Título: Cem anos de solidão
Autor: Gabriel García Márquez
Ano de publicação: 1967
Gênero: Romance
Resenha:
O livro “Cem anos de solidão”, escrito pelo autor colombiano Gabriel Gárcia Márquez, também conhecido pelo apelido de “Gabo”, foi premiado em 1982 com o Premio Nobel em literatura e conta a história da família Buendía na pequena mas nada pacata, aldeia de Macondo, localizada em algum ponto na América latina e fundada por José Arcadio Buendía junto de sua esposa (e prima) Úrsula Iguarán.
A obra genial de Márquez é repleta de uma mágica literatura que encantou os mais rigorosos leitores e é considerada hoje uma das melhores histórias já escritas na América latina, alguns arriscam dizer que é o melhor romance do século. Aclamada pelas críticas e adoradas pelos leitores. Quando publicado, vendeu mais de 8 mil cópias na primeira semana, só na Argentina, cópias do livro eram encontradas em casas familiares, locais de trabalhos e até mesmo em bordéis, como conta o escritor e professor de literatura norte-americano, Francisco Goldman.
O livro vendeu mais de 30 milhões de cópias e foi traduzido para mais de 35 línguas, ocupando hoje um local privilegiado nas estantes dos Literatos, ao lado de livros como Ulysses de James Joyce, Hamlet de Shakespeare e A Odisseia por Homer.
Muitos diretores de cinema alimentaram a ideia de adaptar a obra para a plataforma cinematográfica, mas até hoje nenhum conseguiu chegar a alcançar tal feito. Weinstein, produtor de filmes como Pulp Fiction, disse certa vez: “Devemos filmar todo o livro, mas lançar apenas um capítulo – de dois minutos – a cada ano, por cem anos”. Com isto em mente, tenho a impressão que resenha alguma consegue transferir com força a real impressão do livro, então convido você a ter sua própria experiência em Macondo.
A solidão, nesta obra, é um estado de espírito, passado de geração por geração atormentando a família Buendía até o último de seus filhos, e durante o enredo, a identidade da América Latina vai sendo delineada a cada página com revoluções e corrupção, guerras e romances que são narrados pela prodigiosa imaginação de Gabo, que faz uso da proclamada “mágica realista”, com homens de seis braços, crianças com rabo de porco e tapetes voadores, tudo isto para plantar a realidade fantasiosa de Macondo.
Apresentador e autor da resenha: Matheus H. Przygocki
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Título: Walden II: Uma sociedade do futuro
Autor: Burrhus Frederic Skinner
Ano de publicação: 2009
Gênero: Ciência comportamental
Resenha:
Walden II trata de uma comunidade, com um projeto piloto. Nela, não há desigualdades ou outros problemas sociais marcantes na sociedade em que vivemos. Sendo assim, o livro retrada um grupo de pessoas, que vivem isoladas, com suas próprias regras, onde o meio da experimentação se destaca, fazendo valer a pena sempre o bem comum.
Uma das características de Walden (a comunidade), é como levam a questão do trabalho por exemplo, onde existem vários estudiosos assim como trabalhadores braçais, sendo que os dois tem seus reconhecimentos igualitários. Outra característica é que não há padrões para serem seguidos, as roupas, os cabelos, todos produzem da sua própria forma, da maneira que bem acharem melhor. As tarefas são divididas de forma organizadas, para que não haja superioridade de pessoa para pessoa.
Fica evidente que, neste povoado, não há preocupação com meio materiais, uma vez que busca acima de tudo elevação do social. Mas também não há revelações de emoções como gratidão, felicidade, ódio, tristeza, inveja. Tudo em prol do desenvolvimento da comunidade.
Apresentadora e autora da resenha: Gabriele Chomen Costa
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Título: A Garota Perfeita
Autora: Mary Kubica
Ano de publicação: 2014
Gênero: Suspense/Romance
Resenha:
Mia é professora de artes em uma escola e vive uma vida normal, quando misteriosamente desaparece. Ao saber da notícia, sua mãe Eve Dennett fica muito preocupada com a situação da filha, porém seu pai, o juiz James Dennett, acredita que a filha simplesmente tenha fugido. Para investigar este caso, o detetive Gabe Hoffman é chamado.
Depois de árduo trabalho, o detetive Gabe descobre que Mia foi levada por um homem chamado Colin Thatcher. Então segue todo o processo de procura por Mia e o sequestrador, porém o que todos não esperavam é que Colin na verdade estava tentando salvar a vida de Mia.
O livro a garota perfeita conta a história do sequestro de Mia através da visão de sua mãe Eve, do detetive Gabe e do sequestrador Colin. Além de mesclar o pensamento destes personagens também mistura o tempo dos acontecimentos entre antes de depois de Mia ser encontrada, como o fato de ela ter esquecido tudo o que aconteceu durante seu sequestro e inclusive acreditar que seu nome verdadeiro é Chloe. Devido ao trauma e esquecimento Mia passa por várias situações que possuem o intuito de lembrá-la do que aconteceu na cabana onde passou todo o tempo do sequestro.
Apresentadora e autora da resenha: Diana M. N. Thomen
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Título: A Probabilidade Estatística do Amor à Primeira Vista
Autora: Jennifer E. Smith
Ano de publicação: 2013
Gênero: Romance
Resenha:
O livro se passa em apenas 24 horas, com alguns flashback que conta a história de Hadley, uma adolescente que está indo viajar para o casamento do pai em Londres, com uma madrasta que ela não havia conhecido ainda. A garota não via o pai, com quem era muito apegada na infância há quase dois anos. Quatro minutos fazem com que Hadley perca o voo que a levará para a Inglaterra. Por causa desses quatro minutos, ela terá que ficar mais de três horas esperando dentro do aeroporto e pode acabar se atrasando para o casamento de seu pai. Esses quatro minutos também fazem com que ela conheça Oliver, um britânico super fofo. E devido à mudança de voos, Oliver também está na poltrona ao seu lado. Eles poderiam ter apenas uma daquelas conversas de avião, em que você conta sua vida para um estranho e depois cada um vai para seu lado, para sua vida, sem nunca mais se encontrarem. Mas pode ser, também, que esses poucos minutos mudem a vida de ambos.
Apresentadora e autora da resenha: Alaíne Gomes
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Título: O Morro dos dos Ventos Uivantes
Autora: Emily Brontë
Ano de publicação: 1985
Gênero: Romance/Drama
Resenha:
Sr. Lockwood acaba de alugar a propriedade Thrushcross no campo, e decide fazer uma visita a seu locatário e quase vizinho, Heathcliff. A propriedade do Sr. Heathcliff chama-se, Wuthering Heights (Morro dos Ventos Uivantes), logo, Lockwood percebe que esta faz jus ao título. Outro fato que lhe chama a atenção e o deixa curioso, é o quão estranhos e interessantes são os habitantes daquele lugar.
Por conta do mal tempo, Lockwood acaba ficando preso lá e tem pesadelos. Ao voltar para Thrushcross adoece e fica confinado em seu quarto, tendo como única companhia sua governanta Ellen Dean, que morou desde pequena no Morro dos Ventos Uivantes e conhece muito bem a história daquele lugar.
O Sr. Earnshaw antigo proprietário do Morro levou Heathcliff ainda menino para casa e o criou junto com seu filho Hindley e sua filha Catherine. Sr. Earnshaw tinha um carinho enorme com o menino, e Catherine logo se aproximou dele, despertando uma admiração mútua. Porém Hindley não gostava do menino, assim como todas as outras pessoas da fazenda.
Os anos se passam e com a morte dos pais Hindley já mais velho e casado, assume a propriedade, ele então começa a humilhar Heathcliff de todos os modos possíveis. Hindley odeia a amizade que sua irmã tem com ele e faz de tudo para separá-los, Catherine e Heathcliff possuem um amor estranho e perigoso, algo que eles sabem que é errado mas fingem não ver. Catherine então faz a escolha de se casar, mas não com seu grande amor, e sim com Edgar Linton seu vizinho, que pertence a uma família rica e respeitada. Heathcliff fica arrasado por Catherine se casar com outro que não ele apenas por status, e vai embora sem dizer nada a ninguém.
Tempos depois Heathcliff retorna, agora um cavalheiro e tão poderoso e desejável quanto Edgar. E ele tem um objetivo ali, vingar-se de todos que separaram Catherine e ele, inclusive ela mesma.
O livro nos trás uma história sobre um amor tão perturbado, espantoso, e perigoso, que pode levar a morte. Heathcliff e Catherine são dois anti-heróis, cruéis, com defeitos, errados, e loucamente apaixonados. Este amor possesivo pode ser tão terrível a ponto de se tornar ódio.
“Eu amo o meu assassino… Mas o teu! Como o poderia eu perdoar?”
Apresentadora e autora da resenha: Taynara dos Santos
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Título: Ladrão de Olhos, As Aventuras de Peter Nimble
Autor: Jonathan Auxier
Ano de publicação: 2012
Gênero: Aventura
Resenha:
Como uma criança cega e órfã poderia sobreviver sozinha nas ruas? Peter Nimble encontrou no mundo do crime seu meio de viver. Ao observar a habilidade do garoto, Sr. Seamus, um aproveitador qualquer, o obriga todas as noites a roubar os cidadãos da cidade e, durante o dia, é trancado em um porão, onde sonha com um futuro melhor.
Certa vez ele rouba uma caixa de um viajante misterioso, e ao abri-la encontra três pares de olhos mágicos. Peter então resolve experimentar um dos pares e instantaneamente aparece em uma ilha secreta, onde ele se encarrega de uma missão especial: salvar um povo em perigo no Reino Desaparecido. Peter Nimble conta com a ajuda de seu fiel companheiro Sir Tode e com o uso dos olhos mágicos, entra em uma aventura épica para descobrir seu verdadeiro destino.
Autor e apresentador da resenha: Diego H. Witchemichen
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Título: Forrest Gump: O Contador de Histórias
Autor: Winston Groom
Ano de publicação: 1995
Gênero: Romance/Aventura
Resenha:
Oi, meu nome é Sanderson, um pouco diferente né, mas isso não vem ao caso. Vou falar sobre Forrest Gump, e acredito que após imaginar minha voz em sua mente, ao ler tudo o que escrevi aqui, você vai querer achar o Forrest Gump que há dentro de você. Se ainda não perceberam, vou tentar narrar a resenha, e espero que entendam o que quero dizer.
Forrest Gump: O Contador de Histórias foi escrito por Winston Groom e teve uma adaptação para os cinemas digna de prêmios, porém com desaprovação por parte do autor, que não gostou nem um pouco da história transmitida pelo filme, e cá entre nós, o livro é fantástico, mas o filme é bem melhor, não tem como não amar a atuação de Tom Hanks. Mas voltando ao livro, que é pesado para certo público, e conta com a narração da vida de Forrest Gump, pelo próprio Forrest, e posso, simplesmente lhes dizer, que é cheio de histórias incríveis.
Forrest Gump, é, como ele mesmo se chama, um “idiota”, que conhece várias pessoas, até mesmo um orangotango, que acabam se tornando seus amigos durante suas aventuras inusitadas, que tem de tudo um pouco, desde ele se tornar um excepcional jogador de futebol americano, onde conhece Bubba, que seria de grande importância em seu futuro negócio com camarões, até um herói de guerra do Vietnã, onde reencontrou Bubba e conheceu o Tenente Dan, que ao lhe dizer que “poderia ser e fazer o que quisesse”, não tinha noção do que ele seria capaz. Forrest conheceu alguns presidentes na sua vida, e até mostrou um ferimento de guerra no bumbum para um deles, foi preso várias vezes pela polícia, apesar de não saber o porquê, apenas que precisava mijar, fato esse que se tornaria o slogan para sua candidatura ao senado americano. Se tornou ainda um astronauta que ficou em sérios apuros graças à um orangotango chamado Sue, que seria um grande amigo no final das contas, e acabou caindo em uma floresta de canibais, onde para não virar comida teve que plantar algodão e ganhar no jogo de xadrez do chefe da tribo todos os dias, durante alguns anos. Chegou a ter seus minutos de fama, atuando em Hollywood, e como lutador profissional.
