Por: Jéssica Chiafitela.

Nos últimos anos temos visto nas mídias sociais e em noticiários, graves problemas ambientais e catastróficos como grandes enchentes, estiagem, queimadas e entre tantas outras adversidades ambientais. Mas a relação que envolve esta problemática com a degradação ambiental natural é a alteração do equilíbrio entre o homem e a natureza.
A degradação ambiental natural nos últimos tempos tem aumentado exponencialmente, sem o devido cuidado e atenção que determinadas áreas necessitam. Com este aumento da degradação no ambiente natural, aumenta também sua fragilidade, fazendo com que o mesmo se torne instável para a biodiversidade local, causando o egresso de vetores para as cidades, atingindo grande parte da população.
A medida em que as atividades humanas avançam, gera uma redução dos habitats naturais, causando um aumento das doenças transmitidas de animais para o homem, onde habitats degradados podem estimular processos evolutivos mais rápido e surtir doenças, onde, os patógenos se espalham facilmente para rebanhos e seres humanos.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), os morcegos são a causa mais provável para a transmissão do novo coronavírus (COVID-19). Levantando também a hipótese de que a transmissão do vírus para seres humanos, tenha ocorrido através de um hospedeiro intermediário, ou seja, um animal doméstico ou selvagem. De acordo com as palavras do chefe para a Vida Selvagem no Programa das Nações Unidas paro o Meio Ambiente (PNUMA) “os seres humanos e a natureza fazem parte de um sistema interconectado. A natureza fornece comida, remédios, água, ar, e muitos outros benefícios que permitem às pessoas prosperarem”, onde nos permite sobreviver e termos uma vida digna.
As doenças zoonóticas, são transmitidas de animais para as pessoas, como em casos anteriores que constataram que a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS) foi transmitida de gatos domésticos para os seres humanos, enquanto que a Síndrome Respiratória do Oriente Médio transferiu dos dromedários para os humanos. Por este motivo, muitas campanhas aconselham o não consumo de alimentos de origem animal cru ou mal cozido.
Ao longo da história teve-se vários casos de doenças emergentes no mundo, onde, ameaçaram causar grandes pandemias, como ebola, gripe aviaria, febre do Vale do RIFT, febre do NILO Ocidental e zika vírus, onde esses casos mostram que as zoonoses ameaçam o desenvolvimento econômico, o bem-estar animal e humano e a integridade do ecossistema.
Afim de impedir o surgimento dessas zoonoses é importante diminuir o avanço aos ecossistemas e à vida selvagem, incluindo a redução e fragmentação de habitats, o comercio ilegal, a poluição das águas e do ar, proliferação de espécies invasoras, e cada vez mais, as mudanças climáticas.

Referências Bibliográficas

Nações Unidas Brasil. Surto de coronavírus é reflexo da degradação ambiental, afirma PNUMA. Disponível em: https://nacoesunidas.org/surto-de-coronavirus-e-reflexo-da-degradacao-ambiental-afirma-pnuma/amp/. Acesso em: 18 mar. 2020.

United Nations Environment Programme. Surto de coronavírus é reflexo da degradação ambiental, afirma PNUMA. Disponível em: https://www.unenvironment.org/pt-br/noticias-e-reportagens/reportagem/surto-de-coronavirus-e-reflexo-da-degradacao-ambiental-afirma. Acesso em: 18 mar. 2020

ESCOLA, Brasil. A relação entre impactos ambientais e o surgimento de doenças. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/biologia/a-relacao-entre-impactos-ambientais-surgimento-doencas.htm. Acesso em: 18 mar. 2020.