiores e todos que zombavam dele. John teve dificuldades e criou muitos problemas, tentou mudar a sociedade, mostra-lhes que não eram livres, mas não foi suficiente para derrubar o estado cientifico que por sua vez mostra seu poder e seus argumentos, onde tudo que é feito é para o bem da humanidade, pois todas as falhas e problemas do passado não existiam mais.

Apresentador e autor da resenha: Layara Baltokoski Boch

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Título: A Revolução dos Bichos

Autor: George Orwell

Ano da edição: 1945

Categoria: Sátira e Ficção.

Resenha:

            O livro começa com a história de uma granja conhecida como Granja do Solar, onde os animais que ali viviam estavam em extrema insatisfação com os cuidados de dono com os animais e com a fazenda. Surge entre os bichos a ideia de uma revolução para se construir um novo lugar onde os humanos não pisariam e apenas os animais, trabalhando sem ser explorados, viveriam uma vida melhor.

            Logo após o acontecimento da revolução os animais entram em comum acordo para criar algumas regras que serviriam como base para a “nova” sociedade. Inicialmente as coisas ocorrem bem até que se chega a um ponto onde as opiniões divididas dos líderes da revolução colocam a posição de liderança de cada um em risco e isso força os líderes a tomarem usarem seus artifícios para ganhar apoio dos outros animais.

            A história tem em seu desenrolar, como ponto forte, a marcante personalidade de cada animal que retrata muito bem o que se encontra numa sociedade real (apesar de ser um livro razoavelmente antigo, é possível visualizar e interligar esse contexto com as sociedades atuais) e o texto recheado de ironias que descrevem um sistema que tem como base a igualdade e o bem estar de todos (e o seu fracasso).

            No decorrer da leitura se aprende muito sobre política e poder (tendo alguns personagens e situações semelhantes a revolução russa). É um livro de leitura rápida e que abre brechas para muitas interpretações, reflexões e ligações externas com outros fatores reais e da literatura.

Apresentador e autor da resenha: Paulo Henrique Gonsalves

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Título: 1984

Autor: George Orwell

Ano da edição: 1949

Categoria: Ficção utópica e distópica

Resenha:

          O livro narra à história de Winston Smith, homem de meia idade e membro do partido externo. Trabalhava como funcionário do Ministério da Verdade, onde reescrevia e alterava dados de acordo com os interesses do Partido. Os capítulos do livro podem ser divididos em três partes: A primeira parte relata como é a sociedade criada por George Orwell, uma sociedade inspirada na opressão dos regimes totalitários da década de 30 e 40. O mundo era dividido em três nações distintas: Oceania (onde Winston vivia), Eurásia e Lestásia, territórios que se mantinham em guerra uns contra os outros. Cada nação era governada pelo Partido, que era coordenado pelo Grande Irmão (Big Brother) e pelos membros do partido interno. O restante da população é dividia entre os membros do partido externo e a prole. Os membros do partido interno eram pessoas ricas e com benefícios, o partido externo não possuía benefícios, mas não era totalmente abandonado quanto à prole. O lema do partido é: Guerra é paz, liberdade é escravidão e Ignorância é força. O partido é representado pelos quatros ministérios, o da verdade responsável por tudo que é escrito seguindo a logica de que o partido é infalível e nunca errou. O ministério da paz responsável pela guerra, o mistério da fartura responsável pela economia e o ministério do amor responsável pela espionagem e controle da população. Como ferramenta de espionagem eram usadas as teletelas que observação todos os membros do partido a todo instante. A segunda parte do livro conta a revolução interna de Winston, pois ele não concordava com os ideais do partido. Winston conhece uma jovem chamada Julia e começa a ter encontros escondidos com ela, pois relacionamentos era extremamente proibido pelo partido. Comprar no mercado comum, usar qualquer tipo de adereço, ficar muito tempo sozinho ou andar nos bairros onde a prole vivia era proibido pelo partido. A terceira parte mostra o desfecho do livro, onde Orwell evidencia que a pratica totalitarista é eficiente em manter a ordem, pois as pessoas que eram pegas pelo ministério da verdade, ou sumiam e todas as evidências de sua existência eram apagadas (eram vaporizadas), ou eram torturadas e reeducadas para voltar à sociedade.