E durante todas essas aventuras, e muitas outras, apenas uma pessoa não saia de sua cabeça e coração, Jenny Curran, o amor de sua vida, que seria de fundamental importância para os acontecimentos do livro, além é claro, da sua gaita de boca, companheira inseparável, onde para quem tiver imaginação, pode realmente escutar as notas sopradas por Forrest.
Em suma, é um livro cheio de histórias, que nos faz pensar, se um “idiota” como Forrest Gump conseguiu fazer tudo isso, então eu queria ser um “idiota” como ele também, talvez eu seja, e você também, portanto o que está esperando para começar a correr? O tempo passa rápido e aí, de repente você terá 40, 50, 60 anos entende? E você tentou fazer a coisa certa em sua vida, para quando olhar para trás dizer que não levou uma vida monótona?
Ora essa, se Forrest Gump conseguiu ter uma vida fantástica como essa, eu e você poderíamos nos esforçar um pouco também, afinal “idiotas” de verdade somos nós, por não aproveitar o que a vida tem de melhor.
Autor e apresentador da resenha: Sanderson C. Ribeiro
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Título: Eleonor & Park
Autor: Rainbow Rowell
Ano de publicação: 2012
Gênero: Romance
Resenha:
Os dois personagens principais que dão um título ao livro, são adolescentes de dezesseis anos. A história se passa nos anos 80. A narrativa inicia com Eleanor se mudando para uma nova cidade junto de sua mãe e irmãos. Eleanor é diferente das outras adolescentes, seu cabelo é ruivo e bagunçado, considerada grande por ter um peso acima da média, e ainda para ajudar as pessoas a olharem de forma estranha, Eleanor se veste com roupas masculinas e com acessórios punk. Em seu primeiro dia de aula, ninguém dá lugar para ela sentar no ônibus, até que Eleanor encontra um espaço livre ao lado de Park.
Park é de origem coreana, de cabelos pretos e não muito popular, apenas o suficiente para ninguém o incomodar e mora no mesmo bairro de Eleanor. A partir desse ponto na história, eles começar a pegar o ônibus e sentarem juntos todos os dias, no entanto nunca se falam. Park está sempre lendo gibis de X-men e Eleanor começa a ler de canto de olho. Park percebendo o que acontece começa a ler os gibis mais devagar para que Eleanor possa acompanhar. Depois disso, Park começa a deixar os gibis no banco dela para que ela possa levar para casa e conseguir ler com mais calma. Certo dia, Park resolve puxar assunto, a música, ambos tem um interesse em comum com a música, e por isso se falam praticamente todos os dias a caminho da escola.
Depois disso, Eleanor deixar de ser esquisita para Park, e Park passa a ser muito interessante para Eleanor. Já que ambos são inexperientes e adolescentes, o primeiro amor pode significar algo muito intenso. Apesar de todo o livro retratar o primeiro amor de ambos os personagens principais, o livro tem uma trama muito intensa e cheia de valores. Eleanor enfrenta diversos problemas em casa, como o fato do pai bater em sua mãe, a vida com mais três irmãos, a falta de coisas básicas, como comida e roupa lavada. Eleanor sofre bullying na escola por conta de sua aparência, fazendo com que ela sofra diversas humilhações. Porém a vinda de Park para a vida de Eleanor faz com ela tenha vontade de viver e lutar pelo amor que ambos sentem um para o outro.
Autora e apresentadora da resenha: Mariana G. Fabiani
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Título: Fique onde está e então corra
Autor: John Boyne
Ano de publicação: 2013
Tema: Drama/Romance
Resenha:
“Fique onde está e então corra” conta a história de vida de Alfie Summerfield que mora em Londres, Inglaterra, e tem uma vida perfeita até que completa cinco anos e é deparado com uma notícia de que seu pai, George Summerfield, se voluntariou para participar na primeira guerra mundial. Sua família não gostará da notícia, muito menos sua avó que repetia a mesma coisa por diversas vezes “estamos todos perdidos”. O que confortava a família Summerfield era o que todos falavam, que a guerra terminaria antes do natal, mas não saberia dizer exatamente em qual natal tudo acabaria.
Margie, mãe de Alfie, receberá cartas diariamente de seu marido, depois que fora para a guerra onde lhe contava tudo o que acontecia dentro do campo de treinamento. Por um período de um ano as cartas chegavam com frequência e a maioria delas contava as histórias que acontecia com seus companheiros de treinamento, no momento em que George foi para o campo de batalha as cartas se tornaram cada vez mais confusas e em algumas delas ele repetia a mesma frase “eles repetem e repetem, ‘fique onde está e então corra, fique onde está e então corra’ ”.
A vida de Alfie se transforma no momento em que seu pai se alista, sua mãe trabalha dia e noite para que não ficassem na miséria, ele já estava com nove anos e o único modo que achou de ajudar, foi pegando emprestado uma caixa de engraxate do pai de sua melhor amiga e indo trabalhar 3 dias por semana na King’s Cross.
George Summerfield já não mandará cartas havia algum tempo, e Alfie até achou que seu pai estava morto, mas ninguém fora avisar em sua casa. Até que um dia ele descobre que seu pai está internado em um hospital e resolve que deve tira-lo de lá. Assim como todos os pacientes, George tinha algo, poderia não ser aparente mas algo havia o afetado de uma forma inimaginável. Sem que sua mãe soubesse, Alfie resolve tirar seu pai do hospital e levar para casa, onde seria melhor para sua recuperação. Então, com um plano bem feito, George volta para a rua Dusley.
Sem que ninguém o visse Alfie achou melhor levar seu pai trabalhar junto com ele, mas as batidas dos vagões o assustava e fazia com que ele corresse o mais rápido que podia. George precisava de remédios ou então de cigarros, mas Alfie havia esquecido de pegar em sua casa, então corre para comprar dois cigarros para seu pai. Em alguns estantes os vagões começam a se bater “bang, bang, bang..” Alfie volta o mais rápido possível para de encontro com seu pai, mas quando chega, a cadeira em que ele estava sentado se toma lugar para outra pessoa.
O livro retrata exatamente como foi o tempo de guerra para quem não estava na guerra, e retrata também, que não importa o que possa acontecer, o amor existente por pais e filhos sempre será o maior amor que possa existir.
Autora e apresentadora da resenha: Luciane de Almeida Inglês
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Título: PC Siqueira está Morto
Autor: Alexandre Matias
Ano de publicação: 2016
Tema: Humor
Resenha:
PC Siqueira, o primeiro youtuber brasileiro a fazer sucesso com vlogs, lançou seu primeiro livro em Junho deste ano (2016), no entanto não foi o influenciador quem o escreveu, e sim Alexandre Matias, jornalista na área de cultura e tecnologia e dono do site Trabalho Sujo.
PC Siqueira está morto é, ao mesmo tempo, um livro de youtuber e uma crítica à vida digital que todos levam. Esta não é uma autobiografia de PC Siqueira, na realidade, pode-se dizer que, é uma ficção com uma dose de realidade e uma biografia com um pouco de fantasia, polêmica, ficção científica e humor negro. Cada capítulo é uma história com narrativas diferentes, sempre com PC como personagem principal. O livro também é um experimento de linguagem e mistura diferentes formas de escrita, como histórias em quadrinhos, roteiro de cinema, conversas via whatsapp, e-mails, videoconferências etc., e diferentes gêneros, como conspiração, ficção científica, horror, fantasia, paranoia e aventura.
O youtuber de 30 anos de idade, é conhecido na internet pelos seus vídeos polêmicos em seu canal “MasPoxaVida”, criado em 2010 e que atualmente soma mais de 2 milhões de inscritos. Sem medo de se posicionar, ele aborda temas atuais e gera discussões sobre diversos temas, incluindo política, sexo, comportamento e drogas. Apesar disso, livro não fala sobre seus vídeos, mas sim cria uma série de questionamentos em relação ao que as pessoas vivem hoje na era digital, sobre o quanto do conteúdo que se publica na internet e a vida que se leva diz quem é você de fato.
Autora e apresentadora da resenha: Bárbara de Almeida S.
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Título: 13 Histórias de Arrepiar
Autor: Alfred Hitchcock
Ano de publicação: 1965
Tema: Terror
Resenha:
No livro “13 Histórias de Arrepiar”, como o próprio nome diz, Hitchcock apresenta 13 histórias distintas que não possuem nenhuma conexão, cada qual escrita por um diferente autor, o livro possui uma riqueza em detalhes surpreendente que faz o leitor imergir, acompanhando a história, horas na cabeça de um assassino, horas na cabeça da vítima. A riqueza em detalhes juntamente com as discussões filosóficas na mente da pessoa na história, aumentam o suspense de modo a colocar o leitor em questões morais. Para não expor excessivos spoilers estarei apresentando apenas a primeira história.
Na história “Ouça-me por favor” escrito por Fletcher Flora, passa-se na cabeça de uma mulher “Freda”, uma pessoa certinha em sua vida com idealizações já formadas, mas que vivia com algumas indagações filosóficas, até que em certo dia, ela é forçada a acordar de seu sono por uma voz em sua cabeça. De início Freda se assustava com essa voz, uma voz gentil, invariavelmente suave, de uma beleza pungente […], mas aos poucos ela foi-se habituando a essa situação e por fim fez-se uma amizade um tanto quanto estranha. Essa voz conversava com ela sobre os mais diversos assuntos, as vezes sobre questões morais, as vezes só sobre as roupas que outra mulher vestia.
Freda achava essas situações cônicas, pois ninguém podia ouvir a essa voz, somente ela, e ela podia falar com essa voz em pensamento. Conforme a história avançava a voz começou a fazer exigências a Freda, algumas das quais eram simples, e aos poucos foi convencendo-a que ela seria especial para uma missão, sendo essa a última sugestão da voz. Freda teria de matar um homem chamado Hugo Weiss. De início Freda negou abruptamente, mas aos poucos ela foi colocando em questão essa suposta missão. Até que um dia ela resolve comprar um revolver, a história flui, e ela vai então ao encontro desse homem que na sua concepção seria um homem horrendo e diabólico que precisava ser morto. Nesse dia ela se sentia aliviada e em volúpias de prazer, pois seria esse dia que ela cumpriria com sua missão, chegando ao local a história descreve-o com uma riqueza exuberante de detalhes, e coloca novamente Freda em questões morais. Por fim Freda encontra-se com o homem que ao falar com ela, a sua voz era gentil, invariavelmente suave, de uma beleza pungente […].
Autor e apresentador da resenha: Maycol Szpunar
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Título: O Estrangeiro
Autor: Albert Camus
Ano de publicação: 1942
Tema: Ficção/Filosofia
Resenha:
Meursault, um homem muito ocupado, um homem que trabalha muito. Este homem tem uma mãe, que hoje acabou de falecer numa casa de cuidado para pessoas idosas em Marengo. Assim, inicia o livro. Perante a notícia, a qual recebeu por telegrama, é possível notar uma reação muito fria e demasiadamente normal para uma situação de tamanho impacto. Assim, a maneira como Mersault trata o ocorrido é semelhante a mais um compromisso rotineiro, como se ele tivesse que apenas ir a alguns lugares, arrumar uma roupa, receber alguns consolos, se despedir de sua mãe e continuar com sua vida.
Por determinados motivos, Mersault realmente não podia estar ao lado de sua mão a todo o momento, mas sua situação talvez não justifique a frieza em suas reações, frieza esta que era notada pelas pessoas que o consolavam. Durante a noite, antes do funeral, Mersault parecia observar cada detalhe e movimento dos idosos que estavam no pequeno mortuário, dessa maneira, parecia mais interessado nas reações das frágeis figuras ao seu redor do que a si mesmo. Nem parecia que sua mãe estava ali ao seu lado.
