Prêmio Nobel em Física – 1930
O Prêmio Nobel de física do ano de 1930 foi entregue Sir Chandrasekhara Venkata Raman por seu trabalho sobre a dispersão da luz e pela descoberta do efeito que recebeu o nome dele.
Naquela época existiam vários estudos que tentavam explicar o motivo do céu ser azul durante o dia e ao amanhecer e entardecer possuir a cor avermelhada. Grande parte dessas pesquisas tinha como foco o fenômeno de dispersão da luz. Assim alguns cientistas começaram a estudar o comportamento da dispersão da luz em gases, líquidos e sólidos. Estes estudos geraram várias divergências, tornado-se o ponto de partida para estudos das propriedades da luz dispersa.
Raman seguiu seus estudos nesta área, onde procurou explicação para anomalias na assimetria observada nas moléculas. Em 1928, Raman fez a surpreendente descoberta que a luz dispersa não apresenta apenas a radiação derivada da luz primária, mas também outros comprimentos de onda, estrangeiros para a luz primária. Esse fenômeno foi explicado posteriormente por Raman, utilizando a natureza moderna da luz. Um fóton pode excitar uma molécula ou um átomo colidindo com ele de forma inelástica e cedendo a ele sua energia. Quando isso acontece, elétrons são excitados e quando decaem podem emitir fótons com comprimentos de onda diferentes do qual foi incidido.
Referências:
[1] DESCONHECIDO. O Prêmio Nobel de Física 1930. Disponível em: <https://www.nobelprize.org/nobel_prizes/physics/laureates/1930/>. Acesso em: 04 set. 2017.
Prêmio Nobel em Física – 1929
O laureado com o Prêmio Nobel de Física de 1929 foi Louis Victor Pierre Raymond de Broglie “pela descoberta da onda de elétrons”. Foi ele teve quem teve a ousadia de sustentar que nem todas as propriedades da matéria podem ser explicadas pela teoria corpuscular. Debatia que além dos inúmeros fenômenos que podem ser explicados por essa teoria, há outros, que podem ser explicados apenas assumindo que a matéria é, por sua natureza, um movimento de onda.
Em um momento em que ninguém sustentava esta teoria, Louis de Broglie praticou um experimento com um fluxo de elétrons que passavam por um orifício muito pequeno em uma tela opaca, onde deveria ter como resposta a exibição dos mesmos fenômenos que um raio de luz nas mesmas condições. Mas em vez disso com a investigação experimental de Louis de Broglie, foi observado os fenômenos que surgem quando os feixes de elétrons são refletidos por superfícies cristalinas, ou quando eles penetram folhas finas…Os resultados experimentais obtidos por este e outros vários métodos têm fundamentado totalmente a teoria de Louis de Broglie. É, portanto, um fato de que a matéria possui propriedades que só podem ser interpretadas ao assumir que a matéria é de natureza ondulada. Um aspecto da natureza da matéria que é completamente novo e anteriormente bastante insuspeitado nos foi assim revelado.
Mesmo havendo a diferença entre as maneiras de comportamento não há dois mundos, um de luz e ondas, um de matéria e corpúsculos. Existe apenas um único universo. Algumas das suas propriedades podem ser explicadas pela teoria das ondas, outras pela teoria corpuscular.
Por: Gabriele Chomen Costa
Referencias:
[1] DESCONHECIDO. O Prêmio Nobel de Física 1929. Disponível em: <https://www.nobelprize.org/nobel_prizes/physics/laureates/1929/>. Acesso em: 18 set. 2017
Prêmio Nobel em Física – 1928
O prêmio nobel em Física de 1928, foi concebido à Owen Willans Richardson por seu trabalho sobre o fenômeno termiônico (aumento do fluxo de elétrons que saem de um metal, devido ao aumento de temperatura) e especialmente pela descoberta da lei que descreve a relação entre as emissões de elétrons e a temperatura, a qual recebeu o seu nome.
Owen nasceu no dia 26 de abril de 1879, em Dewsbury, Inglaterra. Em 1897 entrou na Universidade de Cambridge. Ganhou honras de Primeira Classe em Ciências Naturais nos exames das Universidades voltados em Física e Química. Owen formou-se em 1900, com isso começou a investigar a emissão de eletricidade a partir de corpos quentes no laboratório Cavendish. O prêmio nobel foi dado especialmente pela lei, a qual foi publicada em seu artigo, descrevendo que a radiação negativa é devido as partículas que sai do metal, a corrente de saturação s deve obedecer à lei s=AT 1/2 e-b /T. Owen também trabalhou na emissão termiônica, ação fotoelétrica e efeito giromagnético.
Por: Lhonidas de Senna Junior
Referências:
“Owen Willans Richardson – Facts”. Nobelprize.org. Nobel Media AB 2014. Web. 7 Aug 2017. <http://www.nobelprize.org/nobel_prizes/physics/laureates/1928/richardson-facts.html>.
Prêmio Nobel em Física – 1927
O Prêmio Nobel de Física 1927 foi dividido igualmente entre Arthur Holly Compton “por sua descoberta do efeito que mais tarde recebeu seu nome” e Charles Thomson Rees Wilson “por seu método de tornar visíveis os caminhos das partículas carregadas eletricamente por condensação de vapor”.
