Grupo de estudo de Filosofia da Ciência
Nesta atividade, os membros do Grupo PET Física leram e discutiram, em 5 encontros, o livro “O Enigma Quântico”. Esta atividade foi motivada pela presença do Dr. Raphael de Paola (tradutor do livro) na XII Semana de Estudos de Física. Desta forma, para que os membros do grupo se inteirassem do assunto da palestra, foi realizado o estudo e discussão do livro.
Livros discutidos em 2014
Título: Vovó conta de que são feitas as coisas
Autor: Anna Maria Freire Endler
Ano da edição: 2007
Categoria: divulgação científica
Resenha: Este livro foi escrito pela Física de Partículas Anna Maria que ao ser questionada pelo seu neto, como o título do livro. Estando já aposentada, a autora decidiu relatar a convivência com seu neto e ao mesmo tempo descrever de forma simplificada e com linguagem coloquial os principais conceitos relacionados a física nuclear, física de partículas e química. O livro transcorre relatando as conversas que o neto e a avó (Anna Maria) tinham sobre a composição da matéria. Estes encontros aos finais de semana, feriados na fazenda ou na praia ou em períodos de férias marcaram a vida de seu neto ao mesmo tempo que o fascinou pelo mundo da ciência.
Apresentador e autor da resenha: Fábio L. Melquiades
Título: Crônicas de Artur – O Rei Do Inverno
Autor: Bernard Cornwell
Categoria: ficção/romance
O livro “O Rei Do Inverno” é o primeiro da trilogia “Crônicas de Artur” e conta a historia de Derfel, um guerreiro que lutou ao lado de Artur e foi de grande confiança. A historia é narrada pelo próprio Derfel, e se passa entorno dos anos de 500 D.C. no antigo reino da Britânia hoje chamado de Inglaterra em uma época onde a antiga relegião com seus muitos Deuses estava perdendo espaço para a relegião cristã, gerando uma luta aparte, Artur foi um grande nome da antiguidade, um homem gentil e atencioso que em batalha mostrava-se sedento por sangue, o rei que nunca foi rei, o defensor dos mais fracos, o inimigo de Deus e o guerreiro que foi respeitado até por seus inimigos.
Derfel foi criado pelo druida Merlin, após a sua aldeia ser atacada e ele ser jogado em um poço da morte, que era um buraco com lanças onde eram jogadas pessoas como tributo aos Deuses pelo sucesso no ataque, mas ele sobreviveu ao poço e foi tido como protegido dos deuses por Merlin e criado junto a varias crianças que o druida escolhia, e onde aprendeu a arte da espada. Em uma das longas viagens que Merlin fazia pelos reinos próximos o lugar onde eles viviam foi atacado por um reino inimigo de dentro da própria britania e foram obrigados a abandonar o local, a partir desse dia derfel começou sua vida como soldado juntando-se com os homens do campeão do reino da dummonia, Owain, que era temido por todos. Somente depois se juntou aos homens de Artur, a qual sentia enorme admiração.
Artur era conhecido por todos, e reconhecido por suas grandes conquistas, era um dos filhos bastardos do grande rei Uther e odiado pelo mesmo, pois o grande rei o culpava pela morte de seu único filho legitimo e herdeiro do trono Mordred. Lutando ao seu lado Derfel ficou conhecido e temido por sua habilidade em batalha, lutando nas fronteiras defendendo a britânia dos saxões, e viajando pelo oceano para defender o reino de Ynys Trebes em nome de Artur, que tinha feito um juramento, mas não podia abandonar a britania por causas dos constantes ataques saxões. Derfel não teve sucesso em defender o reino, que era conhecido por ter muitos poetas e bardos, mas poucos soldados, tendo que voltar fugindo em meio à cidade em chamas e o rei morto, trouxe com ele o príncipe, agora um rei sem terras, Lancelot que o autor traz com uma imagem totalmente diferente da que já conhecemos.
Neste livro o autor enfatiza a grande luta de Artur para unir os reinos da britania para que lutassem apenas contra os saxões, e não entre si, mas decisões tomadas pelo próprio Artur tornaram muito complicado realizar o sonho, tendo que enfrentar uma grande batalha contra o exercito de muitos reinos da britania, que juntos formavam um exercito gigantesco, contando apenas com seus poucos mais de 200 homens, uma batalha dada como perdida antes mesmo de começar. Mas um grande nome não se faz vencendo batalhas fáceis.