A noite se acaba, o funeral acontece, por fim, Mersault sente-se bem quando volta a cidade, encontrando suas luzes iluminando as ruas, e se imaginando dormindo por doze horas ininterruptas. Agora, tudo parece ter voltado ao normal, ele volta a trabalhar e continua com sua vida, apesar de que volta e meia acabava lembrando-se de sua mãe ou alguém o lembrava. Isso acontecia, por vezes, devido às pessoas acharem que Mersault sentia muito a morte de sua mãe.
Certo dia, Mersault e alguns companheiros, a caminho do ônibus para chegar à praia, notam duas figuras os seguindo, sendo que um de seus companheiros percebe que eram árabes. De qualquer maneira, já na praia, os árabes aparecem novamente, Mersault e seus companheiros se preparam e não deu outra, acabou em conflito, dado que um dos árabes estava com uma faca, um dos colegas de Mersault acabou com o braço machucado. Raymond, armado e acompanhado de Mersault, volta para a praia após ser atendido, ele pensa em atirar um deles, ao menos, contudo eles desaparecem e Raymond retorna para a casa, mas por algum motivo Mersault dá meia volta e regressa para a praia, armado, e lá reencontra o árabe que feriu Raymond. No calor do momento, o árabe saca uma faca e, por fim, acaba morto. Desse modo, começava sua ruína, como o próprio personagem comenta.
Após o assassinato, a história se desenrola com o julgamento de Mersault, onde o promotor, no decorrer das sessões, passa a utilizar o fato de que Mersault tratou com indiferença a morte de sua mãe, de modo a encaixar diversas acusações e argumentos envolvendo o fato.
O livro se desenvolve sob diversos aspectos, sendo um deles, talvez o mais importante, o fato de que um acontecimento do passado, que no ponto de vista do personagem parecia algo encerrado, é utilizado contra ele de maneira vigorosa. O que pode vir a deixar o leitor apreensivo ou alerta.
Albert Camus nasceu em 1913 na Argélia. Formado em filosofia, trabalhou em vários lugares, mas acabou como jornalista. Era ativo na Resistência Francesa durante a Guerra, onde editava o jornal Combat. Escreveu muitos livros de ficção e ensaios de filosofia. Em 1957 ganhou o prêmio Nobel em Literatura. Faleceu em um acidente de carro em 4 de janeiro de 1960.
Autor e apresentador da resenha: Marcelo H. Penteado
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Título: A história de Fernão Capelo Gaivota
Autor: Richard Bach
Ano de publicação: 1970
Tema: Romance
Resenha:
“Jonathan Livingston Seagull — a story” ou “A história de Fernão Capelo Gaivota” é um romance publicado em 1970 pelo autor norte-americano Richard Bach que possui como personagem protagonista, uma gaivota que viaja no espaço-tempo.
O enredo começa a se desenrolar expressando a lástima que a gaivota Fernão sente por sua revoada, que vive, aos olhos dele, uma vida medíocre, limitada e material, tendo como principal e único intuito, disputar as sobras de peixe deixadas pelos barcos perto da costa. Fernão não compartilha do mesmo pensamento que seu bando, possuindo um amor atípico pela beleza do voo enquanto seu bando usa o voo exclusivamente como um meio de alcançar comida.
Treinando diariamente Fernão alcança voos mais rápidos e mais belos enquanto seus irmãos pelejam pelos miúdos, devido a isto, Fernão é frequentemente confrontado e julgado pelo seu bando, até mesmo os seus pais manifestam desapontamento sobre a paixão de Fernão, aconselhando, a ele, agir como as outras gaivotas e se desprender deste estilo de vida inconveniente.
A constante falta de conformismo com a limitada vida de seu bando leva Fernão a ser diversas vezes confrontado pelas gaivotas mais velhas e visto como transtorno para o grupo, por consequência, isto o leva eventualmente a ser expulso de seu bando devido a sua desobediente percepção de vida. E então banido por toda sua vida e prometido a ser infeliz e solitário longe do bando, Fernão parte para além das montanhas.
Fernão passa então o restante de sua vida fazendo o que sempre amou, sem restrições ou empecilhos, refinando assim seu voo e cada aspecto de suas habilidades aéreas, aprendendo a acompanhar os ventos continentais e a planar às brisas marítimas seu voo ia tão alto quanto as montanhas mais altas, mais rápido que qualquer outra gaivota tenha sequer sonhado em ser e então os aspectos pragmáticos de sua vida, como a alimentação, se adequaram ao seu estilo de vida, fazendo o contrário de que seus irmãos faziam, moldando suas vidas em torno de se alimentar enquanto deixavam de lado suas paixões.
O restante da história de Fernão é narrado após a sua morte em que ele se encontra em outra realidade, um plano paralelo, no qual ele aprende a manipular a realidade do tempo sendo ensinado agora, por outras gaivotas que, como ele, também sacrificaram sua vida no bando pelo amor ao voo. A partir daí o enredo adota um panorama não só metafórico, mas também espiritual e utópico, a história agora se apresenta de forma a mostrar como ele alcançou a felicidade e o crescimento de sua percepção da vida e tudo o que aprendeu neste plano paralelo. Análogo à famosa alegoria da caverna do filósofo Platão, Fernão perdoa seu bando e assume como meta pessoal, voltar a seus irmãos e apresentar a eles a verdade que ele agora consegue enxergar, ensinando eles a voar.
“É a tarefa do iluminado não só ascender ao conhecimento e ver o bem, mas também a estar disposto a descer outra vez aos prisioneiros que só veem as sombras, e com eles dividir a aflição e as honras que eles possuem, independente de terem merecido ou não. Tarefa esta, que dever ser feita mesmo com o prospecto da morte.”
– Platão, Alegoria da caverna
Apresentador e autor da resenha: Matheus H. Przygocki
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Título: Os 11 maiores mistérios do Universo
Autor: Reinaldo José Lopes
Ano de publicação: 2015
Tema: Divulgação cientifica
Resenha:
O livro Os 11 maiores mistérios do universo, consta de 11 capítulos com os seguintes temas:
1. Deus existe?
2. O Universo teve um começo?
3. Do que é feito o cosmos?
4. Como a vida surgiu?
5. O Universo vai ter um fim?
6. O que é a consciência?
7. Existe vida após a morte?
8. É possível viajar no tempo?
9. Existe vida em outros planetas?
10. O livre-arbítrio existe?
11. Qual o sentido da vida?
O livro aborda todos estes temas, mas não se engane se em algum momento procurar alguma resposta definitiva para algum destes mistérios, sendo que o autor dá varias vertentes de pensamento, mas não um ponto final no assunto. Apesar dos assuntos complexos, o livro é escrita de maneira clara.
Estes 11 assuntos seriam, ao ver do autor as maiores curiosidades que nós, seres humanos temos sobre o Universo e questões filosóficas. São assuntos polêmicos, que muitas vezes o autor mostra seu pensamento sobre mas não deixa de se basear na ciência, como por exemplo quando ele se mostra católico mas não deixa de ressaltar a razão, e mostra-se vencer as insistentes inferências filosóficas das quais diversas correntes teológicas parecem basearem-se. Não só neste momento, bem como em todo o livro o escritor demonstra-se imparcial quanto aos assuntos.
Autora e apresentadora da resenha: Gabriele Chomen
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Título: Sob a Redoma
Autor: Stephen King
Ano de publicação: 2009
Tema: Suspense/Ficção Científica.
Resenha:
Seria mais um dia qualquer na cidade de Chester’s Mill, porém algo acontece, e os habitantes desta pequena cidade se vêem exilados do resto do mundo, por um tipo de “prisão invisível” que passaria a se chamar de redoma, e que logo iria fazer aquela cidade ser a atenção do mundo, criando assim, um mistério que vai decorrer durante todas as mais de 900 páginas, que vão prender o leitor do início ao fim, com seu conteúdo rico em detalhes, e como era de se esperar, do mestre do terror, cheio de suspense.
Logo ao começar a leitura, percebe-se que a redoma vai causar muita confusão, mas no final, essa confusão inicial, se transforma em catástrofe, se for expressa em uma palavra digna de tão chocante desfecho. Apesar da redoma ser a causadora dos acontecimentos, a história foca-se mais na vida de seus habitantes, porém não existe um personagem principal, sendo que a maioria possui momentos importantes no livro, e você vai descobrir que até um simples bêbado na cidade pode fazer a diferença quando quer. A busca pelo poder é mostrada através de um homem religioso e político, chamado Big Jim, que pretende fazer de tudo para alcança-lo, e com a ajuda de subordinados, consegue em boa parte da trama, de um jeito nada amistoso, ter o que tanto quer, apesar da resistência de alguns habitantes da cidade, como a jornalista Julia Shumway, e Dale “Barbie” Barbara, um veterano de guerra, disposto a entregar tudo de si para descobrir como libertar a cidade desse domo, que gera dúvidas se seria um experimento militar ou algo extraterrestre. Dúvida essa respondida no final, onde os sobreviventes conseguem se libertar, e você vai perceber, que a mensagem que o livro quer transmitir, é sobre o arrependimento do ser humano sobre seus erros.
É um texto curto para um livro tão grande em conteúdo, portanto existe muito mais a se contar, eu diria que Sob a Redoma merece uma resenha por capítulo, pois cada um possui um enfoque excelente na trama, cheio de mistério, e reviravoltas que vão fazer você se sentir preso na redoma junto dos habitantes. Você pode usar sua imaginação à vontade, para vivenciar o que esses personagens tão cativantes estão passando em Chester’s Mill, vista a sua imaginação como uma roupa qualquer, ela pode ser um vestido se você quiser, e assim poderá ir e voltar para sua casa, como se nada tivesse acontecido, o que é diferente com os habitantes, pois “tudo é possível sob a redoma”.
Apresentador e autor da resenha: Sanderson C. Ribeiro
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Título: Os contos de Beedle, o Bardo
Autora: J. K. Rowling
Ano de publicação: 2007
Tema: Ficção/Fantasia
Resenha:
O livro traz cinco contos escritos por Beedle, destinados ao mundo bruxo, que são geralmente contadas para as crianças antes de dormir. Neste exemplar, os contos possuem comentários de Alvo Percival Wulfrico Brian Dumbledore, que enriquecem a história e mostra qual seu impacto na vida dos bruxos.
Os contos são: “O bruxo e o caldeirão saltitante”, “A fonte da sorte”, “O coração peludo do mago”, “Babbitty, a coelha e seu toco gargalhante” e o mais importante “O conto dos Três irmãos”.
Os dois primeiros contos retratam a interação amigável entre bruxos e trouxas (pessoas não mágicas), o que na opinião de Alvo Dumbledore, fez com que muitas famílias bruxas conservadoras cooperassem para que estas histórias fossem extintas, sem muito sucesso. Para estas famílias a interação entre um bruxo e um trouxa é repugnante, e os bruxos que se sujeitam a isso são inferiores.
O terceiro conto foi menos afetado pelo conservadorismo, pois conta a historia de um mago que decidiu trancar seu coração em um porão, prevenindo-se de uma paixão que o enfraquecesse. Essa história é vista como aterrorizante para as crianças bruxas, e muitas ficam sem dormir depois de ouvi-la.
O quarto conto fala sobre uma bruxa que era serva de um rei trouxa, que caçou e mandou queimar muitos bruxos, e por isso também foi fortemente afetada por famílias conservadoras. Porém o final do conto traz uma vitória de Babbitty sobre o rei, onde ela utiliza de sua capacidade de se transformar em coelho para enganá-lo.
O último conto traz a historia de como as três relíquias da morte foram criadas, sendo elas, a varinha das varinhas, a pedra da ressurreição e a capa da invisibilidade. Este conto mostra que as pessoas que obtém muito poder devem tomar certos cuidados com ele, pois este mesmo poder podem acabar por destruí-lo.