De acordo com a teoria do efeito fotoelétrico de Albert Einstein, a luz consiste em quanta, “pacotes” com energias definidas correspondentes a certas frequências. Um quantum de luz é chamado de fóton. Quando Arthur Compton dirigiu fótons de raio-X em uma superfície metálica em 1922, os elétrons foram espalhados o comprimento de onda dos raios-X aumentou porque uma parte da energia incidente do fóton foi transferida para os elétrons. O experimento confirmou que a radiação eletromagnética também poderia ser descrita como partículas de fótons seguindo as leis da mecânica.
Quando o volume de uma mistura de ar e vapor de água aumenta, pequenas gotas de água formam. Se o ar contém partículas carregadas eletricamente – íons – então a formação de gotículas ocorre em torno disso especialmente. C.T.R. Wilson explorou esse fenômeno quando construiu sua câmara de nuvem em 1911 – um recipiente de vidro com vapor de ar e água e dispositivos engenhosos que permitem traços deixados por radiação ionizante e partículas que passam pela câmara para se tornarem visíveis e podem serem fotografadas. A câmara da nuvem tornou-se uma ferramenta importante na física.
Referências:
“The Nobel Prize in Physics 1927”. Nobelprize.org. Nobel Media AB 2014. Web. 26 Sep 2017. <http://www.nobelprize.org/nobel_prizes/physics/laureates/1927/>
Prêmio Nobel em Física – 1926
O Prêmio Nobel de Física de 1926 foi concedido integralmente a Jean Baptiste Perrin “pelo trabalho na estrutura descontínua da matéria e especialmente pela descoberta do equilíbrio da sedimentação”.
Jean Perrin nasceu em 30 de setembro de 1870, na França e durante sua vida acadêmica estudou na Sorbonne University, em Paris. Lá se interessou pela física molecular, pois na época o estudo dos atómos e moleculas eram importantes, porém não se sabia se tinham ou não uma existência física.
Jean Perrin sustentou que se as moléculas fossem reais, que as partículas misturadas em um líquido não deveriam afundar no fundo, mas devem se distribuir por todo o líquido. Em 1908, ele pode comprovar isso através da experimentação. Ele também fundamentou a teoria de Albert Einstein de que o movimento browniano (o movimento aleatório de pequenas partículas em um líquido) era devido a colisões entre partículas e moléculas no líquido.
Referências:
DESCONHECIDO. O Prêmio Nobel de Física 1926. Disponível em: <https://www.nobelprize.org/nobel_prizes/physics/laureates/1926/perrin-facts.html>. Acesso em: 02 out. 2017.
Prêmio Nobel em Física – 1924
O Prêmio Nobel de Física 1924 foi entregue à Manne Siegbahn “por suas descobertas e pesquisas no campo da espectroscopia de raios X”.
Poucos anos após a descoberta dos raios X, Charles Barkla mostrou que os compostos expostos a raios X emitiam raios X secundários com comprimentos de onda característicos de diferentes elementos. Depois de estudar vários elementos, Henry Moseley conseguiu adicionar e revisar a tabela periódica. Manne Siegbahn desenvolveu aparelhos e métodos para melhorar a precisão ao mapear os espectros de raios X. Este avanço mostrou-se importante no desenvolvimento da física atômica e quântica.
Manne Siegbahn recebeu seu Prêmio Nobel um ano depois, em 1925. Durante o processo de seleção em 1924, o Comitê Nobel de Física decidiu que nenhuma das nomeações do ano atendeu aos critérios descritos na vontade de Alfred Nobel. De acordo com os estatutos da Fundação Nobel, o Prêmio Nobel pode, nesse caso, ser reservado até o ano seguinte, e este estatuto foi então aplicado. Manne Siegbahn, portanto, recebeu seu Prêmio Nobel por 1924 um ano depois, em 1925.
Referências:
“The Nobel Prize in Physics 1924”. Nobelprize.org. Nobel Media AB 2014. Web. 26 Feb 2018. http://www.nobelprize.org/nobel_prizes/physics/laureates/1924/
“Manne Siegbahn – Facts”. Nobelprize.org. Nobel Media AB 2014. Web. 26 Feb 2018. http://www.nobelprize.org/nobel_prizes/physics/laureates/1924/siegbahn-facts.html
Prêmio Nobel em Física – 1923
O ganhador do Prêmio Nobel em Física do ano de 1923 foi o notório cientista Robert Andrews Millikan (1868-1953) por seu trabalho sobre a carga elementar na área da eletricidade e sobre o efeito fotoelétrico.
Em 1909, usando de um aparato rudimentar, se for comparado com a tecnologia disposta no Século XXI, Millikan realizou um experimento que seria de grande importância para o futuro da Física e, consequentemente da humanidade. Ele conseguiu demonstrar que as cargas elétricas sempre acontecem em múltiplos inteiros de uma unidade, chamada por ele de carga elementar. Com relação ao efeito fotoelétrico, Millikan foi o responsável por demonstrar na prática a teoria de outro renomeado cientista, Albert Einstein, em 1914.