Apresentador e autor da resenha: Alaine Gomes

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Título: O universo numa casca de noz

Autor: Stephen Hawking

Ano da edição: 2001

Categoria:

Resenha:

            O livro escrito por Stephen Hawking fala sobre diversos temas ligados ao universo. Tem como propósito ser uma leitura de fácil entendimento até mesmo para leigos. O primeiro capítulo, que ter por título “uma breve história da relatividade”, fala um pouco da vida de Albert Einstein e a teoria da relatividade. O capítulo dois (“Forma do tempo”) aborda temas variados sobre o tempo em relação ao universo. Estes dois capítulos tem por intuito introduzir os temas para facilitar o entendimento dos próximos assuntos. O capítulo três (“O universo numa casca de noz”) fala sobre o entendimento do universo, abordando temas como o Big Bang, a expansão do universo e as possíveis dimensões existentes. O próximo capítulo (“Prevendo o futuro”) tenta explicar o que é um buraco negro, de onde surge e como age no universo. A partir do entendimento, o livro mostra como a perda de informação para o buraco negro reduz a nossa capacidade de prever o futuro e de saber o que acontece com as partículas que são “sugadas” por ele. O capítulo “Protegendo o passado” aborda temas como a viagem para o passado, e tem por conclusão que macroscopicamente é impossível viajar para o passado. Nele Hawking sugere que este tema não seja mais abordado pelos cientistas como chacota, e sim para que seja pensado e provado o porquê é impossível. O capítulo seis fala sobre a evolução dos seres humanos e compara com o filme “Jornada nas estrelas”. Fala também sobre uma evolução dos computadores e a possível vida inteligente em outro lugar no espaço. O ultimo capítulo (“Admirável mundo Brana”) fala sobre a teoria que o espaço é constituído de Branas. Nele Hawking tenta provar a teoria explicando a relação dela com os efeitos observados no universo.

Apresentador e autor da resenha: Diana Navroski

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Título: Paradoxo “os nove enigmas da ciência”.

Autor: Jim Al-Khalili

Ano da edição: 2012

Categoria:

Resenha:

            No livro paradoxo, são apresentados 9 problemas lógicos de fins científicos e 1 de probabilidade, esses indagaram os cientistas e filósofos da época, os mesmos apresentados de uma forma divertida e direcionado para leigos, como o próprio autor propõem. Estes problemas são encarados cientificamente e discutidos filosoficamente numa tentativa de solucioná-los, e por fim comparados com a realidade explorando possíveis aplicações.

            Então, sem mais delongas vamos aos problemas apresentados.

            De incio tem-se o paradoxo do programa de televisão que propõem um jogo de escolha onde são apresentadas 3 portas onde duas delas tem cabras e somente uma tem um carro. Então o apresentador pede para você escolher uma porta, “e você escolhe uma”, em seguida o apresentador abre uma porta mostrando uma cabra e te de a opção de você trocar de porta, você trocaria? Em questão de probabilidade as chances de escolher a porta correta é de 1 para 3, mas quando proposto uma segunda chance de escolha, onde só há duas portas, qual seria a probabilidade então de escolher a porta correta? A primeira vista, o leitor diria que a probabilidade de acerto é de 1 para 2, pois a escolha anterior não afetaria a nova escolha, um argumento de senso comum, mas na solução proposta, a probabilidade de escolha na primeira proposta é de 1 para 3 e o apresentador obviamente sabe onde está o carro, com isso, na segunda escolha, se mantermos a porta, as chances de ganhar são de 1 para 3, onde se trocar de porta, a nova probabilidade corresponderá a 2 para 3, mas por que 2 para 3? Deixo então, isso para o livro lhe responder.

            Agora saindo um pouco da logica probabilística, tem-se um dos paradoxos do famoso filosofo grego Zenão (por volta de 500 A.C., responsável pela construção de diversos paradoxos inclusive alguns deles englobam a mecânica quântica), o paradoxo do Aquiles e a tartaruga. Aquiles (mensageiro de Zeus) e a tartaruga resolvem apostar uma corrida para ver quem seria o mais veloz, obviamente Aquiles é mais veloz e num pensamento nobre, resolve dar a tartaruga uma vantagem nessa corrida, partindo de um ponto A a um ponto B, Aquiles deixa que a tartaruga percorra a metade do caminho, em seguida Aquiles resolve correr. Mas eis o problema que Aquiles não contava, quando o mesmo alcançasse a metade do caminho, a tartaruga se moveria mais um pouco por exemplo um ponto C, e quando Aquiles chegasse ao ponto C a tartaruga já teria chegado num ponto D, e assim se manteria na frente não importando o quão veloz é Aquiles. Hoje sabe-se que esse paradoxo na verdade foi um equivoco, pois passamos a entender os conceitos de velocidade e tempo, mas naquela época, este problema perturbou muitos filósofos e ajudou muito na proposta de velocidade e tempo, da qual dispomos hoje, além desse paradoxos Zenão propõem um semelhante definido como dicotomia que diz: ”Para chegarmos algum lugar primeiro devemos percorrer metade de seu caminho, e para chegar a metade de seu caminho devemos percorrer uma nova metade (um quarto do caminho inicial) e assim sucessivamente até que nem saímos do lugar”. Isso deu inicio as series convergentes.