Apresentadora e autora da resenha: Diana M. Navroski
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Título: 1222
Autora: Jojo Moyer
Ano de publicação: 2012
Tema: Romance/Drama
Resenha:
O livro conta a história de uma simples e comum mulher, chamada Louise, ou Lou, ela perde seu emprego no café da sua cidade e por ser período de crise ela não consegue outro emprego facilmente. Como ela vem de uma família pobre e precisa do emprego, ela aceita trabalhar como cuidadora de um homem tetraplégico. Wil Turner, era um homem ambicioso, aventureiro e visionário que sofreu um acidente de transito e perdeu os movimentos do pescoço para baixo. Lou é contratada para tomar conta de Wil, pois meses antes ele tenta um suicídio, e Lou tem a árdua tarefa de motivar Wil a viver novamente. O livro conta uma história de amor, aceitação e superação, que nem todos os finais felizes são como esperamos. Wil muda não somente a vida da Lou, ele muda a vida do leitor que passa a pensar mais em acessibilidade e no sofrimento do próximo.
Apresentadora e autora da resenha: Alaíne Gomes
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Título: 1222
Autora: Anne Holt
Ano de publicação: 2012
Tema: Romance Policial
Resenha:
A história se passa em Finse na Noruega em fevereiro de 2007. Tudo começa quando o trem que ia de Oslo para Bergen descarrila a 1222 metros de altitude, os 269 passageiros abordo sofreram apenas ferimentos leves e a única vitima fatal do acidente foi o maquinista. Por conta da terrível nevasca que afetava aquela região, todos ficaram presos em um hotel aguardando que o socorro pudesse chegar até eles.
Até então não poderia se chamar aquilo de desastre mas os dias que se sucederam foram responsáveis por isso. Entre os passageiros estava Hanne Wilhelmsen uma expolicial brilhante e inteligente mas também anti-social e mal humorada que no meio de uma operação arriscada levou um tiro que lhe custou sua carreira e a deixou paraplégica.
Tudo estava em ordem, as pessoas machucadas já haviam sido cuidadas todos estavam acomodados no prédio principal e nos apartamentos vizinhos. Porém durante a noite Hanne é surpreendida com a descoberta de um corpo morto a tiro na varanda, e isso desperta seu instinto investigador, por mais que ela não queira se envolver, outro assassinato ocorre e ela decide ajudar a descobrir quem é o assassino que ameaça a segurança de todos no hotel.
Ela conta com a ajuda da proprietária do hotel Berit, o advogado Geir Rugholmen, e o doutor Magnus Streng. Estar em um local pequeno e saber que nenhuma das pessoas poderia sair dali seria favorável a investigação. Mas a falta de equipamento e a hipótese de o assassino querer vingança com quem se intrometesse em seu caminho era um grande risco, o que tornava todos ali suspeitos do crime.
“O motivo é a chave do crime, e até o momento eu não fizera nenhuma tentativa de descobrir nem essa chave nem essa fechadura.”
Apresentadora e autora da resenha: Taynara dos Santos
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Título: Todo Dia
Autor: David Levithan
Ano de publicação: 2013
Tema: Romance
Resenha:
A história gira em torno do protagonista que se autodenomina A. Todo dia, A, acorda em um corpo diferente, e que mesmo por um único dia, tem que se adaptar a este corpo e sua forma de viver. A é somente um ou uma adolescente que vive vivendo a vida dos outros. Porém A tem sua própria personalidade e pensamentos únicos, mas ele (a) se impõe duas regras: não se envolver e não interferir na vida de seu hospedeiro.
No começa de sua vida, A não percebe que todos os dias ele mudava de corpo, mas quando começou a crescer foi percebendo o que acontecia. O único padrão em que ele achou foi que ele mudava para o hospedeiro de mesma idade, até completar um ano com aquela idade. Nem ele mesmo consegue entender o porquê disse acontecer e já se cansou de procurar as respostas. Por causa disso, A é uma pessoa solitária, sem pais, amigos ou um relacionamento amoroso. Um de seus principais medo é morrer sem ninguém sentir sua falta ou saber de sua existência.
Tudo muda quando A acorda no corpo de Justin, e se apaixona por sua namorada Rhiannon. A partir daquele momento, suas prioridades mudam. Rihannon é uma garota insegura, que apesar de ser tratada como lixo por seu namorado continua possuindo sentimentos por ele. A vê algo diferente em Rhiannon e sente uma necessidade de lhe proporcionar um de seus melhores dias, quebrando a regra de não interferir na vida do hospedeiro.
Nos dias que se seguem A tenta se encontrar todos os dias com Rhiannon, tentando viver um amor com a mesma. A tenta quebrar todos os obstáculos e problemas para se encontrar com Rhiannon, até mesmo revelando que ele troca de hospedeiro todos os dias. No começo Rhiannon estava em dúvida se acreditava ou não na história de que A trocava de corpo todos os dias, mas depois de tantas provas de que A falava a verdade, Rhiannon acaba acreditando nele e consequentemente se apaixonando pelo mesmo.
O livro envolve diversos elementos, traz uma análise psíquica dos seres humanos e aborda diversos temas como a importância da aparência, o preconceito, relacionamentos familiares, depressão, rótulos, sexualidade, a diversidade humana e até mesmo doenças.
O autor nos mostra o quão somos imperfeitos e perfeitos ao mesmo tempo, e que não importa se estamos perdidos ou não, sempre há salvação. E que o amor sempre ultrapassa as barreiras impostas do corpo, magro ou gordo, masculino ou feminino, alto ou baixo. A ama Rhiannon independente de como ele é ou como ela poderia ser.
Autora e apresentadora da resenha: Mariana G. Fabiani
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Título: 47 Ronins
Autor: John Allyn
Ano de edição: 2014
Tema: Romance
Resenha:
47 Ronins conta a maior lenda de lealdade, coragem e vingança da cultura japonesa. A honra dos samurais estava sendo trocada pela corte e toda sua riqueza, e com a morte de seu mestre por um corrupto político os ronins (samurais sem mestre) buscam na vingança um meio de restaurar sua honra.
A história se passa em um Japão medieval que estava em decadência. Lorde Asano, senhor do castelo de Ako foi convocado para uma cerimônia na corte perante o xogum, porem ele não era acostumado com todas as etiquetas requisitadas pela corte, sendo assim sujeito a ensinamentos de Kira, que era um alto oficial arrogante e queria uma recompensa pelo incomodo. Como isso não aconteceu, Kira passou a humilhar o lorde até que este perdeu o controle e o atacou dentro da residência do xogum, e por esse ato foi condenado ao seppuku (ritual suicida japonês para restaurar a honra).
Com a morte de seu mestre, os samurais de Lorde Asano tornaram-se ronins. Oishi era comandante desses guerreiros e reuniu um pequeno grupo de 47 homens que juraram vingar a morte de seu mestre. A partir daí começa uma jornada cheia de provações e dificuldades para alcançar a vingança e restaurar a honra do código dos samurais
Com medo de represálias, Kira aumentou a segurança em sua casa e enviou espiões para vigiar os ex-samurais. Sabendo disso os guerreiros teriam que esperar Kira abaixar sua guarda para poderem atacar e para isso Oishi ordenou todos os ronins a seguirem suas vidas sem levantar suspeitas. Os espiões ao verem que os ex-samurais haviam supostamente desistido da vingança, informaram a Kira a vida decadente dos guerreiros e com isso ele achou que estava seguro, baixando assim sua guarda. Alguns dos guerreiros restantes conseguiram acesso a residência de Kira, em seus trabalhos de comerciantes e trabalhadores, desse modo, conhecendo a planta da casa e suas características.
Dois anos após a morte de Lorde Asano, Oishi estava confiante que Kira havia baixado sua guarda e decidiu atacar. Na manhã de um dia com uma forte nevasca, os 47 ronins atacaram a casa de Kira seguindo uma estratégia anteriormente planejada. O ataque foi realizado em dois grupos, um pelo portão principal e outro pelos fundos, e após terem eliminado a maioria dos guardas eles vistoriaram a casa até encontrar Kira que foi decapitado com a mesma adaga que Asano cometeu seppuku.
Com a vingança realizada, os ronins levaram a cabeça de Kira até o tumulo de seu mestre, restaurando assim a honra de Lorde Asano. Sabendo da notícia o xogum ficou impressionado com a lealdade dos 47 ronins, porém como haviam desobedecido a ordem de não buscar a vingança, foram condenados a morte por seppuku pela atitude honrosa que haviam tomado. 46 ronins cometeram seppuku ao mesmo tempo, somente o mais novo ronin não foi condenado.
Todo ano no dia 14 de dezembro, milhares de japoneses visitam o local onde os 46 ronins foram enterrados, prestando homenagens a honra e lealdade dos 47 ronins por terem seguido até a morte o código bushido.
“[…] um homem dura apenas enquanto dura sua vida, mas seu nome dura para sempre.”
Apresentador e autor da resenha: Diego H. Witchemichen
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Título: A Arte da Guerra
Autor: Sun Tzu
Ano de publicação: séc. IV a.C.
Tema: Estratégia
Resenha:
Escrito há cerca de 2.500 anos, por Sun Tzu, um general e estrategista militar chinês, o livro A Arte da Guerra é fonte de admiração até os dias de hoje por seus ensinamentos na área da estratégia. Apesar de ser um tratado puramente militar, os conselhos contidos neste livro são, atualmente, perfeitamente adaptados ao mundo dos negócios e das empresas, quando se olha para a concorrência como o inimigo e o mercado como o campo de batalha.
O livro é composto por treze capítulos, sendo eles: o Planejamento Inicial; a Condução da Guerra; a Estratégia Ofensiva; as Disposições Táticas; a Energia em Potência; os Pontos Fortes e Fracos; as Manobras; as Nove Variáveis Táticas; as Marchas ou Movimentações do Exército; o Terreno; as Nove Classes de Terreno; os Ataques com Fogo; e a Utilização de Agentes Secretos. Assim, cada capítulo explora um aspecto importante da estratégia militar.
Este livro contém inúmeras frases marcantes e instrutivas, algumas das mais interessantes, que exprimem bem esta afirmação, são:
“Se você conhecer o inimigo e a si mesmo, não precisa temer o resultado de uma centena de batalhas”.
“O comandante apoia sua autoridade nestas virtudes: sabedoria, justiça, benevolência, rigor e coragem”.
“Derrotar o inimigo em cem batalhas não é a excelência suprema; a excelência suprema consiste em vencer o inimigo sem ser preciso lutar”.
Autora e apresentadora da resenha: Bárbara de Almeida S.
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Título: O Retrato de Dorian Grey
Autor: Oscar Wilde
Ano de publicação: 1890
Tema: Romance; Tragédia
Resenha:
A obra retrata a trajetória de um jovem que sede seus princípios e valores em via de atrativos fugazes da vida de prazeres e luxúria, trazendo ainda em sua semântica a ideia da consciência decadente trajada em uma aparência vislumbrante. Facilmente nota-se a descrição dual do caractere humano nesta obra, enquanto a personagem Lorde Henry Wotton é o lado que incita o protagonista aos prazeres da vida, Basil Hallward representa a figura da sensatez e temperança.
No contexto da história, o protagonista Dorian Gray recém ascende à alta sociedade inglesa. Trazendo consigo valores humílimos marca e encanta Basil Hallward, pintor que desperta fascínio por sua personalidade e beleza. Nesse segmento se apresenta Lorde Henry Wotton, amigo de Basil, que desperta interesse no Sr. Gray pelo fato do pintor tanto dispensar elogios e decide por aguardar a presença de Dorian.