O livro traz muitas batalhas, sangue, um pouco de romance, traz feitos mágicos executados por druidas que podem ser interpretados como truques, psicologia ou meramente sorte. Traz uma historia totalmente diferente sobre Artur, deixando de lado a távola redonda e o santo gral, e trazendo um homem determinado a defender o reino a qualquer custo, foi tido como inimigo de deus porque mesmo naquela época as igrejas católicas já eram isentas de pagar impostos ao rei, mas Artur passou por cima disso e recolhia o dinheiro das ricas igrejas para poder bancar suas guerras, pois eram suas guerras que mantinham o reino seguro e assim as igrejas em pé. O autor se baseou em descobertas arqueológicas para escrever o livro, mas não se tem muitas certezas sobre Artur, apenas que foi um grande guerreiro, pois escritas deixadas por seus inimigos saxões o descrevem assim, um homem que mesmo falhando em defender seu reino foi respeitado por seus inimigos por sua incrível habilidade em batalha.
Apresentador e autor da resenha: Alissom Walter
Título: Guia Politicamente Incorreto da Filosofia
Autor: Luiz Felipe Pondé
Ano da edição: 2012
Categoria: Política, Filosofia
Resenha: “Alguns poucos carregam a humanidade nas costas”
O título desta resenha deixa bem claro aonde este livro pretende chegar e o quão desagradável ele pode ser para algumas pessoas, aliás, seu objeto é esse. O Guia Politicamente Incorreto de Filosofia é um livro que visa ser desagradável, principalmente para as pessoas politicamente corretas. São pautadas discussões de temas do cotidiano das pessoas, onde o autor toma um ponto de vista pessimista. O ser pessimista é no sentido de dizer “verdades” que todo mundo sabe, mas ninguém diz. O texto se caracteriza como um ensaio de ironia filosófica, onde os pontos de vista do autor são defendidos pautados na filosofia e na sua história, lembrando que filosoficamente a ironia visa demonstrar as verdades escondidas, uma vez que ela é muito próxima ao ceticismo, porém este é menos cruel que a ironia (esta humilha, e a mentira é considera de ordem moral, portanto ela visa revelar a hipocrisia).
Os capítulos são curtos ensaios que discutem diversos temas, entre eles destacam-se: a discussão de fundamentalismos religiosos, do feminismo, a questão do belo, autoajuda, teologia da libertação, democratização do conhecimento, amor, natureza humana, etc.
Alguns pontos do livro são bastante polêmicos (não é uma coisa que qualquer um saia falando por aí). Por exemplo, se você acredita que todos alunos são iguais do ponto de vista educacional, segundo Pondé isto é mentira, uma vez que até os professores sabem que alguns alunos são melhores que outros e assim é a sociedade de uma maneira geral. Outras polêmica abordada é que a igualdade ama a mediocridade e ela funciona a serviço da preguiça e do mau-caratismo, por exemplo, aliás, a questão de ”justiça social” (o próprio autor coloca o termo entre aspas) é bastante pautada. Pondé também discute a democracia, segundo ele confiar no povo como regulador da democracia é perigoso, pois o povo é opressor e se contenta com pouco, aderindo assim facilmente a formas de totalitarismo e quando aparece politicamente é pra quebrar as coisas. Aliás, segundo ele a maioria do povo é idiota.
Os sistemas econômicos recebem uma atenção especial no livro. Um trecho que me chama bastante atenção diz que é duro ser gente, pois a maioria de nós é irrelevante, porém somos ouvidos porque somos consumidores. Não vou me adentrar aos argumentos, mas é uma leitura proveitosa no sentido de mostrar a sociedade por um viés diferente do qual estou acostumado.
Apresentador e autor da resenha: Maurício Cherpinski
Título: As Leis do Caos
Autor: Ilya Prigogine
Categoria: Divulgação científica
Resenha: Neste livro, Ilya Prigogine mostra como a dinâmica de sistemas complexos pode ser investigada fazendo-se uso de princípios de caos. Para isto utiliza versões tanto clássicas quanto quânticas das visões de caos, ilustrando haver coerência subjetiva na evolução de sistemas tais como governos, cidades, entre outros exemplos. O autor evidencia também como a quebra espontânea de simetria temporal surge efetuando-se uma abordagem estatística do operador evolução temporal, o que permite descrever a natureza não por leis, mas sim por eventos.
Apresentador e autor da resenha: Fernando Maia de Oliveira
Título: O mínimo que você precisa saber para não ser um idiota.
Autor: Olavo de Carvalho
Ano: 2013
Categoria: Politica, filosofia
Resenha: O livro trata de diversos temas de política, filosofia, moral, ética, economia, entre outros. São textos de jornal escritos por Olavo de Carvalho e compilados por Felipe Moura. Se trata de um conjunto de textos que ajuda e entender a situação política do Brasil e conscientizar da problemática e dos desafios que estão sendo enfrentados pela população brasileira.
Apresentador e autor da resenha: Fábio L. Melquiades
Título: OBSERVAÇÕES SOBRE O SENTIMENTO DO BELO E DO SUBLIME – ENSAIO SOBRE AS DOENÇAS MENTAIS.
Autor: Immanuel Kant
Categoria: Psicologia
Apresentador: Maycol Szpunar