1923 foi o ano em que Millikan recebeu o Prêmio Nobel em Física e, conseguiu demonstrar que a experimentação é essencial para a Física, assim como a teoria. E quando ambas concordam simultaneamente em funcionar, a Física e a humanidade só têm a ganhar. Afinal de contas, é experimentando que se confirmam os fatos.
Referências:
“The Nobel Prize in Physics 1923”. Nobelprize.org. Nobel Media AB 2014. Web. 6 de março de 2018. http://www.nobelprize.org/nobel_prizes/physics/laureates/1923/
DESCONHECIDO. Efeito foto-elétrico. Disponível em: <https://www.if.ufrgs.br/~betz/iq_XX_A/fotoElec/aFotoElecFrame.htm>. Acesso em: 05 mar. 2018.
VEISSID, N.; PEREIRA, L.a.; PEÑA, A.f.v.. Uma abordagem diferente na estatística do experimento Millikan. Revista Brasileira de Ensino de Física, Presidente Prudente, v. 36, n. 1, p.130-130, 06 fev. 2014.
Prêmio Nobel em Física – 1922
O Prêmio Nobel de Física em 1922, foi para o físico dinamarquês Niels Henrik David Bohr, natural de Copenhague, Dinamarca, nascido em 7 de outubro de 1885, que devido a suas pesquisas lançou as bases para o desenvolvimento da física nuclear moderna.
Depois de ter trabalhado em Cambridge com J. J. Thompson, transferiu-se para Manchester em 1912, para trabalhar com Ernest Rutherford, do qual deu continuidade as teorias e ao modelo planetário do átomo, utilizando os fundamentos da física quântica. Estudou e descreveu a teoria dos elétrons orbitais do átomo, criando portanto, as bases da teoria atômica moderna em 1913.
Segundo Bohr, os elétrons estavam distribuídos em níveis de energia característicos de cada átomo, criando o modelo quântico do átomo. Ao observar um quanta de energia, um elétron pode pular para outro nível e depois voltar a seu nível original, emitindo um quanta idêntico.
Os elétrons devem se mover ao redor do núcleo, mas apenas em órbitas prescritas. Ao saltar de uma órbita para outra, com menor energia, um quantum leve é emitido. A teoria de Bohr poderia explicar, por que os átomos emitem luz em comprimentos de onda fixos.
Por seus serviços na investigação da estrutura dos átomos e da radiação que emana deles, Niels Henrik David Bohr ganhou o Prêmio Nobel de Física de 1922. Niels veio a falecer em 18 de novembro de 1962, em sua cidade natal.
Referências:
DESCONHECIDO. Niels Bohr – Facts Disponível em:<https://www.nobelprize.org/nobel_prizes/physics/laureates/1922/bohr-facts.html> Data de acesso:13/03/2018.
DESCONEHCIDO. Niels Henrik David Bohr Disponível em:<http://www.dec.ufcg.edu.br/biografias/NielsHDB.html> Data de acesso:13/03/2018.
Prêmio Nobel em Física – 1921
O Prêmio Nobel em Física de 1921 leva como seu laureado uma das maiores mentes da Física Moderna, Albert Einstein, com seu notável trabalho sobre o efeito fotoelétrico.
Einstein deu o grande desfecho do antigo debate da física, sobre a natureza da luz: seria ela uma partícula com propriedades materiais ou uma onda eletromagnética com propriedades ondulatórias?
Na realidade, fótons são quantas de energia luminosa, como descrito por Einstein, com frequência de uma onda e momento linear de uma partícula.
O experimento que consolidou o tal efeito consistia na incidência de energia luminosa, com uma certa frequência, sobre uma placa de metal. Foram observados então, elétrons sendo “retirados” da placa, os chamados fótoelétrons.
A teoria de Einstein derrubou a visão clássica sobre a luz, apontando contradições na explicação ondulatória do fenômeno. Na visão ondulatória, por exemplo, haveria uma relação de proporcionalidade entre a energia cinética dos fótoelétrons e a amplitude do campo elétrico do fóton, o que se mostra incoerente com os resultados empíricos, pois a energia cinética destes, depende da frequência do campo oscilante, não de sua amplitude, conforme aponta a experimentação.
Além de propor um novo modelo para a radiação luminosa, a teoria de Einstein abriu novas perspectivas sobre as partículas atômicas e suas devidas energias. Isto acabou levando ao avanço da Teoria Quântica, que hoje representa um dos campos da físca com mais destaque.
Sem dúvida, o trabalho de Einstein iluminou nossa compreensão da física e da ciência na sociedade moderna.
“Toda a nossa ciência, comparada com a realidade, é primitiva e infantil – e, no entanto, é a coisa mais preciosa que temos”
Albert Einstein
Por: Matheus Henry Przygocki
Referências:
“The Nobel Prize in Physics 1921”. Nobelprize.org. Nobel Media AB 2014. Web. 19 Mar 2018. <http://www.nobelprize.org/nobel_prizes/physics/laureates/1921/>