No compasso dos eventos, até o momento da finalização do quadro, a influência negativa de Henry faz brotar no íntimo do jovem um desejo pueril da preservação de sua imagem, status e riqueza. Até este ponto, Doriam, envolvido nas angústias decorrentes da iniciática vida torpe, lamenta em fronte ao quadro, do fatal perecer de sua beleza e, nesse momento de inspiração, clama por poder nunca envelhecer e, em momento segundo, é o que consegue. Com a influência negativa de Lorde Henry no proceder de Dorian, Sr. Gray passa a ser uma caricatura deturpada daquilo que um dia foi, mas sempre mantendo sua juventude e beleza porém, todas as marcas do tempo e da agonia se imprimem sobre a pintura.
O ponto principal e cerne do impulso de Doriam para uma vida frívola de distorções e assassinatos, foi o fato de Sibyl, uma jovem por quem se apaixona, cometer suicídio após ter sofrido as humilhações que Gray despeja sobre a personagem. Tomado de culpa e remorso o rapaz não se importa mais com a boa conduta e torna-se uma figura monstruosa.
Quatro decênios após, seguido da experimentação de marcas extremamente profundas decorrentes de suas escolhas. Cansado, Doriam decide por retomar o caminho reto que Basil lhe sugerira ainda em vida, vida pela qual foi tirada pelo próprio protagonista. Gray então decide destruir o quadro em um ato de desespero e, a faca que penetra o quadro, num instante depois, se encontra encravada no peito do rapaz que agora só pode ser reconhecido pelos anéis em seu dedo; ao lado do corpo, o retrato de Doriam Gray.
Autor e apresentador da resenha: Michel C. B. de Almeida
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Título: Uma aprendizagem ou O livro dos prazeres
Autora: Clarice Lispector
Ano de publicação: 1969
Tema: Romance fundado no realismo
Resenha:
O livro “Uma aprendizagem ou O livro dos prazeres”, escrito por Clarice Lispector e publicado pela editora Rocco, apresenta um conteúdo romancista fundado no realismo e possui muitas implicações filosóficas do ser e das emoções. Nesta obra, Lóri sendo uma professora do ensino infantil é a personagem central, enquanto Ulisses sendo um professor de filosofia no ensino superior ocupa um papel secundário, mero referencial para os pensamentos e atitudes de Lóri. O livro conta a viagem empreendida por Lóri em busca de si própria e do prazer sem culpa, onde ela após conhecer Ulisses num ponto de ônibus começa a levantar algumas implicações filosóficas existencialistas, as quais Ulisses só a orienta quais implicações as que ela deva se concentrar, onde as conclusões somente são levantadas por Lóri. Ulisses nesse caso só funciona como um farol, indicando onde estão os perigos e o caminho correto para a aprendizagem do amor e da vida. Com o passar das discussões e dos aprendizados adquiridos por Lóri, e uma vez que Ulisses já tinha atração por Lóri, começou a desprender um sentimento entre os dois que vai se desenvolvendo a cada encontro. Muitas das implicações filosóficas apresentadas no livro acabam fazendo com que o leitor fique preso a filosofia e a leitura, e se não tomar cuidado acaba não entendendo nada, táis como as seguintes frases:
“(…)viver afinal não passava de se aproximar cada vez mais da morte (…)”.
“(…)se compreendera era por ter compreendido errado. Compreender era sempre um erro — preferia a largueza tão ampla e livre e sem erros que era não-entender. ”
“As pequenas violências nos salvam das grandes. Quem sabe, se não comêssemos os bichos, comeríamos gente com o seu sangue. ” Este último, sendo bem introduzido numa janta onde comiam carne.
No geral, o livro possui uma forma diferenciada de escrita, pois o mesmo começa com uma virgula e termina com dois pontos, o livro muitas vezes apresenta palavra de nível rebuscado na definição de algumas emoções e atos. Altamente recomendável para quem busca uma literatura com conteúdo.
Autor e apresentador da resenha: Maycol Szunar
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Título: Coraline
Autor: Neil Gaiman
Ano de publicação: 2002
Tema: Fantasia; Horror
Resenha:
A família Jones mora há pouco tempo na casa. Como esta era muito grande, eles compraram apenas uma parte, assim, no primeiro andar, moravam duas senhoras que algum dia foram atrizes. Coraline e sua família moravam no segundo andar. No terceiro andar, o último, morava um velho maluco, que dizia treinar ratos para o circo, ratos que nunca ninguém viu. De qualquer maneira, nenhum dos vizinhos de Coraline acertava seu nome, chamando-a de Caroline. Externamente, havia uma velha quadra de tênis, muita vegetação e um poço extremamente profundo, o qual tem um papel essencial no desfecho da história. Os pais de Coraline trabalhavam em computadores, geralmente em casa.
Um dia depois da mudança, a chuva era forte e Coraline estava entediada, seu pai sugeriu que explorasse a casa, até que, na sala de desenho, teve seu primeiro contato com uma porta que dava para uma parede de tijolos. A razão era simples, a casa foi cortada no passado. Noutro dia, escondida, Coraline resolveu pegar as chaves e abrir a porta, a parede de tijolos não estava mais lá, havia um corredor escuro, e do outro lado, aparentemente, sua própria casa. Contudo, um tanto diferente, seus pais e seus vizinhos não tinham olhos, tinham botões.
Num outro momento, Coraline acabou ficando presa na outra casa e sob as vontades de sua outra mãe que fará de tudo para prender Coraline neste outro mundo, inclusive sumindo com seus pais verdadeiros.
A história se desenvolve em grande parte na outra casa onde Coraline é desafiada por sua outra mãe, que tem a capacidade de modificar a outra casa, a encontrar seus pais. Coraline tem a ajuda de um gato, sem nome, mas que consegue se comunicar com ela. Também, em mãos de um artefato mágico, é capaz de revelar a localização dos objetos que precisa encontrar.
Um dos aspectos mais importantes é a determinação de Coraline em não ceder para o medo e em manter sua característica exploradora em meio a uma realidade fria e estarrecedora. Nesse sentido, Coraline é um conto de fadas, onde um vilão é vencido no fim.
O autor britânico Neil Gaiman já recebeu diversos prêmios e também escreveu livros aclamados pela crítica como Deuses Americanos e O Mistério da Estrela – Stardust. Em 2009, uma adaptação em animação foi lançada para o livro.
Autor e apresentador da resenha: Marcelo H. Penteado
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Título: Clube de Luta
Autor: Chuck Palahniuk
Ano de publicação: 1996
Tema: Sátira; Drama
Resenha:
Clube da Luta é um livo do gênero sátira, escrito por Chuck Palahniuk em 1996 que foi adaptado ao cinema com o mesmo titulo, livro este que foi atacado e venerado pelas criticas e que causa no leitor milhares de emoções, menos a indiferença.
Sua história é pesada e repleta de filosofia, anarquismo e paranoia. O personagem principal, o qual não é dado um nome, mas chamaremos de Jack, sofre com sua vida monótona e monocromática, enfrentando dia após dia as mesmas rotinas, ele sofre de insonia e de depressão.
Após seu médico o negar seus medicamentos para insonia, ele recomenda a Jack que visite o grupo de apoio para pessoas com câncer de próstata, para, segundo ele, ver o que era realmente sofrimento. Jack começa a frequentar o grupo, se passando de vitima de câncer, e lá ele encontra sua libertação emocional que tanto procurava.
Sua insonia diminui e ele sente-se como nunca havia se sentido antes, acabando adquirindo uma adicção à grupos de apoio, até que conhece Marla Singers, uma mulher que como ele é uma impostora naquele meio, e então ele começa a evitá-la, pois a simples presença dela o torna paranoico. Isso tudo muda quando Jack conhece Tyler Durden, um fabricador e vendedor de sabão, Tyler influencia mudanças drásticas na vida de Jack, e acaba o transformando em outra pessoa.
Jack deixa de visitar os grupos de apoio, sai de seu trabalho e acaba entrando para o clube da luta que ele e Tyler abrem. A partir deste ponto, a história toma um rumo tão inimaginável que faz com que o leitor não consiga mais sair de cima do livro até que o termine, e quando chega ao fim deixa-o perplexo e perturbado até que ele o leia de novo, e de novo, e de novo.
Autor e apresentador da resenha: Matheus H. Przygocki
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Título: O Sofrimento do Jovem Werther
Autor: Goethe
Ano de publicação: 1774
Tema: Romance
Resenha:
O sofrimento do Jovem Werther de Goethe é escrito de maneira epistolar, ou seja, apresenta-se através de cartas trocadas entre Werther e seu amigo Guilherme, embora só apareçam as cartas de Werther. Em cada um delas, o personagem relata sua vida em Wahlheim, na Alemanha, seus passeios em meio a Natureza, seus encontros com as pessoas locais e por fim seu crescente amor por Charlotte, uma jovem já comprometida com outro rapaz. Ela é pura perfeição aos olhos de Werther, seu cuidado e amor maternais para com seus irmãos, sua graça, beleza e espontaneidade arrebatam o coração desse romântico jovem. Werther, culpando-se do amor que sente pela jovem Charlotte, muda-se para outra região, mas não consegue esquecer a amada. Mas a certeza cega de que ela também o amava fez com que retornasse para, mortalmente, ser atingido pela paixão. Charlotte casa-se com Alberto, que passa a ter ciúmes de Werther, este percebendo o embaraço que causa ao casal, continua nutrindo um amor platônico por Charlotte. Werther promete não mais visitá-la e no último encontro com a moça, lê em voz alta, os Cantos de Ossain. Ambos se comovem, choram, se abraçam e se beijam, mas em seguida Charlotte repele-o, dizendo que nunca mais quer vê-lo. O jovem Werther parte acreditando que é amado mas ciente de que é um amor impossível. Resolve então suicidar-se, mandando pedir as pistolas de Alberto, alegando que ia viajar e precisava de proteção. Charlotte com o coração despedaçado, envia-lhe as armas. Werther dispara um tiro em sua própria cabeça e morre. No dia seguinte, Werther foi encontrado morto em seu quarto.
Autora e apresentadora da resenha: Alaíne Gomes
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Título: O Pequeno Príncipe
Autor: Antoine de Saint-Exupéry
Ano de publicação: 1943
Tema: Fábula
Resenha:
O terceiro livro mais traduzido do mundo não deixa nada a desejar, merecendo este posto com todo o prestígio possível. Possui mais de 250 versões, além de uma adaptação para musical, um filme animado e uma série de televisão, também em animação.
O Pequeno Príncipe conta a história de um aviador que cai em meio à imensidão do Deserto do Saara e conhece, inesperadamente, um menino de cabelos dourados como trigo, vestido com um manto verde e vermelho e portando uma pequena espada. Este menino aparece pedindo o desenho de um carneiro, o aviador sem obter nenhuma frase além de “desenha um carneiro para mim” do principezinho faz quatro desenhos diferentes até agradar o garoto. Depois disso com o passar de oito dias ele conta sua história e como chegou àquele lugar.
O Pequeno Príncipe vem do planeta Asteroide B612, onde vive sozinho, apenas com três vulcões, algumas mudas de baobás e uma rosa. Ele viaja por 6 planetas diferentes até chegar a Terra para entender o “sentido das coisas”. Nos seis planetas conhece o único habitante de cada um: o Rei, o Homem Vaidoso, o Homem de Negócios, o Geógrafo, o Bêbado e o Acendedor de Lampião. Ao sair de cada planeta o garoto fica mais convicto de que adultos são estranhos, loucos e se preocupam com coisas desnecessárias. Com este pensamento ele chega a Terra, aqui aprende e ensina em cada página o que é o essencial, qual o sentido das coisas e da vida e mostra, de forma simples àqueles que queiram aprender, o que é amizade e amor. A famosa frase “O essencial é invisível aos olhos” é apenas uma pequena amostra dos ensinamentos desde livro.
Antoine morreu em 1944 de forma tão misteriosa quanto a mente do Pequeno Príncipe, coincidentemente ou não, durante um voo de reconhecimento aéreo sobre o continente africano seu avião apresentou falhas repentinas e desapareceu sem deixar vestígios.
Autora e apresentadora da resenha: Bárbara de Almeida S.
