“A verdade matemática prefere palavras simples, como a linguagem da verdade que é simples em si mesmo.”
Tycho Brahe pode ser conhecido também como Tyge Brahe, foi um importante astrônomo. Descente de família nobre, nasceu no dia 14 de dezembro de 1546 na Dinamarca e morreu no dia 24 de outubro de 1601 em Praga, atual República Checa. Antes de seu nascimento, seu pai havia prometido que o daria a um tio, Jorgen, que era vice-almirante. Porém não cumpriu sua promessa. Após o nascimento de um irmão mais novo, Jorgen sequestrou o jovem Tycho, fato que o pai deste acabou aceitando devido à fortuna que o filho herdaria. Seu tio morreu depois, de pneumonia, após resgatar o rei Frederick II (1534-1588) de afogamento, quando este caiu de uma ponte retornando de uma batalha naval com os suecos.
Desde jovem pretendia estudar astronomia, mas atendeu à ordem paterna e cursou, durante três anos, Direito e Filosofia na Universidade de Copenhague. Foi quando presenciou um eclipse parcial do Sol e ficou impressionado com a precisão da previsão matemática do fenômeno. Aos 16 anos, seu tio o enviou a Leipzig, na Alemanha, para continuar seus estudos de direito. Mas ele estava obcecado com a Astronomia, comprou livros e instrumentos e passava a noite observando as estrelas.
Em 1575 realiza viagem de estudos pela Europa, principalmente Alemanha e Itália. Volta à Dinamarca por insistência do rei que fora salvo por seu tio, que lhe concede, por doação, a ilha de Hven e uma pensão anual, a fim de que Brahe tivesse condições de construir e equipar um novo observatório astronômico.
Dois observatórios foram construídos na ilha. E ali, graças ao apoio permanente do rei, Brahe realizou um trabalho monumental, tornando-se o maior astrônomo de sua época.
O observatório da ilha de Hven, onde Tycho Brahe fez as observações que posteriormente Kepler usou para formular as leis que descrevem o movimento dos planetas em torno do Sol.
Tycho Brahe é lembrado principalmente por suas meticulosas observações, feitas com instrumentos que ele mesmo desenhou antes do advento do telescópio.
Tycho Brahe observou uma supernova em 1572 tendo publicado um livro sobre este fenômeno em 1573, com o nome “De Nova Stella”, onde mostrava suas observações e concluía que as próprias estrelas podiam mudar. As medições dos brilhos da supernova que ele obteve mostraram, claramente, que ela era um objeto variável. É interessante notar que Brahe hesitou muito em escrever este livro porque, naquela época, era considerado impróprio um nobre escrever livros.
A natureza briguenta de Tycho levou-o a duelar e, como resultado disto, ele perdeu parte do seu nariz. A prótese escolhida por ele foi um nariz de prata. Este seu temperamento, no fim das contas, colocou-o em desgraça levando-o a se transferiu para a corte de Rudolph II, em Praga, em 1599, onde ele passaria suas observações para Johannes Kepler. Para Tycho todos os planetas, menos a Terra, giravam em torno do Sol – e o Sol e a Lua giravam em torno da Terra.
Com tal sistema, o astrônomo dinamarquês imaginou ser possível formular um modelo melhor que o de Nicolau Copérnico (1473-1543). Mas ele morreu antes de tentar comprovar sua teoria.
Falácias que sua morte seria por envenenamento que Kepler causou, foram por muito tempo levadas em conta. Porém, novos dados apresentados por pesquisadores durante o 8º Congresso Mundial de Estudos em Múmias, no Museu Nacional, no Rio de Janeiro, descarta essa hipótese e sugere que a biografia de Brahe termina de modo bem menos interessante: com um banal problema de bexiga.
Referências:
http://akifrases.com/autor/tycho-brahe
http://www.zenite.nu/thyco-brahe/
http://astro.if.ufrgs.br/bib/bibkepler.htm
http://educacao.uol.com.br/biografias/tycho-brahe.htm
Material curso de astrofísica geral, oferecido pelo observatório nacional, capitulo 07.
Autora do Texto: Gabrielle Chromen