            Dentre estes paradoxos temos muitos outros, como o paradoxo de Olbers, o paradoxo do demônio de Maxwell, o paradoxo da vara e do galpão, o paradoxo dos gêmeos, o paradoxo do avô, o paradoxo do demônio de Laplace, o paradoxo do gato de Schrodinger e por fim o paradoxo de Fermi. Dos quais reservo 2 para discutir nessa resenha, o paradoxo do demônio de Maxwell e o paradoxo do avô, para não estragar com o prazer de ler este livro maravilhoso.

            O paradoxo do demônio de Maxwell surgiu de uma forma na tentativa de quebrar uma das leis da termodinâmica (mais precisamente a 2° Lei), em que tem-se uma caixa com partículas no seu interior, umas mais agitadas e outras menos, o seu interior é dividido por uma parede com uma porta que é controlada por um poderoso demônio que só deixa passar para um lado as partículas mais agitadas e para o outro as que são menos agitadas, assim passaria a organizá-las e deixando uma parte mais aquecida que a outra a principio sem nenhum trabalho externo, apenas permitindo   que as mesmas se organizem pelo próprio movimento. Como a primeira vista não se tem nenhum trabalho externo o problema violaria as questões entropicas como o próprio autor empoem, mas será que tem-se aqui um caso que viola o princípio da entropia? Obviamente que não, pois a própria porta é constituída de partículas, e, está sujeita a transferências de energias, mas tem-se a problemática do fator de inteligência do demônio, que este deveria saber tudo a respeito das partículas para saber quando se deve ou não abrir a porta, e isso levou a algumas implicações quânticas quando olhamos para o Principio da Incerteza pois jamais saberemos com precisão a posição e a velocidade de uma partícula.

            O Paradoxo do avô, consiste em estudar uma impossibilidade física de momento, onde se fosse capaz de construir uma maquina do tempo, e retornar ao passado para assassinar o seu avô por parte materna, antes do nascimento de sua mãe. Se ocorresse isso, você jamais nasceria e a maquina jamais seria fabricada para você retornar no tempo e assassinar o seu avô, eis o paradoxo, quem mataria o seu avô? E quem fez a maquina do tempo? Desse paradoxo da para se extrair muitos outros um tanto menos violentos, como no caso de você arrumando a sua estante e por um acaso você encontra um manual de instruções de como construir uma maquina do tempo e então você decide construir uma, e viaja até um instante quando você se encontra mais jovem e decide deixar o manual na mesma estante, para novamente você encontrá-lo e começar tudo de novo. Mas o problema nessa questão fica, e se você optar por não fazer a maquina o que acontece com o manual? Ou ainda quem fez o manual? Pois a principio você o encontrou, e por ai vai as questões de implicações físicas. Mas para uma viajem no tempo ainda temos a implicação das massas, pois no retorno no tempo para você encontrar você mais jovem, teríamos duas massas se sobrepondo enquanto num futuro se dispõem da falta dessa massa, como compensar isso sem violar a 1° Lei da termodinâmica? Uma das alternativas para solucionar os paradoxos das viagens no tempo seria dizer que eles simplesmente não ocorrem pois não há como violar a leis mais fundamentais da física e que a construção de tais maquinas são impossíveis. Ou, com uma nova área da física teórica que vem ganhando força, leva em conta a existência de múltiplos universos que se sobrepõem uns sobre os outros com características um pouco diferentes devido as escolhas efetuadas(questão também discutida no livro, de forma filosófica a respeito do livre arbítrio e da realidade).

            Os paradoxos acabam muitas vezes caindo em implicações filosóficas e metafisicas que os tornam ainda mais divertidos para se discutir, sem falar no senso de humor apresentado pelo autor, que por muitas vezes desprenderam altas gargalhadas, principalmente no capitulo do gato de Schrodinger quando tememos a um gatinho após ter exorcizado demônios. Em critica contraria ao autor, devo mencionar que este livro deve ser dedicado à acadêmicos e não a leigos, por conter situações muito complexas que demandam tempo para interpretação e conhecimentos prévios sobre as leis da Física, mesmo quando ele as explicas de forma clara e sucinta, a leitura se torna muito mais divertida já se conhecendo as leis da termodinâmica, da estatística, da relatividade assim como do principio da incerteza, com esses conhecimentos já é o suficiente para efetuar a leitura deste livro e desfrutar do mesmo.

Apresentador e autor da resenha: Maycol Szpunar

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