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Título: Perdido em Marte
Autor: Andy Weir
Ano de publicação: 2011
Tema: Ficção Científica
Resenha:
Durante a terceira viagem feita a Marte pela NASA, conhecida como Ares 3, os tripulantes foram obrigados a desistir da missão, no sol 6, por conta de uma ventania muito forte. Em quanto se direcionavam para VAM, que os levaria de volta para o Hermes (nave que viajaria para a Terra), Mark Watney foi atingido por uma antena de transmissão e acabou se perdendo de seus colegas, os mesmos acreditaram que ele havia morrido e partiram sem ele.
Devido a vários ocorridos estranhos, como o próprio Mark fala em seu diário de bordo, ele não morreu. Quando acordou, percebeu que estava sozinho e que a partir daí teria que aprender a viver em Marte, esperando um dia ser resgatado pela tripulação da Ares 4, que voltaria a Marte dali 4 anos.
Ele ficou sem conexão nenhuma com a Terra, pois a Atena que transmitia o sinal foi a mesma que quase o matou. As coisas que restaram para Mark foi o Hab, local onde todos os tripulantes dormiam e se alimentavam e os 2 veículos espaciais. Como a missão foi abortada em sol 6 e a previsão era que a missão durasse 30 sois, sobrou muita comida e água, mas não o suficiente para 4 anos. A partir dos recursos que restaram, das suas 2 formações (Botânico e Engenheiro), e da sua astucia, ele conseguiu produzir mais comida e fazer água. Mas tarde conseguiu contato com a NASA, a qual desenvolveu vários planos para tira-lo desta situação.
Autora e apresentadora da resenha: Diana Maria Navroski Thomen
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Título: O Príncipe
Autor: Niccoló Macchiavelli
Ano de publicação: 1515
Tema: Ciência politica
Resenha:
O Príncipe é em suma um livro sobre poder, lidando com a politica onde Maquiavel dá dicas e comenta como deve ser governado um principado. Sua versão de bolso é separada em 23 capítulos, onde cada um consta com o nome de alguma história ou o ponto de vista do autor. No livro fica claro que os fins justificam os meios, de modo que não é necessário explicar os meios desde que o fim dê certo, independentemente pelo que deve-se passar para chegar ao idealizado. Desta forma o livro é designado para os tiranos, de modo que os políticos tenham que fazer qualquer coisa para permanecer na politica. Algo que causou muitíssimo impacto na época e ainda depois, mas que hoje em dia parece retratar o atual senário da politica.O livro descreve os diferentes tipos de Estado e como cada tipo afeta a forma de governo do príncipe. Maquiavel defende a seguinte situação: mesmo que o príncipe não seja bom e acabe perdendo o Estado, ele o readquire por pior que seja o ocupante. Quando ele pensa nos assuntos políticos, faz uma ligação entre autores antigos e as experiências do mundo moderno. Maquiavel afirma ser a história a mestra dos atos humanos, especialmente dos governantes, e que o mundo sempre foi habitado por homens com as mesmas paixões, sempre existindo governantes e governados, bons e maus súditos, aqueles que se rebelam devem, portanto, ser punidos. O autor postula haver duas principais vias pelas quais se adquire um principado – pelo exercício da virtú ou pelo dom da fortuna. Segundo o autor, o carisma da virtú é próprio daquele que se conforma à natureza de seu tempo, aprende-lhe o sentido e se capacita a realizar praticamente a necessidade das circunstâncias, isto é, dos momentos propícios fornecidos pela fortuna. Maquiavel nota que nós pensamos normalmente que o melhor para um governante é ter a reputação de ser generoso, mas se a generosidade for praticada em segredo ninguém o saberá e ele será considerado ganancioso. Se for praticada abertamente, a necessidade de manter a sua reputação, poderá levá-lo à bancarrota e se os governantes devem evitar ser odiados, o que é fácil de conseguir não confiscando a propriedade dos súbdito Príncipe, Maquiavel argumenta que o governante deve saber ser dissimulado desde que isto sirva as suas intenções. Mas, quando o príncipe tiver necessidade de ser dissimulado não pode dar a ideia de que o é. De fato, deve mostrar-se sempre dotado de pelo menos cinco virtudes: clemência, benevolência, humanidade, retidão e religiosidade. Por esses fatores, O Príncipe de Maquiavel, descreve como deve-se governar um principado, de forma que o comando sob as polis sejam plenas e prolongadas.
Autora e apresentadora da resenha: Gabriele Chomen
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Título: O discurso do método
Autor: René Descartes
Ano da edição: 2006
Tema: Biografia
Resenha:
No livro “O discurso do método” escrito pelo René Descartes e publicado no ano de 1637 em francês, destinado exclusivamente ao povo leigo da França daquela época. A edição lida foi publicada na Séria Filosofar, produzido pela editora Escala Educacional no ano de 2006. O livro retrata de forma simples como num diálogo, onde o autor conversa com o leitor, e dessa forma, Descartes conta sua história e seus motivos por abandonar todos os conhecimentos que possuía para novamente concebe-los de uma forma mais solida aquilo que fosse inegavelmente dito como verdade e deveria ser evidenciado e apresentado com clareza e precisão. É apresentado ao leitor o processo que Descartes teve para chegar a essas conclusões, sobre o método e sobre como ele começou a duvidar do conhecimento que possuía na época. Descartes também apresenta as suas experiências ao assistir algumas aulas de medicina e o como passou a interrogar o lecionador que apresentava hipóteses superficiais sobre determinada enfermidade.
Em seu livro, René argumenta a necessidade de viajar para conhecer o mundo de perto e ver com seus próprios olhos, as variações étnicas e religiosas com diferentes povos, isso para contribuir ao seu conhecimento, pois como ele mesmo argumenta, ele estava cansado dos livros que abordavam apenas as observações do autor. Descartes argumenta que suas viagens foram itens essenciais para chegar no “discurso”, e muitas vezes ele acaba por relatar algumas de suas experiências em diferentes países, algumas das quais ele relata que ficou preso em uma cabana na Alemanha por um mês devido a nevasca. Em um de seus relatos ele não deixa claro se presenciou ou não uma execução em praça pública, mas o relato possui uma riqueza em detalhes que faz com que o leitor conclua que sim.
Quando Descartes apresenta o “Discurso do Método” ele coloca em dúvida todo o conhecimento que herdara de seus mestres e coloca-os a prova de seu método que consiste em:
1-Nunca aceitar coisa alguma como verdadeira sem que a conhecesse como tal, e não incluir em meus juízos nada além daquilo que se apresentasse tão clara e distintamente a meu espírito, que eu não tivesse nenhuma ocasião de pô-lo em dúvida;
2- Dividir cada uma das dificuldades que examinasse em tantas parcelas quantas fosse possível e necessário para poder resolvê-las;
3- Conduzir por ordem meus pensamentos, começando pelos objetos mais simples e mais fáceis de conhecer para subir pouco a pouco até o conhecimento dos mais compostos;
4-Fazer tudo em enumerações tão completas e revisões tão gerais, que eu tivesse certeza de nada omitir.
As únicas verdades absolutas em que Descartes tinha, era a certeza da existência da alma, em que ele apresenta argumentos bem convincentes quanto a isso, pois estaria ligada diretamente com a natureza da mente, a qual se liga diretamente com a frase “Cogito ergo sum” (penso logo existo).
Procurando informações sobre o autor percebe-se que o “Discurso do Método” foi concebido como uma obra que iria abrir caminho para outras publicações de Descartes que ele tinha em mente. Particularmente, ele queria atacar a filosofia aristotélica e criar uma nova ciência que valorizasse a experimentação. Descartes queria acima de tudo que sua filosofia e essa nova ciência não estivessem a serviço de nenhum governante ou Estado, mas sim que servissem ao progresso da humanidade.
Autor e apresentador da resenha: Maycol Szpunar
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Título: O orfanato da Srta. Peregrine para crianças peculiares
Autor: Ransom Riggs
Ano da edição: 2011
Tema: Ficção/Fotografia
Resenha:
A livro tem a capacidade de te levar para um mundo de fantasias e para auxilio possui fotografias reais, algumas com leves retoques, para retratar as crianças pequiliares, por exemplo. Ransom retrata a vida pacata de um jovem tímido e solitário Jacob de 16 anos, um jovem aparentemente comum que tem dificuldades de ser aceito. Jacob tem uma relação muito forte com seu avô parterno o Abraham Portman, ou Abi, que quando criança, enchia sua cabeça com estórias de crianças peculiares, com poderes diferentes, como voar ou superforça por exemplo. Quando ocorre um fato inesperado com Abi, Jacob fica perturbato e precisa descobrir se as estórias de seu avô são apenas historias ou as crianças realmente vivem. “Vá para ilha, Jake, lá você estará seguro”, são as palavras de Abi para Jacob. O destino reserva muitas aventurar, romances e novidades para Jacob, que ao tentar descobrir quem realmente era seu avô, e quem era as crianças, acaba descobrindo quem ele é de verdade. O livro vai ser adaptado em filme por Tim Burton, com previsão de lançamento em setembro desse ano (2016).
Apresentadora e autora da resenha: Alaíne Gomes
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Título: O Doador de Memórias
Autor: Lois Lowry
Ano da edição: 2014
Categoria: Ficção
Resenha:
O livro nos conta a história de Jonas, que está muito ansioso com a cerimonia de Doze, onde irá receber a função que exercerá na comunidade, até o dia de sua dispensa para Alhures. Nesta comunidade, as pessoas não tem oportunidade de escolhas, todos os empregos são designados por um comitê, na cerimonia de Doze. Assim, também são as escolhas em relação a casamentos, cada pessoa solicita uma unidade familiar e o comitê avalia e depois une duas pessoas cujas características sejam parecidas. Desta forma, as pessoas são privadas de doenças, sentimentos, amores e lembranças de fatos ocorridos no passado.
Em meio a esta comunidade organizada, Jonas recebe a função de ser recebedor de memórias, função que somente uma pessoa na comunidade ocupa, e este treinará Jonas para ser seu sucessor. Conforme Jonas é treinado, vai percebendo que esta sociedade que vive era diferente há muito tempo atrás. Ele descobre a alegria, a guerra, a dor, e até as cores, a qual os cidadãos também foram privados.
Este também descobre que quando alguém passa pela dispensa na verdade é morto, e com isso ele e o doador pensam em um plano para mostrar a todas as pessoas o que eles sabem.
O livro termina com Jonas fugindo de sua comunidade e conhecendo coisas que só havia visto nas lembranças recebidas do doador.
Apresentadora e autora da resenha: Diana Maria Navroski Thomen
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Título: Onde a Lua Não Está
Autor: Nathan Filer
Ano da edição: 2014
Categoria: Romance
Resenha:
Narrado por Matthew, um jovem de 19 anos esquizofrênico, o livro Onde a Lua Não Está possui uma trama envolvente para aqueles com paciência para acompanhar as idas e vindas entre passado e futuro do personagem principal. Este foi o primeiro livro escrito pelo enfermeiro Nathan Filer, que trabalha na área de saúde mental.
Durante uma viagem de férias ao Ocean Cove Holiday Park Matthew, então com 9 anos, e Simon, o irmão mais velho com Síndrome de Down, saem para brincar durante a madrugada e apenas o mais novo retorna com vida. A morte de Simon abala toda a família Homes, porém os mais afetados são a mãe e Matt, utilizando vários remédios controlados ela volta a ter uma vida normal depois de alguns meses, mas Matt piora com o passar do tempo.
Aos 12 Matthew conhece Jacob, os dois se tornam melhores amigos, Matt acompanha e ajuda Jake a cuidar da mãe doente deste. Durante estas visitas os meninos usam vários tipos de drogas e neste meio começa a crescer em Matthew sua própria doença mental, a esquizofrenia.
