Em memória: Stephen Hawking

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Stephen Hawking tinha tudo pra ser um adolescente como outro qualquer, gostava da prática de esportes, festas estudantis (as quais dizia serem o seu principal passa tempo na época), e claro namorar. A única peculiaridade era a sua paixão pela Física. Hawking era precoce, aos 17 anos ganhou uma bolsa para estudar física na Universidade de Oxford. Mesmo estudando muito pouco, uma hora por dia, foi aceito no mestrado da Universidade de Cambridge.

Mas, um dos grandes impasses de sua vida foi aos 21 anos, Hawking foi diagnosticado com esclerose lateral amiotrófica (ELA), a qual aos poucos foi paralisando todo o corpo. Os médicos deram a estimativa máxima de três anos até sua morte. “… Ele basicamente ficou resumido a um cérebro, ele era um cérebro que andava numa cadeira de rodas e isso desperta esse fascínio das pessoas”, diz o físico astrônomo, Marcelo Gleiser.

Pouco tempo depois de ser diagnosticado com (ELA), namorou e casou-se com Jane Wilde, amiga de uma de suas irmãs, a qual havia tendo contato na Universidade de Oxford. Mas Hawking foi piorando, não conseguiu mais cuidar dos filhos e, em 1970, parou de andar. Sempre com seu bom humor, mesmo de cadeira de rodas, dizia: “Eu transportava passageiros ilegalmente”.

Neste período, Stephen foi convidado a trabalhar no Instituto de Tecnologia da Califórnia, onde se mudou com sua família para os EUA. Os cálculos dele ajudaram a mostrar que o Big Bang, começou num ponto infinitamente pequeno, a chamada singularidade. Antes de Hawking, se pensava que nada, nem mesmo a luz, escapava dos buracos negros, o que cientistas entenderam mais tarde que estes buracos não são essa eterna prisão.

No período nos EUA, seu casamento não ia bem e sua saúde só vinha a piorar. Em 1985 durante uma viagem à Suíça, pegou uma pneumonia, onde quase teve sua vida tirada, mas graças a sua esposa Jane, que o levou de volta para Cambridge onde o sujeitou a um traqueostomia, tirando sua voz natural e posteriormente sendo substituída por um computador, tendo sua conhecida voz eletrônica.

Em 1988, a sua carreira aflorou. O físico publicou Uma Breve História do Tempo, livro que fala sobre a origem do Universo, mas em uma linguagem simples. Este vendeu 10 milhões de cópias e foi traduzido em mais de 30 idiomas.

Em 1995 se divorciou de sua esposa Jane, e logo em seguida casou-se com a sua enfermeira, Elaine Mason. Mas em alguns relatos de não estabelecerem uma boa relação, após alguns anos, em 2007, vieram a se separar e o físico foi morar em Cambridge, onde ficou até sua morte.

Stephen sempre teve um espírito jovem e aventureiro, o professor sem voz cantou num disco do Pink Floyd. Testou os limites da ciência e do corpo e celebrou os 60 anos num balão. Ele ainda flutuou sem gravidade, num voo da empresa americana Zero Gravity, para encorajar o interesse no espaço. “Me senti livre da minha doença”, ele afirmou.

Hawking acreditava que a vida na Terra poderia ser extinta por um cometa, uma guerra nuclear, por um vírus geneticamente modificado ou até pela inteligência artificial e que a raça humana não tem futuro se não for no espaço.

O professor Stephen Hawking nasceu exatamente 300 anos depois da morte de Galileu Galilei e morreu aos 76 anos em 14 de março de 2018, 139 anos depois do dia em que Albert Einstein nasceu. A doença pode ter trazido enormes dificuldades a ele, porém, não foi motivo para desencorajar os seus sonhos e fazer com que obtivesse os sucessos que teve, como o excelente cientista que foi.

“Não importa quanto a vida possa ser ruim, sempre existe algo que você pode fazer, e triunfar. Enquanto há vida, há esperança.” – Stephen Hawking.

Por: Bruno Belin dal Santos

Referências:

DESCONHECIDO. A vida priva de Stephen Hawking. Disponível em:<https://super.abril.com.br/ciencia/a-vida-privada-de-stephen-hawking/> Acesso:19/03/2018.

DESCONHECIDO. Morre Stephen Hawking que, preso em seu corpo, buscou o universo. Disponível em:<http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2018/03/morre-stephen-hawking-que-preso-em-seu-corpo-buscou-o-universo.html> Acesso:19/03/2018.


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