Entre morar com os pais, com Jake, sozinho e ficar internado na ala psiquiátrica de um hospital, imerso na culpa pela morte do irmão, Matt descobre que quando não toma seus remédios pode tê-lo por perto novamente. E assim segue o livro com momentos de lucidez e de alucinação misturados que podem confundir até mesmo o leitor mais atento. Com partes escritas como arquivo de computador, em formato feito por máquina de datilografia e em forma de cartas, com desenhos, uma árvore genealógica e palavras soltas pela página, cada capítulo é uma nova surpresa, a maneira como o escritor nos envolve na doença de Matthew causa um choque, agonia e as vezes até desespero, mas ao mesmo tempo traz admiração pelas pessoas reais que passam por isso.
Apresentadora e autora da resenha: Bárbara de Almeida S.
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Título: O Mestre das Harpias
Autor: Luiz Antonio Aguiar
Ano da edição: 1997
Categoria: Ficção
Resenha:
O livro “Mestre das Harpias” de Luiz Antonio Aguiar conta a história do menino Maitã. A narrativa inicia contando como Maitã, um menino comum, com alguns problemas de indisciplina na escola, mas que adorava informática e que passava quase todo o seu dia navegando na internet. A rotina do menino começa a ter uma mudança quando recebe um e-mail sobre personagens mitológicos gregos, em especial sobre Harpias que iriam atacar o jovem. O e-mail ainda citava que Miatã seria Aquariano daquela geração, todavia, ele não havia entendido o significado do termo. Desde o ocorrido, Maitã começa a ter visões, alucionações e sonhos sobre vidas passadas em que observava campos de batalhas e ele como um guerreiro.
Então, o autor nos apresenta um segundo personagem na trama, o pirata cibernético Rar’Quer. Tendo apagado qualquer conexão, este personagem tinha por hábito passar golpes em grandes corporações, viajando para diferentes lugares e vivendo à custa destes crimes. Contudo, logo em sua infância sua mãe havia predito que ele teria um papel importantíssimo em uma trama mitológica que remonatava ao continente perdido de Atlântida e que a cada geração era repetida. Sua mãe conhecia bem a história que desta mitologia por fazer parte de um grupo secreto de mulheres que conseguiram sair da Atlântida antes dela ruir e que formaram diferentes grupos pelo mundo como Amazonas, Ciganas e Bruxas. Por esta tradição, Rar’quer seria uma espécie de guia e auxiliar do Aquariano, denominado de Uraniano na luta contra o mestre das Harpias. O mestre das Harpias seria o antagonista dos dois personagens apresentados até agora, comandando uma tropa com mais três harpias e que queriam destruir tanto Aquariano quanto Uraniano.
Diferente do que faz com Maitã, o mestre das Harpias consegue atacar Rar’Quer em seus programas, ameaçando-o e fazendo com que ele fique desesperado com a potencial ameaça, além de instigado, pois este se considerava o melhor hacker. Então, surge a terceira personagem do livro, Elisa ou como seu nome na tradição mitológica de Mysa. Na mitologia, Mysa foi uma sacerdotisa da antiga Atlântida que iria se casar com o rei Aquariano. Nos dias atuais do livro, Miatã sente que seu destino está ligado ao de Mysa de uma forma que ele não consegue explicar. No desenvolver da trama, o menino passa a sofrer com suas vidas passadas que se apresentam nas visões e acaba não conseguindo lidar com o seu presente.
Após uma série de problemas psicológicos enfretados por Miatã, o jovem recebe em sua casa um equipamento de simulação de realidade virtual em um pacote em que não havia o nome de quem havia enviado. O mesmo é enviado também para Rar’Quer. Miatã logo instala o equipamento e tem uma surpresa. Na realidade virtual é apresentada uma história em que ele é um principe (Aquariano) de Atlântida e que tem um romance com a sacerdotisa do templo de Poseidon (Mysa), mas que é visto de forma má pelo chefe do templo. Este então resolve entrar em guerra com o rei, mas como não tem forças suficientes faz pacto com criaturas demôniacas que o transformam junto com seus ajudantes em Harpias. Estes então atacam o palácio, mas não conseguem matar Aquariano, pois seu ajudante Uraniano o salva. Mas ao mesmo tempo, o Mestre das Harpias lança uma maldição de que em todas as gerações Aquariano reviverá e buscará seu amor em Mysa, mas que ele o matará. Como castigo, Poisedon decide que é melhor dar um fim para aquela civilização, afundando-a. Todavia, a maldição não é quebrada e na simulação virtual, Miatã percebe que alguns personagens como Ulisses ou D. Quixote já fizeram parte deste ciclo de eterno retorno.
Então, o Mestre das Harpias resolve atacar Miatã para mata-lo. Nesta geração, o confronto entre os dois se daria na realidade virtual e que valeria a destruição de toda a rede da internet caso Miatã perdesse. Com a ajuda de Rar’Quer, Miatã consegue vencer o Mestre das Harpias que havia planejado uma armadilha quando perdesse, fazendo com que o menino escolhesse entre ir até Elisa ou salvar seu pai que estava gravemente ferido. O menino escolhe salvar seu pai, pensando que poderia deixar Elisa para um próxima vida. Contudo, não ocorre nada com a menina e os dois por ironia do destino acabam se encontrando num avião e assim ficando juntos. Nesta mistura de destino e mitologia, o autor constrói uma narrativa interessante.
Apresentador e autor da resenha: Alaíne Gomes
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Título: Assassinato no Expresso Oriente
Autor: Agatha Christie
Ano da edição: 1934
Categoria: Ficção Policial Inglesa
Resenha:
O livro Assassinato no Expresso Oriente conta a história de um assassinato que ocorreu em um trem de luxo sob as seguintes circunstâncias: O trem foi obrigado a parar durante a viagem, pois a neve acumulada nos trilhos impossibilitava sua passagem, de forma que o responsável pelo assassinato ainda estava presente no veículo. Neste trem haviam pessoas de diversas nacionalidades com diversas classes sociais, além do diretor da companhia dos trens, um médico e o renomado detetive Hércule Poirot, que é personagem de vários livros da escritora. Hércule Poirot é conhecido por resolver os crimes utilizando apenas a lógica, e nesse crime não pôde ser diferente, uma vez que as informações eram muito escassas.
O livro é divido em três partes: Os fatos, Os depoimentos e a parte final: Hércule Poirot senta-se para pensar.
Na primeira parte, a autora narra os fatos que ocorreram até o momento do crime. Após o crime ter ocorrido, o diretor da companhia chama o médico e Hercule Poirot para investigar os acontecimentos. Na segunda parte, Hercule Poirot chama cada um dos passageiros presentes no vagão onde ocorreu o crime para depor. Nesse momento, diversos fatos sobre a vida dos passageiros bem como da vítima são expostos. Na última parte do livro, o detetive utiliza as informações obtidas através da investigação da cena do crime, dos depoimentos e das bagagens dos passageiros para chegar à solução do crime.
A autora conduz a história com tamanha maestria que é impossível largar o livro. A construção de cada personagem, bem como a personalidade extravagante de Hercule Poirot tornam a história extremamente envolvente. A forma que a investigação é conduzida faz o leitor pensar em diversas conclusões à respeito de quem foi o assassino, os diálogos inteligentes, característicos da escritora, aumentam ainda mais o clima de suspense e o desfecho final é absolutamente surpreendente.
Apresentador e autor da resenha: Matheus W. Pretko
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Título: O Diário de Anne Frank
Autor: Anne Frank
Ano da edição: 2003
Categoria: Biografia
Resenha:
O livro é baseado no diário escrito por ANNE FRANK, uma menina judia, nascida no dia 12 de julho de 1929. Passou sua infância em Amsterdã, na Holanda, com seu pai Otto H. Frank, sua mãe Edith Frank e sua irmã mais velha Margot Frank.
Anne ganhou o diário no seu aniversário em 12 de julho de 1942. Alguns dias depois sua família precisou se esconder em um anexo secreto no escritório que seu pai trabalhava, pois previam que os nazistas os perseguiriam em pouco tempo.
Neste anexo, além dos Frank, estava escondida outra família judia, a qual Anne colocou o sobrenome fictício de van Daan. Esta família era composta por três pessoas: Alfred van Daan, Petronella van Daan e Peter van Daan. Todos ficaram escondidos com a ajuda de vários amigos, dentre eles Vitor Kugler, Johannes Kleiman, Miep Gies e Elisabeth (Bep) Voskuijl.
Depois de alguns meses as pessoas do anexo decidiram que haveria espaço para mais uma pessoa. Após muito debate decidiram abrigar o judeu Arbert Dussel (nome fictício), que trabalhava como dentista. Este dormiria no mesmo quarto de Anne. Dussel completou a lista de integrantes do anexo.
Neste diário, Anne relata como era a vida no anexo secreto e a sua convivência com os outros moradores, fala também sobre seus próprio dilemas, como a puberdade, as brigas com a mãe, seus sentimentos em relação a irmã e ao pai. Fala sobre os livros que leu e seus sonhos para o futuro.
Durante todo o livro Anne descreve alguns problemas que os moradores do anexo enfrentavam, como a necessidade de manter silencio, para que nenhum vizinho percebesse que haviam pessoas morando ali, a proibição de se olhar pela janela para fora, pois algum vizinho poderia ver, a falta de variedade nas comidas, e vários outros.
Anne também relata amor que estava nascendo no anexo entre ela e Peter van Daan. Ela conta ao diário todas as suas dúvidas sobre a situação e como se sentia menos vazia com isso.
Durante o diário, Anne fala das vezes que eles quase foram descobertos por ladrões que tentavam invadir o escritório, ou pela polícia que estava atrás desses ladrões. Ela descreve o terror que os moradores enfrentaram nesses momentos.
A vivência no anexo durou em torno de dois anos, até que os moradores foram descobertos e levados para campos de concentração. O único sobrevivente dentre eles foi Otto H. Frank, que posteriormente publicou diário da filha, seguindo o desejo que ela deixou escrito no mesmo.
Apresentador e autor da resenha: Diana Maria Navroski Thomen
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Título: Projeto A “Brasil: Nunca Mais” – Tomo V, Volume I: A Tortura
Idealizadores: Reverendo Jaime Wright e Dom Paulo Evaristo Arns
Ano da edição: 1985
Categoria: Depoimentos Históricos
Resenha:
Em 1979, ainda durante a ditadura militar, um grupo de religiosos e advogados iniciaram um projeto, obtendo junto ao Supremo Tribunal Militar em Brasília, informações e evidencias de violações aos direitos humanos praticadas por agentes do Estado desde o Golpe em 1964 para produzir um livro-denúncia. Os advogados, aproveitando-se do prazo de 24 horas dado pelo Tribunal para a custódia provisória de processos relacionados a presos políticos, copiaram os documentos um a um em total sigilo. Estes continham denúncias feitas pelos presos detalhando as violências que tinham sofrido. Os religiosos, Reverendo Jaime Wright da Igreja Presbiteriana e Dom Paulo Evaristo Arns, cardeal de São Paulo, conseguiram os recursos necessários com o Conselho Mundial de Igrejas, com este alugaram uma sala comercial próxima ao STM, três máquinas copiadoras e contrataram alguns estagiários.
Foram seis anos de trabalho até reproduzirem os documentos de 707 processos judiciais. Ao todo, 1 milhão de cópias em papel e 543 rolos de microfilmes feitos depois em São Paulo. O primeiro produto foi denominado Projeto A, contém 6891 páginas divididas em 12 volumes. Neste foram analisadas e catalogadas as informações coletadas nos autos, identificados quantas pessoas passaram pelos tribunais militares, foram formalmente acusadas, presas, torturadas e quantas tinham desaparecido. Também foram catalogadas as modalidades de tortura mais praticadas, a localização dos centros de tortura e os nomes dos médicos que davam plantão junto às sessões, bem como agente identificados pelos presos políticos.
Para tornar o conteúdo mais acessível, foi criado o Projeto B, um resumo do Projeto A em um espaço 95% menor, pelos jornalistas Ricardo Kotscho e Carlos Alberto Libânio Christo (Frei Betto), coordenados por Paulo de Tarso Vannuchi. O material acabou publicado no Brasil e nos Estados Unidos. Aqui, saiu pela Editora Vozes sob o título de Brasil: Nunca Mais. Toda a documentação do projeto, foi doada para a Universidade Estadual de Campinas, a instituição disponibilizou o material para consulta e permitiu sua reprodução. Vinte e cinco cópias do Projeto A, encadernadas em capa dura, preta com letras douradas foram entregues a universidades, bibliotecas e centros de documentação de entidades dedicadas à defesa dos direitos humanos no Brasil no exterior. No Brasil, desde 2005 o pesquisador Marcelo Zelic criou o Centro de Referência Virtual Brasil Nunca Mais, com a disponibilização na íntegra do Projeto A, totalmente digitalizado e indexado.
Esta resenha detém-se ao Tomo V – Volume I: A Tortura, do Projeto A. Este contém 999 páginas, ele inicia respondendo as questões “Tortura, o que é, como evoluiu na história”, mostrando como ela foi encarada ao longo dos séculos, desde a servidão ao Código de Hamurabi, do Antigo Testamento aos escritos de Santo Agostinho, da Inquisição às Grandes Guerras Mundiais e ditaduras instauradas pelo mundo após elas. Depois são mostrados vinte quadros com nomes em ordem alfabética das pessoas que denunciaram torturas no período entre 1964 e 1979, as modalidades de torturas e os instrumentos utilizados, o número de denúncias por ano, caracterização dos torturados por faixa etária e gênero, os tipos de torturas utilizados por sexo e por idade, as dependências onde ocorreram e o total de denúncias em cada, as de maior incidência e o tipo de tortura ao longo do tempo, o número de denúncias por Estado e a distribuição geográfica e cronológica dos tipos de tortura. O volume contém ainda dois anexos, sendo um a Declaração do Conselho Mundial de Igrejas sobre Tortura e o outro a Convenção da ONU contra a Tortura. Por fim são listadas 600 denúncias feitas por pessoas de todo o país, sendo que na região central do Paraná foram feitas 13 denúncias, uma em Guarapuava, duas em Pato Branco e dez em Laranjeiras do Sul dentre estes os estudantes Aberto Vinícius Melo do Nascimento de Pato Branco e Antônio Rogério Garcia Silveira de Laranjeiras. Das 1370 denúncias feitas em São Paulo, encontra-se a da assistente física nuclear Amélia Império Hamburguer e do físico Élio Bento Miranda da Cunha. É aterrorizante notar que existam testemunhos de jovens de 17 anos até homens e mulheres de 64 anos, homens com problemas cardíacos e mulheres em fase de gravidez, várias delas chegaram a abortar durante as sessões de torturas que sofreram. Um trecho da carta do engenheiro de 55 anos, Diógenes de Arruda Câmara, escrita enquanto está preso no Recolhimento de Presos Tiradentes em São Paulo, descreve suscintamente o que se passou nesses anos de ditadura:
“Para que se saiba até que ponto chegou o desprezo e o ódio aos direitos fundamentais do homem, à dignidade e ao valor da pessoa humana, o Brasil e o mundo inteiro devem tomar conhecimento deste diálogo entre um oficial do Exército e o advogado Claudiney Nacarato, de Ribeirão Preto, preso na OB (Operação Banteirantes) e, aí, torturado:
Oficial do Exército: ‘qual a sua profissão? ’
Advogado: ‘advogado’.
Oficial do Exército: ‘Conhece a Declaração Universal dos Direitos do Homem? ’
Advogado: ‘Conheço, capitão. ’
Oficial do Exército: ‘Então, esqueça-a enquanto aqui estiver. ’”
O sentimento que este livro traz àqueles que o leem é de admiração aos que de tudo sofreram e de completo desgosto pelos que infringiram esse sofrimento. Mostrando que existem muitas pessoas dispostas a machucar e aterrorizar outras só por agrado e que existem ainda mais pessoas dispostas a lutar contra estas, dispostas a lutar por liberdade.
Apresentador e autor da resenha: Bárbara de Almeida S.
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Título: Pascal (da série Os Pensadores)
Autor: Mme Périer
Ano da edição: 2005
Categoria: Biografia
Resenha:
O livro se divide em duas partes, uma que compõem a parte da vida e obra do autor e a segunda parte compõem os pensamentos descritos por Pascal. Estes pensamentos foram escritos no decorrer da vida de Pascal e guardados, a publicação e edição fora feito pela sua irmã Mme Périer, pós morte de seu irmão. A primeira parte correspondente a vida de Pascal onde Mme Périer retrata a vida de seu irmão com entusiasmo e de que o talento de Pascal já fora observado, já no que ele pudera falar, justamente pelas perguntas sobre a natureza. Pascal se demonstrava com grande interesse pelas indagações da natureza e sobre o seu funcionamento, e quando fora apresentado a matematização da mesma, ficou claro a Pascal o que faria de sua vida.
A sua educação fora dada por seu pai que possui muito apego ao seu filho, seu pai tomava cuidado de lhe ensinar e lhe dava tarefas das quais seu filho poderia cumprir de modo que a criança sempre ficava em primeiro plano sem ser sobrecarregada. Por causa disso só o deixou aprender latim após ter 12 anos, pois considerava que deveria haver uma certa maturidade para se aprender uma língua. Nesse meio tempo, seu pai apresentava a regras nas línguas e que para toda regra haveria uma exceção, fazendo-o compreender primeiro a língua para depois aprende-la de fato. Mas a curiosidade de Pascal pela geometria pela natureza o fez aos 11 anos escrever um pequeno tratado de suas experiências sobre o som, e por seu pai ser um matemático e possuir diversos livros de geometria, justamente pelo fato de seu pai ter mostrado algumas figuras da geometria, Blaise Pascal começou a se divertir com tais figuras de modo que chegou sozinho até a 32º proposição de Euclides e seu pai percebeu seu talento e lhe forneceu os livros de Euclides, que após isso aos 16 anos Blaise escrevera o “Tratado sobre as Cônicas”, e seu talento aflorou daí adiante.
Blaise Pascal não se contentava somente com as ciências físicas e a matemática, ele também fora um filosofo nato, apresentando diversos pensamentos e argumentos, sobre valor do ser e sobre a religião. A que corresponde a segunda parte deste livro, esses pensamentos não sofreram demasiadas edições por parte de sua irmã, pois ela mantia o cuidado de apresenta-los exatamente como estavam nos manuscritos de Pascal, e cada pensamento recebe uma numeração. A maioria dos pensamentos fora desenvolvidos a partir de um movimento em que Pascal participara, o “Jansenismo”, que de início era um movimento militante fundado em algumas correntes filosóficas que avaliavam a razão e a religião que apesar de aparentarem desconectas, com os argumentos apresentados se apresentavam conectados e esse era apoiado até pelo papa, justamente pela cobrança dos valores que o movimento exigia. Para Pascal não se poderia comprovar a existência de Deus através da razão, mas poderia encontra-lo, principalmente quando ele apresenta seus pensamentos que acabam por demonstrar os valores que se adquire ao seguir a religião cristã a qual ele pertencia. No final o livro se resume a pensamentos que interligam a crença com a situação social do ser para aquela realidade daquele tempo, retratando diferentes fazes do movimento em que na militância era apoiado pelo papa, mas em determinado momento o papa deixo de apoiar o movimento e assim passou-se para uma nova fase, que foi da militância ao recolhimento em que nesse momento Pascal passa a ser um filosofo de paradoxo, “em que a verdade é sempre a reunião dos contrários e que o homem é um ser paradoxal, sendo grande é pequeno ao mesmo tempo”. Este livro, não é preciso lê-lo ao todo para entender o seu ponto, mas à medida que avançamos a cada argumento temos a seção de ser ainda mais interessante que o anterior.
Apresentador e autor da resenha: Maycol Szpunar
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Título: Laranja Mecânica
Autor: Anthony Burgess
Ano da edição: 2004
Categoria: Ficção Cietífica, Sátira;
Resenha:
Laranja mecânica retrata a história de um adolescente, com inúmeros transtornos mentais, diga-se de passagem. O livro é separado em 3 etapas e narrado em primeira pessoa por Alex, o que nos dá uma visão ainda mais ácida sobre seus pensamentos e suas experiências. Na primeira parte do livro Alex, sempre reunia-se com seus companheiros “druguis” (ou “amigo”, na gíria usada pelo grupo), no Korova Milk Bar (K-Bar) para tomar leite e mais tarde todos unidos sairião para cometer ultra violência, como eles mesmo denominam. Entre confusões internas Alex se mostra superior aos seus druguis, e assim líder deles, portanto era ele quem decidia o que fazer e quando fazer. Sempre quando chegava em casa era acolhido pelos pais, os quais pensavam que ele estava trabalhando, pois chegava cansado e com dinheiro. O adolescente já era de certa forma “orientado” por criar confusões seguidas de violência, quem fazia este papel era seu tutor(um assistente social), eis que a idade desta orientação passou, mas os crimes que o mesmo cometia não pararam, até que um dia enfim fora preso. Então inicia-se a segunda etapa do livro, que conta o que aconteceu enquanto permanecia preso. Durante o cumprimento de sua pena passou muito tempo montando planos para mostrar boa índole, como por exemplo frequentar os cultos religiosos e fazer leitura sempre que possível da Bíblia. O governo estava por testar um novo método contra violência, e precisariam de cobaias, nosso jovem problemático foi quem se ofereceu e em contra partida foi aceito. A terceira e ultima etapa do livro inicia-se agora, com o “tratamento anti-violência” do governo sendo testada. Nesse procedimento Alex era dopado com vitaminas as quais não se especificavam, e em seguida era posto para ver filmes onde haviam cenas de brutalidade. Com isto Alex passou por um reabilitação sobre violência, de forma que o método do governo funcionou e foi divulgado. A partir de agora, sempre que Alex presenciava algum ato de crueldade passava mal, e nem se quer poderia pensar em fazer algo do gênero. Logo quando saiu da reabilitação foi a procura de seus pais, os quais agora o renegaram devido a tudo que havia feito. Sem moradia e sem rumo Alex saiu andar, onde encontrará 2 de seus antigos druguis, os quais com raiva o espancaram. Alex seguiu o caminho até uma casa de um senhor, que o recebeu e lhe ofereceu banho, comida e roupas limpas. O que Alex não imaginava/lembrava é que ele já havia cometido ultra violência naquela mesma casa, onde antes havia um casal hoje era apenas o homem a quem o acolheu, pois sua mulher foi morta durante a agressividade. Alex não entendia, mas o homem escrevia um livro chamado, “A laranja mecânica”, quem havia o recebido era um grande escritor e crítico do governo. Dentro daquela casa Alex se viu na loucura ao ouvir música clássica, -que antes tanto gostava – a ponto de se jogar pela janela de uma certa distância do chão que não foi possível morte mas varias fraturas. Os críticos anti governo adoraram ver isto acontecendo, a pobre cobaia sendo maltratada pelo governo e ainda vindo a loucura, assim no hospital há vários repórteres e pessoas importantes da política, todos se erguendo em cima da figura do Alex. Quando sai do hospital, devido à pancada que teve o jovem já não reagia do mesmo jeito à violência, é como se a reabilitação não tivesse válido a pena mais. Logo ele achou novos companheiros e ainda ia ao K-Bar, e sempre se indagava “Qual o plano hoje?”, até que um dia ele viu o único druguis que ainda não tinha reencontrado, este estava trabalhando em uma panificadora e tinha um esposa, Alex se da conta de que está ficando velho, e entende que estava fazendo o errado, e o livro encerra com Alex dizendo que os planos agora, era encontrar uma garota, a qual iria casar e ter uma família.
Este livro foi adaptado por Stanley Kuvrick, e virou filme.
Apresentador e autor da resenha: Gabriele Chomen
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